Eu nunca fui...
Eu sempre fui uma pessoa sozinha e de pouquíssimos amigos, nunca fui de abrir meus sentimentos com ninguém. Não gosto de pessoas dando palpites na minha vida sobre o que devo fazer ou até mesmo sobre o que devo sentir. Pois, das minhas dores e dos meus desamores eu sei muito bem cuidar sozinha.
Eu nunca fui do tipo decidida, que tem certeza do que quer, essa gente que sabe a profissão desde criança. Minhas decisões acontecem, mas quando acontecem, são permanentes como se eu soubesse desde os sete anos de idade. Eu gosto de culpar meu signo, ascendente, a lua e todos os astros, uma indecisão e instabilidade que me foram fardadas no alinhamento do sol com a terra, coisas maiores que eu. Talvez por isso eu considere tão importante as raras vezes em que eu tenho certeza de alguma coisa, do que eu sinto, do que eu quero. Poucos entendem e não adiantaria explicar essa viagem astral, mas quando eu falo “Eu quero!”, meu Deus, eu quero de verdade e ninguém tem noção do quanto- nem eu. Afirmação que não se faz da noite pro dia, entende? Não eu, não nos meus dias em corda bamba. Preciso experimentar todas as coisas que eu não quero, pra construir essa certeza. Mas aí é certeza mesmo, tão concreta que pesa. E é por isso que, mesmo com tudo isso, mesmo com esse mapa astral desalinhado, sou muito mais segura da minha vida e bem resolvida do que muita gente pulso firme. Essas pessoas acomodadas em certezas incertas, porque são decididas demais pra se arriscarem em vão. Só que o que é em vão, se tudo vira parte do que eu sou e traça o que eu quero ser? O que é mais em vão do que abrir mão de vida por uma zona de conforto? Eu confesso que não sei lidar quando desconheço aonde eu tô pisando. Mas eu nunca paro de andar e essa é a minha certeza mais sólida. Pode parecer pouco, mas levei a vida inteira pra construir.
Esses dias eu me percebi pensando na minha infância, meu primeiro amor. Nunca fui de me apaixonar, nunca liguei para isso, sempre preferi brincar e ver TV.
Mas um dia Paula entrou na minha vida. Éramos colega de igreja e de escola, nossa amizade era pura e inocente. Eu fazia poemas, escrevia historias de amor onde eu era o príncipe encantado salvando ela de um poderoso dragão, e depois dava um longo beijo apaixonado. Mas claro guardava tudo para mim em uma velha caixa aqui em casa.
Já se foi o tempo que o rapaz fazia lindas serenatas, escrevia poemas e passava dez vezes na frente da casa da pretendida, essa atitude era vista com bons olhos. Hoje em dia se um rapaz escreve poemas e faz serenata é taxado como veado, emo, retardado e outros adjetivos animalescos, se o menino passa duas vezes na frente da casa da menina o pai já chama a Rota porque é pervertido.
Eu gostava muito dela, ficar perto dela, sentir seu perfume tocar na sua mão, eu queria sempre fazer dupla com ela, em trabalho de grupo ela sempre era a primeira a ser escolhida, pode se dizer que ela era membro efetivo e definitivo do grupo, nos meus aniversários era a primeira pessoa a ser chamada. No aniversário dela eu ia mais cedo para ajudar e ficar mais tempo com ela, ela nem percebia minha intenção, continuava achando que era apenas uma amizade, que bobinha.
Então um dia fizemos uma viagem para a praia, na viagem ia minha família, a família dela, e mais uma família que era dona da chácara onde hospedamos. Eu estava decidido em me declarar para ela, mostrar meus poemas e minhas historias, até pensei em comprar um buque, mas desisti, afinal, só tinha 13 anos, e nunca fui de ter mesada, então resolvi ir com a cara e a coragem, mas sem flores.
Em uma manhã, na chácara, vi que Paula estava sentada em uma cadeira de frente para o mar, respirei fundo.
- Paula! Preciso te contar uma coisa muito importante... – Disse sentando na cadeira do lado.
- Oi, que bom que você apareceu, eu queria mesmo falar com você, tenho uma coisa para te contar, ai estou com vergonha, posso contar antes?
- Claro fique à vontade – Nesta hora pensei “ela sente o mesmo por mim, ela vai se declarar, vamos nos casar, viva, sou o cara mais feliz do mundo.
- Então... Sabe o seu primo? – disse ela enrolando o cabelo
- Sei... O que tem ele? – Perguntei já desconfiado
- Pois é, não sei como dizer, mas sou apaixonada por ele, desde a primeira vez que a gente se viu, sou doida por ele, amo ele demais, quero casar com ele, ter filhos...
- Ah que legal – Disse interrompendo e com a cara mais decepcionada que um garoto de 13 anos conseguia fazer
- E você o que queria me contar? – Disse ela ignorando minha cara.
- Ah nada, ia dizer que vi na televisão um dia que devemos passar protetor solar, porque o índice de câncer de pele aumentou – Disse disfarçando.
- Ah brigado pela informação seu fofo – Disse ela beijando minha bochecha – Você é “meu melhor amigo”!
Meus poemas de amor se tornaram poemas de tristeza e arrependimento, minhas historias românticas caíram nas graças do realismo, meu corcel se tornou uma mula manca e o poderoso dragão se tornou apenas um calango, e a minha princesa se tornou uma sapa.
Eu nunca fui de demonstrar meus sentimentos. Isso nunca foi meu forte, relacionamentos. Sempre fui confusa e desastrada nesse requisito. Se um dia eu tivesse uma prova sobre o assunto, eu seria reprovada sem antes começar. Quando, envolve sentimentos, eu fico mais boba do que eu sou. Não sei falar, agir, demonstrar; mas não significa que eu não sinta. Pode apostar, eu sinto. Tudo. O pior é que quando há sentimentos evolvidos, eu viro uma bagunça gigantesca. Um verdadeiro furacão surge em mim, porque tudo transborda e eu não consigo evitar. Eu sempre vou sentir, mas nunca vou saber como te explicar isso.
♥« Eu não sou mulher de momento.. o q eu quero é sentimento...nunca fui e nem serei melhor q as outras...simplesmente diferente!..Sou melhor do que as pessoas pensam, pior do que elas imaginam, as críticas naum me iludem,sou o q sou não o q dizem... vivo o presente... temo o futuro e que dane-se o passado!!!»♥«
Eu nunca fui quem eu sempre quis ser, nunca me mostrei fui falsa sem perceber. Eu nunca fui assim eu mentia apenas pra mim sem que pudessem perceber. Meus heróis nunca foram os da tevê, eles são falsos e poesias não sabem escrever. Nunca imaginei o mais obvio e o real, eu procurava o errado e o banal. A vida nunca foi ruim, o mundo que gira e eu não consegui parar. Minhas notas nunca foram ruins, eu que mudei e fiz fica-las assim. Meus amigos não são todos, mais pensam que eu julgo um todo. Eu nunca gostei de amar, pra que serve essa coisa a não ser pra te machucar? Eu nunca fui de gostar, na adolescência nunca quis me apaixonar. Quando era criança não gostava de brincar, era tão crescida e hoje eu brinco de sonhar.
Fui decepcionada, mas nunca fui ferida,Então, eu tenho sede de mais,eu não vou me deixa cair, nenhuma gota será desperdiçada,Deixarei o destino tomar seu rumo, mas sempre um passo a frente, caso ele me dê alguma rasteira... sempre levanto.
Eu tenho que dizer…
Eu nunca fui tão feliz quanto agora… Felicidade é algo invisível, mas é ela que eu uso pra levitar…
Nunca fui fã de um "eu te amo".
Sou mais dos "pensei em você", "pô, saudade", "ouve essa música", "vem cá"…
Em todos os anos que passei vivendo no passado, eu nunca pensei no futuro, nunca fui bom em acertar o momento, até agora....
Eu quero ser curado e ajudar a curar também
Eu quero ser melhor do que eu nunca fui
Fazer o que eu posso pra me ajudar
Ser justo e paciente como era Jesus
Eu te amo tanto que abri mão de você quando compreendi que eu não era e nunca fui o que você procurava. Foram dois anos. Não lamento. Ainda te amo!
Saudade do que não vivi
Curioso...
Nunca fui do tipo de pessoa que pede atenção, nunca implorei por afeto ou mendiguei amor.
Mas logo eu, que sempre me gabei desse meu jeito, meio independente, meio emancipada de todos, agora choro por atenção. Não literalmente, claro! Meu orgulho, evidentemente, não me deixaria chorar! Mas, por dentro, tudo se converte em choro por falta do que nunca me dei chances de viver.
Curioso como nos arrependemos pelo amor que não será colhido por não ter sido plantado...
Sinto falta do abraço caloroso, do beijo na chuva, do sorriso sem motivo, das mensagens de madrugada, do ombro para chorar... de tudo isso que não vivi.
Curioso como me faria bem agora ter alguém para rir das piadas sem graça e, ao olhar para as estrelas, ter alguém juntinho e perceber o encaixe perfeito das mãos, poderia até me encher o saco por ciúmes, eu só queria alguém...
Alguém que eu pudesse amar e me amasse pelo simples motivo de “eu ser eu”, nem precisava falar nada, era só estar ali, alguém a quem eu pudesse olhar com amor e despedir com um sorriso...
Curioso como que essa chata também queria amar!
Nunca fui tão feliz, depois que descobri que o amor é mais o que aquilo que imaginava, sofrer? Não! Isso é para os que não sabem amar de verdade!
Nunca fui e nunca serei amigo por conveniência. Tenho meus princípios e filosofia de vida. Não sei usar as pessoas conforme me convém. Então, quando eu digo que sou seu amigo, pode confiar que é mais pura realidade.
Observação: Não é porque sou amigo que tenho que ser otário.