Eu Quisera
Quando teu descendente confirma aquilo que tu sempre quisera para ele, significa que ao longo do percurso estivera certo o tempo todo.
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Quisera eu o dissabor fosse menor
que os dias tivessem só harmonia
acalmando meu coração tão aflito
e na convicção ter dito: obrigado!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO EM BRANCO E PRETO
Quisera ter no alforje d'alma um poeta
vibrante e canoro, de algures secretos
do amor, ornados em versos discretos
e parido num singelo berço de asceta
Quisera atar-me em sonhos irrequietos
trazendo quimeras na pena da caneta
num dueto com a fulgor d'um cometa
que versifica a lírica d'outros quartetos
Quisera rimas, na simetria em linha reta
dos caminhos honrosos, versos epítetos
num alarido de fidalguia, terno e violeta
Quisera da poesia a alforria dos ginetos
d'amargura, d'um soneto branco e preto
pros variegados belos e sonoros sonetos
Luciano spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
Dezembro, 2016
SONETO DA PERDA
Nuca eu quisera desejado tal saber
Dizer com a dor um adeus querido
Erigindo com o dano choro balido
Fugindo com a harmonia do viver
Dó é arrancada do pesar instituído
Saudade deplorada de não mais ter
Que somente lembranças há de ver
E lágrimas no suspiro do vil contido
Some, e põe o amor tão triste... Ser
Sorriso suspenso, prazer em gemido
E a noite tão distante do amanhecer
Nunca ninguém pela perda ter podido
Dói tanto, tão dolorido, a permanecer
Que no sentido, o desalento é definido
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Dói
Dói tudo o que já era
Tudo que não mais está
A dor que um dia não quisera
A saudade que permanecerá
O ontem no hoje não se espera
Cada dor doida lacera a poesia
Após o inverno, a primavera
Amanheceu, já é outro dia!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Maio de 2019
Cerrado goiano
paráfrase Fernando Pessoa
MEU SONETO
Meu soneto, soneto que não quisera
sequer de amor falar ao meu sentido
secura, que num chão tão ressequido
tolera, e a inspiração num vazio gera
Pudera, o amor é de carregada quimera
que na poética o alguém é pressentido
permitido, e então, do coração ouvido
cantando a satisfação, cada primavera
Meu verbo suspira por tal afeto podido
querido, para poetar um ardor contido
e então, ter o atraente verso no papel
E a prosa, paquera, cada sedutor acaso
à maneira da paixão, e sem ter o prazo
espera, pelo soneto ao sentimento fiel
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10/08/2021, 19’00” – Araguari, MG
ACHACADO DE AMOR
Quisera eu, possuir uma poesia com encanto
Pra carrear minha poética pra onde tu estejas
Adornado de carinho e de surpresas no canto
Só pra celebrar o quão o meu amor te desejas
É poética cheia de sentimento, sede de estar
Portanto saiba, que me tomou por completo
O coração. Eu só tenho vontade de te beijar
E na ternura, querer-te ao lado do meu afeto
Na prosa não mais sei ser um bardo sedutor
Pois, cada verso nos versos só quer lhe falar
Do que sente por não te ter ao lado no amor
Bem sabes, cada penitência, aflita remissão
O querer que brada, e sobrevive a te esperar
Tão achacado de amor, e de saudosa paixão...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/09/2021, 15’53” – Araguari, MG
FRAÇÃO DO INFINITO
Quisera no amor dar-te sentimentos
nas sensações onde tudo é brandura
bons instantes, inauditos momentos
que hão de dar ao íntimo, a ternura
Quisera da dor aliviar os sofrimentos
dando-te abrigo, na emoção quentura
e, no olhar apenas leves pensamentos
fazer à cada parte o afeto que perdura
Assim, nesta minha prosa suplicante
que a poética evoca a todo o instante
a saudade, o desejo, o vazio estrito
Chamo ter as duas Almas na paixão
emaranhadas num somente coração
indivisas... numa fração do infinito...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 janeiro, 2022, 15’19” – Araguari, MG
UM SONHO
Quisera ser um pouco de poesia
Pra poder ter expressão diferente
Colocar-me numa prosa inocente
Bem longe da sofrência e arrelia
Com essa tal turra que não sacia
Sinto o agrado vazio e pendente
E, assim, a sensação descontente
Transmigrando d’alma nua e fria...
O tempo vai... e o verso a se calar
Fico a janela a ver a ilusão passar
E a emoção que no curso esvoaça
Uma tristura, aperto e melancolia
Arranca-me o prazer e a fantasia
Dando ao sonho cunho de fumaça
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 janeiro, 2022, 04’17” – Araguari, MG
QUISERA SER DIFERENTE
Cá a imaginar um soneto diferente
Leve como a inspiração no abstrato
Pode ser engalanado ou com recato
Porém, com sentimento incipiente
Que suas rimas transborde o prato
Da inspiração e, no amor suficiente
Com quimera radiante e presente
Onde do autêntico seja fiel retrato
E nesta de dar vida paralelamente
Ao belo e o agrado, que o translato
Seja reluzente, tal o sol no poente
Pois, o quero na imaginação exato
No coração contagiante e ingente
Que não caiba num "post" barato
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Dezembro, 2016 - Cerrado goiano
Quem dorme nos teus abraços, a quem pertence tua cama ? Quisera ser eu, onde moras ! Quem dera fosse flor pra deixar cheiros...pássaro pra cantar na tua janela ! Se eu fosse rio, te jogaria nas minhas águas, mergulharia no mar dos olhos teus.
Quisera ser o herói que sempre sonho,
Um ser perfeito, sem erro, sem mácula.
Mas no real, o que vejo é medonho,
Sou só a sombra de uma alma pálida.
Quisera eu
Quisera eu ser como o mar, para quando o choro quisesse me tomar, ele pudesse logo desaguar.
Quisera eu ser como um arco-íris, para que logo após as lágrimas, minha alma colorisse.
Quisera eu ser como um girassol, para estar sempre na direção da luz, deixando as sombras para trás. E que quando faltasse a luz, tivesse alguém para se voltar.
Quisera eu ser como o vento, para quando a tristeza quisesse me alcançar, eu pudesse abrir todas as janelas e soprar pra bem longe de mim.
Quisera eu ser feito um tecido, que quando meu coração tivesse ferido, pudesse costura-lo e deixá-lo novinho.
Quisera eu ser a felicidade, que quando o vazio me invadisse a felicidade transbordasse por todos os caminhos.
Que entre tudo que eu "quisera"
Só não me falte a fé, porque com fé eu sei, que forte ficarei!
Autora #Andrea_Domingues ©
Direitos autorais reservados
05/09/2018 às 18:10
.... Espero....
Que em tudo que eu "quisera"
Só não me falte a fé, porque com fé eu sei que forte ficarei.
#Andrea_Domingues ©
Direitos autorais reservados
Quisera eu fosses tu
e não a DOR
que hoje me tira
o sono.
Se estivesses aqui,
O tempo não levaria em
seus segundos os meus
dias
e eu decerto existiria
Quisera ter a leveza das flores de se inclinarem ao vento e se permitirem ir e voltar, sem a necessidade da direção assertiva; de se abrirem em campos vastos e oferecer a todos seu melhor perfume; de exibirem sua beleza sem a "maquiagem" que camufla; ao invés disso, em alguns momentos, me fecho sem que me permita algum indício de luz. Sei que ela está lá. É que, para minha visão tão diminuta, me cegaria. É quando meu interior vocifera trazendo verdades entaladas. Não sou e nunca serei a prisioneira em sua própria cela, aquela que não possui essência de aromas inebriantes, aquela que a luz se intimida ante os raios que ela mesma reflete. Farei parte das flores que se deixam exalar, que oferecem sua beleza e inclinam-se aos ventos, sem receios de tempestades, com o intuito, de serem e viverem exatamente como são: belas, perfumadas e livres.
Ao meu senhor
Quisera minhas lágrimas terem fim
E do amor nada sentir.
Não sentir a dor que d’entro do peito
Rasga-me por inteiro
Translada-me para a escuridão
Escuridão que me atormenta.
Repudio cada parte da solidão
Que insiste em me calar
Que cerra meus lábios
Que tão acostumados estão a sorrir
Sorriso que se perdeu
Quando você não apareceu
Não pensou que faria
Do seu olá o mais desejado
Você que ao se fazer notório
Se esqueceu de que estava
Despertando sentimentos
Sentimentos que clamam por reciprocidade
E que quando não encontra, adoece a quem despertou
E você, apenas em você pensava, meu senhor.