Eu Mesmo
Se sentássemos para conversar eu e eu mesmo, seria a conversa mais louca, porque eu não me entendo. E questionando a mim ficaria cansado e certo do quanto sou teimoso. Acho que preciso ser mais eu.
Todas as coisas que penso e posso fazer são escolhas minhas, a medida que eu mesmo pouco compreenda...
Quando Olho Para O Meu Passado, Encontro Um Homem Bem Parecido Comigo - Por Acaso, Eu Mesmo...
Porém Esse Homem Sábia Muito Menos.
Conhecia Muito Menos Lugares.
Amou Muito Menos Pessoas.
Sofreu Muito Menos.
Obteve Menos Emoções e Por Fim, Jamais Desacreditou Na Seriedade Da Plateia Que Sempre Sorria . . .
Sou eu mesmo perante a máquina social, posso dizer o que penso sem medo de ser julgado, posso sair de mãos dadas em um dia de domingo e me expor ao mundo o que estou sentindo, almejo coisas simples e fáceis de se concretizarem, como fazer um filho ou comprar um sapato novo ou até mesmo um passeio na natureza, não sou cobrado por minha consciência em instante algum da minha existência, tenho o livre arbítrio entre o que é útil e fútil.
É incoerente querer que me entendam sem que eu mesmo faça isso. Quem há de me conhecer sou eu, que convivo comigo a todo o tempo.
Os meus sentimentos eu mesmo invento para não viver a solidão tão solida em meu coração;
Não quero que ninguém me diga o que deva fazer em meu caminho confuso;
Mesmo no meio do nada ou do vazio que se estende diante de meus olhos eu me encontrarei para então encontrar seus abraços;
Preciso de ajuda para me libertar de coisas que nem me prendem, eu mesmo me prendo a elas, depois vejo que só o tempo me liberta.
Não quero ser o melhor ou o pior, apenas quero ser eu mesmo e estar cercado de pessoas que realmente gostem de mim do jeito que sou.
Perdido em um caminho que eu mesmo criei,
Foram diversas curvas e atalhos para chegar aonde cheguei,
porém não sei realmente o que me trouxe até aqui...
O vento, o coração ou apenas minha solidão.
Todo tempo que andei, o que procurava não encontrei...
Este caminho eu mesmo escolhi e por isso não me arrependi, chuva e tempestade enfrentei e a saudade driblei, saudade do que não existe da utopia em que vivia.
Por onde passei, fui sempre eu mesmo... Por onde eu passei, tive amigos... Por onde passei, tive amores... E se eu não tivesse feito o bem, eu não os levaria comigo até hoje para onde eu for.
O quanto temos, e o que temos.
Nos deixa, nos faz ser...
Me trago, me assopro.
Sou eu mesmo que reparo na irrelevância.
Se eu for o que querem que eu seja, jamais!
Não preciso ficar querendo ter o que não me faz.
É forte, machuca, mas passa!
Ninguém consegue entregar sentimentos a vida inteira de graça.
É preciso ter cuidado, com as coisas que nos faz bem.
São pequenas estas coisas, estranhas.
Mas existem, e são poucas.
Eu sou pouco.
Mas tenho muito aqui dentro de mim.
Completamente repleto de evasão!
Completamente perdido, quebrado.
Jogado ao chão...
Com os olhos abertos eu não perco seus gestos.
Estou aprendendo também, eu confesso.
Só tem mais uma coisa que gostaria de dizer:
Eu estava completamente apaixonado por você.
Agora, me puxo, me levo, me faço ir embora.
E agora eu te deixo, mas ainda ouço os pingos da chuva...
La fora.