Eternidade
Gosto da noite mas não gosto de dormir. E pensar que terei uma eternidade para fazer isto.
(Valdez Juval)
Os seus lindos e grossos lábios desnudados do carmim, deixam na minha boca o gosto da paixão.
(Do romance MARIAS, de Valdez Juval)
Quer a eternidade? Então viva da melhor forma que puder porque aqui nesse plano em que estamos no momento, a nossa passagem é rápida.
A eternidade é um cálice vamos beber sob deleite da minha vida. Iremos viver para o além vamos caminhar sendo o primeiro amor servo de nossa paixão.
Aonde arde o teor do coração que sangra...
continuamente devorando o sentido da paixão.
Esclarecimento sobre o tempo
A eternidade começa com um dia. A história, nada mais é, que a coleção de vários dias. Nossa vida é uma coleção de vários dias. Morremos ao dormir e nascemos ao acordar. Nossa vida é um dia. Nossa rotina é nossa vida.
Se somos infinitos e a esperança é a última a morrer. Em um universo onde não há eternidade, somos a esperança?
Só a eternidade revelará, quantas vezes deus paralisou as trevas para manter a tua vida de pé e guardada!
O AMOR
é a eternidade de duas almas
num só coração
E Jamais deve ser confundido com
prisão , paixão e ilusão .
O Amor é fascinação !
PARA SEMPRE...
Infinitamente inerte diante o manto do teu olhar, que me cobria
Pela eternidade de nossos sentimentos me entreguei...
Senti então o grau esplêndido da alegria que havia desaparecido
Lentamente fomos nos afundando nas águas do desejo entorpecido
Nosso primeiro beijo...
Fluí contigo para além desse universo
Onde só existia sinfonia dos anseios de te reencontrar
Primeira noite dormimos satisfeitos como por um encanto
Nos reduzia em um único pensamento.
Morrí sempre! Em meus gemidos em cada um, tu estavas presente.
E quando achei que tudo se perdeu...
Entregastes o coração teu
Onde só existia relampejo desconexos
Derramávamos um para o outro em uma nova vida
e... então como sem saída...
Resolvíamos nos amar até o fim de nossos dias...
Em algum momento da eternidade, haveremos de saber, se conseguimos deixar legado por algo que viemos aqui fazer.
Eternidade.
A cidade amanheceu cansada, velha demais para continuar.
Prédios sussurram as igrejas que a nobreza do tempo, acabou.
Amanheceu e banhou-se no mar, a sombra da belíssima construção.
O cavalo corta a rua com seus cascos calejados e cansados de fendas e buracos.
Para, respira, bebe a santa agua e prossegue, cansado como a cidade.
Olhares perdem-se com as poeiras de eras, centenárias cenas, casas grandes e pequenas, bordado longo, calmamente elaborado.
Tijolo por tijolo o tempo desfaz, uma saudosa brisa curva-se sobre telhados e janelas.
É a mesma de vidas atrás.
Só os personagens mudaram.
A cidade vai dormir cansada para acordar disposta a brilhar por mais um pouco, na eternidade da memória.