Eu Nasci para o Melhor
Calado sempre, Falando nunca;
Não nasci pra perder tempo com papo furado!
Eu nasci pra cantar;
Isso que me propus a fazer,
isso que irei fazer!
Farei com amor!
Com amor tudo fica bom.
Tudo sai bem feito!
Será que nasci na família errada?
Aos 8 anos parece que nada se encaixa
Com 10 a minha dúvida se propaga
A minha casa não é o meu lar
Ou será normal as brigas todo dia?
Ninguém nunca quer a verdadeira resposta
Nessas horas a gente só queria ter alguma certeza
14 anos, percebo que é melhor guardar as dúvidas
Porque o mundo é movido por respostas
A única coisa certa é fazer agora
Porque ninguém te espera
E o que se faz quando até a família está separada?
Só não está longe por obrigação
E sua vida se torna sérvia a repressão
Devo escutar meu coração?
Largar tudo e morar perto do Japão?
Ou minto me dizendo que amanhã é diferente?
Parar para pensar nos deixa carente
Então, vou ganhar o mundo quando andar pelas ruas ainda sorridente.
Viajando no Tempo
Não nasci há 10 mil anos atrás
Do pouco guardado em vida
São décadas o que tenho para contar
Nascido e vivido
Nesta sociedade exagerada alternativa
Gostaria de em um grito
Dizer pra mulher que amo
Sem peso e medidas
Meus sentimentos
Os reais sentidos
Ao passado volto
Todos os dias ensaio
Como irei dizer-lhe
Voltei no tempo
Para te encontrar
Voltei no tempo
Para te dizer
O quanto aprendi
O quanto a cada viagem no tempo
Fico no anseio
De realmente acreditar
Que volto no tempo para te encontrar
Recomeçar
Sonho em recomeçar
Recomeçar contigo
Com todo aquele teu jeito
Recordo de cada parte
Viajo no tempo em pensamentos
Garota dos meus pensamentos
Com isso viajo daqui para São Paulo
Sem ao menos tirar os pés do cômodo
O garota lembra dos banhos planejados?
Não chegamos ir ao riacho
Você tão mulher
Não viaja no tempo ao olhar pra trás
Pois todas as vezes que te encontro
Nessas viagens no tempo
Estou sozinho e sei que você não tá ali comigo
Foi aqui onde nasci
E pude dar meus primeiros passos
Escutava o cantar dos pássaros
Que traziam tranquilidade
Não sei definir felicidade
Só sei que não se compra e nem se fabrica
Só havia paz, não havia intriga
Sem falar das grandes amizades
Hoje moro na cidade
Mas não nego a minha ORIGEM.
Nasci empelicado
Empacotado e endereçado
Por isso sou assim
Meio louco
Mas não complicado
Não divido o que não é meu
E não deixo você ir
Sem levar o que é seu
Porque nasci assim
Meio louco
Mas não complicado... Liko Lisboa
Mãe Amor Maior que o Mundo!
Mãe Amor Maior
assim que nasci
fiquei sendo um
tesouro para ti!
Três anos depois
ciciaste com voz
embargada pela dor:
O pai? O pai partiu…
Havia dias em que
As tuas lágrimas
brotavam em cascata
que eu secava com palavras
“Nã choia mamã, nã choia,
ca Nina Ena inca untigo.”
Ouço a tua voz
ao escrever
as palavras que
dizias serem minhas.
E foi assim
que de tesouro
passei a mundo…
Um Mundo para ti!
Eu era…
o teu sol
quando a chuva
caía na tua alma
Eu era…
a tua estrela
que iluminava
a tua solidão
Eu era…
O teu o sorriso
a brindar
as tuas manhãs
Eu era….
A tua tristeza
se não vias
o meu sorriso
Eu era…
um coração
a pulsar
no teu coração!
Tu foste…
Um coração
A pulsar
No meu coração!
Partiste…
mas ficaste…
no meu coração
Mãe Amor Maior que o Mundo!
Eu engoli as palavras
Na minha barriga fez um nó
Se eu não nasci para isso, não sei quem foi
Olha, eu vejo bem esses olhos
Sei que estão chegando ao fim
Olha eu não sou daqui, também não sei de onde vim
Consegui uma casa, um trabalho, um amor
E posso me orgulhar
Mas minha alma, mesmo grata, as noites quer voar
Eu amo você, não teria para onde de ir
Além de onde a mente pode me levar
E a loucura que é viver a vida
Como um do sonho
Por um sonho
Eu vi em cada poro a gota de suor
Eu senti nas curvas do seu rosto cada milagre
Mas não há nada que se possa provar
Como eu não vou enlouquecer?
Como eu não vou enlouquecer?
Me dê forças ao menos para parecer normal
Pois já demoli os muros do que pode ser real
Não tenho mais nada que se possa provar
Eu não sou nada que se possa provar
Nem mesmo minha fé, nem mesmo eu
Eu nem sei o que sou
Ou se existo
Nem sei o gosto do meu lábio
Eu só sei que vou seguir em frente
Custe o que custar
E camuflar minha loucura
Que me consome
Que me mata e me dá vida
Enquanto eu respirar.
Sou um monstro, é isso o que sou..
É isso o que sinto...
Não nasci pra ser amado, pois quem fica ao meu lado...
Hoje diz que tem raiva, ódio...
Seria melhor morrer mesmo..
Estou cansado....mas ja estou planejando tudo,
Logo descansarei na noite eterna,
E ninguém mais nesse mundo irá me machucar, magoar, xingar...
Morrerei sozinha, assim como nasci, assim como passei a vida inteira, sempre tendo que segurar a minha própria mão.
Eu nasci para te amar, só uma pessoa é suficiente e ela é você. É uma pena que você não esteja mais em minha vida pois tudo aqui é você. Como amar outra pessoa se você que me ensinou o que é o amor? É impossível, só existe uma versão sua e eu não posso mais tê-la. O que faze?
Você não me ensinou a te esquecer.
Mudar as vezes é bom.. Eu achava que nunca iria mudar. Eu sempre achei que iria morrer onde nasci.. Pensava que nunca iria abandonar o lugar onde nasci..A escola onde estudei, que era no final da minha rua. Meus amigos de infância. Pensava em comprar uma casa na minha rua, só para não deixar meus amigos para traz. Só que o tempo passou, e meus amigos , já não os tinha mais. Percebi que todos seguiram seu rumo, foram atras dos seus sonhos. E eu fui o único que estagnei. Quando todos eram barcos, que iam atrás dos seus sonhos, eu era o único ancora. O único que iria ser ancora pra sempre. O único que não queria crescer, que não queria mudar Pois minha zona de conforto, era a unica coisa que eu conhecia. E era isso que estava bom pra mim. Até que um dia eu quis ser maré, eu ia onde o vento me levava, não tinha destino, rumo..apenas ia.. e gostei.. Desde então eu tento ser maré.. Porque alem de estar em vários lugares diferentes eu consigo levar um grande tanto de amigos barcos comigo.
Sou poeta, sou palhaço.
Sou palhaço quando quero,
Sou poeta sem querer,
Já nasci com esse dom,
Não tem poeta mais bom,
Quando começo escrever
Ser poeta é um dom,
Ser palhaço é profissão,
Nas ruas arranco sorrisos,
Mas nas páginas de meus livros,
Eu desperto a emoção
Minha vida não é fácil,
Mas quem sou eu pra reclamar,
Em cada sorriso que arranco,
Vejo uma folha de palpel em branco,
Pra começar rabiscar
Não gosto de escrever,
Gosto mesmo é de sonhar,
Viajar nas profundezas,
Mas sempre tendo a certeza,
Que meu talento vem de lá
Um talento admirável,
De um palhaço sonhador,
Um guerreiro camuflado,
Com um traje de soldado,
E um coração de escritor
Falo de tristeza,
Mas também falo de alegria,
Sou poeta arretado,
Igual Assis com seu machado,
Que conquistou freguesia
Sou palhaço,
Ou será que sou poeta ?
Fui um palhaço sonhador,
Que se tornou escritor,
Alcançando sua meta.
O cajueiro
O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.
A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.
Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.
HOJE MORRI
Hoje morri sozinha
Perdi as cores com que nasci
Perdi a identidade
O brilho do olhar
Perdi as brincadeiras de criança
O saltar à corda
Perdi sem saber alguns amigos
Talvez já não fossem
Perdi a alegria, o riso
Que gosto tanto
Perdi a esperança
De voltar um dia, quem sabe
Hoje morri sozinha
Morri feliz por saber que fui amada.
Não sei se nasci louco, ou foi você que me enlouqueceu, te dei minhas horas vagas, toda minha disposição, por ti suei, sofri, as vezes chorei, mais vezes sorri, e tu por mim, fizestes o que? Me destes amigos, sem os quais não viveria, me proporcionou prazeres que sem ti não sentiria, me mostrasse o que é amor e parceria, eu te amava dia e noite, tu me apoiava noite e dia, sem você, Basquete, minha vida não valeria.
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