Estrada
À Brasileira
Eu quero ser a longa estrada que te trouxe aqui
Ser a alegria brasileira que te faz sorrir
Ser a música que faz seu corpo dançar
Ser o clima quente a te fazer suar
Eu quero ser o sotaque desse povo diferente
Ser as ruas sempre cheias de gente
Ser as festas do verão baiano
Ser a cultura, o sagrado e o profano
Eu quero ser o futebol jogado na areia
Ser o Pelourinho e suas ladeiras
Ser o forró gostoso, o arrasta pé
Ser as lindas praias de Itacaré
Eu quero ser a coxinha pra comer o dia inteiro
Ser a acarajé exalando seu cheiro
Ser a cerveja gelada a te embriagar
Ser a fruta mais doce que você provar
Eu quero ser o sol, as estrelas ou o mar
Ser a paisagem a te acompanhar
Ser a lua iluminando a madrugada
Ser sua mulher, amante ou namorada.
"Último canto"
Te procurava em finais de arco-íris
Percorrendo estradas de puras nuvens
Corria através de túneis sem fim
Voava por sobre desertos e oásis
Em bosques, florestas e matas te buscava
Nas montanhas, em ecos te gritava
Num lago em sol a se por
Chorei quando te vi
Eras cisne e me chamavas.
Num esforço real, irreal e surreal
Me transformei em cisne pra te abraçar!
E como cisne apenas cantei!
(Ouro Preto-MG 01/12/2007)
Acreditem sempre,
Que conseguem
E onde quer que seja
Se todos quisermos muito,
A nossa Estrada,
Estará lá,à nossa espera.
Na estrada da vida, apenas penso, em encontrá - lo novamente e com todo o meu amor abraçá - lo, e reconfortá - lo de todas as maneiras pela distância e os obstáculos que nos impediram de escrever uma verdadeira História de amor.
Teu Corpo
Auto-estrada por onde deslizo
Sigo as setas sinuosas
Curvo curvas perigosas
Caminho desconhecido
Onde desbravo novas milhas
Aventuro-me no desconhecido
Escrita antiga
Onde decifro cada sinal
Onde procuro montar cada pedaço
Escrita sagrada
Esmiuço cada linha, parágrafo
Procuro por milagres
Poesia
Onde leio em braile
Onde releio cada milimetro
Doce
Sabor, energia
Prazer, satisfação
Você pode encontrar milhões de pessoas pela estrada da vida, poucas serão as que você conhece, algumas você chamará de amigo, e raramente encontrará uma pessoa pra chamar de irmão... Porque pra ser irmão não precisa ser de sangue, e para ser amigo de todos os momentos, só sendo irmão.
Tire da minha estrada a sua sombra,
dos meus olhos a sua imagem,
do meu corpo, o sonho e o desejo
de beija-la com os meu braços...
Delete tudo que meus olhos possam ver
e que me coração possa desejar e pedir...
Fuja de todos os amigos e de si mesma,
mas saiba que no calabouço do meu pensamento,
sem que lá seja minha prisioneira,
eu a olho a todo instante, cuido de você,
contemplo-te e amo-te do meu jeito,
seguro de que de lá nunca me deixarás...
Lá ninguém poderá rouba-la de mim...
Lá és inteiramente minha...
4:45 até 15:25 (estrada)
Estrada confusa que não consigo andar
Tão falsa e cheia de truques para enganar
Onde usar pessoas nos faz avançar
E as tristezas que chegam e se vão
Sempre levam a pureza do meu coração
Estrada louca que me oferece só uma opção
Criar a minha estrada e então nela seguir
Apreciar cada passo e me fazer sorrir
E assim fazer alguém comigo sorrir
Entre trancos & barrancos vou seguindo minha estrada, eu temo é dos vivos & não da queles que não podem fazer mais nada.
Talvez meus pneus não estejam preparados para andarem em certas estradas, mas, assim como o asfalto adquiriu sua qualidade, a borracha encontrara o ponto ideal.
A felicidade é a vida e a eternidade que nos espera.
A felicidade é uma estrada sem fim, a infelicidade apenas as pedras no caminho, os buracos na estrada.
Pedras e buracos que somente marcam nossa vida quando não a dirigimos com zelo e prudência.
A felicidade é a família são os amigos.
Os inimigos não são infelicidade pra mim mas, sim, seres infelizes.
Incógnita
Venho de caminhar por esta estrada,
Tecendo da ilusão um último alento,
Desta vida que vai acelerada,
Chegando ao fim, com um triste lamento.
Muitas sementes plantei em solo ingrato;
Amor e esperança, inatingidos...
Tudo, agora traz-me à lembrança do que fui ontem,
Não a certeza do que sou agora.
Os dois Viajantes e o Hindu
Dois viajantes, que iam juntos pela estrada, começaram a discutir numa encruzilhada de um bosque.
Há muito teria eu chegado às margens sagradas do Ganges – dizia um – se não tivesse, para embaraçar-me, um companheiro como tu.
Que gracejo tão singular! – respondia o outro. – Ignoras então que por muito tempo fiz parte dos corredores do rajá de Maissur?
Parece-me ouvir a tartaruga desafiar o cervo, pois tuas pernas degeneraram bem, depois dessa época.
Então ambos, desafiando-se mutuamente, tomaram por testemunha um hindu que cortava capim na floresta.
Os dois viajantes, tendo combinado que o ponto final da corrida seria um tamarindeiro que se encontrava a quinhentas calpas de distância seus alforjes abundantemente recheados de provisões de toda espécie, e partiram correndo.
Vendo aquilo o hindu apoderou-se fardos e fugiu para mais recôndito ponto do bosque.
É Preciso Aproveitar Sempre as Brigas dos demais, retirando delas algum benefício.
Só o Tempo
Quem pode dizer aonde vai a estrada ?
Para onde vão os dias ?
Só o tempo
E quem pode dizer se o seu amor cresceráconforme seu coração escolher ?
Só o tempo
Quem pode dizer porque seu coração suspira conforme seu amor flutua ?
Só o tempo
E quem pode dizer porque seu coração choraquando seu amor morre?
Só o tempo
Quem pode dizer quando os caminhos se cruzam que o amor deve estarem seu coração ?
E quem pode dizer quando o dia terminase a noite guarda todo o seu coração ?
se a noite guarda todo o seu coração...
Quem pode dizer se o seu amor crescerá conforme seu coração quiser ?
Só o tempo
E quem pode dizer aonde vai a estrada ?
Para onde vão os dias ?
Só o tempo
Quem sabe?
Só o tempo
Quem sabe?
Só o tempo
Pela estrada da vida espinhos eu pisei.
Pela estrada da vida sozinho eu fiquei.
Mas pela estrada da vida á ti eu encontrei.
e pela estrada da vida novo rumo eu achei.
Mas foi nessa estrada de espinhos de solidão que a ti encontrei e nova vida eu terei. OBRIGADO SENHOR
Foi lentamente que lá cheguei. Tantas coisas desviaram minha atenção ao longo da estrada, que não percebi que escurecia mais e mais a cada passo. Notei o quanto havia me afastado apenas quando já não pude mais enxergar por andava. Olhei para trás buscando o caminho de volta, mas não o encontrei.
De repente, em meio a mais absoluta e profunda escuridão, pude perceber um vulto. A pequena figura encolhia-se num canto, acuada. Aproximei-me vagarosamente, temendo que qualquer movimento mais brusco de minha parte pudesse afugentá-la. Mas, ao notar minha presença, a menininha limitou-se tão somente a levantar o olhar, acompanhando meus lentos passos em sua direção.
Era muito magra e trajava farrapos. Estava descalça e seus cabelos despenteados eram tão negros que se confundiam com a escuridão do ambiente. As mãos pequeninas e trêmulas repousavam sobre os joelhos. Os dedos das mãos estavam muito feridos, como se ela houvesse tentado se agarrar com muita força a algo que lhe tivessem arrancado impiedosamente. Tinha o rosto sujo e olheiras profundas como se há muitos dias não se alimentasse.
Quando parei diante daquela frágil criatura, notei que havia uma corrente presa a um de seus tornozelos e que os elos estendiam-se escuridão adentro. Ajoelhei-me diante dela. Seus olhos eram enormes, marejados de lágrimas, e me fitavam com uma dor absurdamente comovente.
- Quem é você?
- Estou aqui há tanto tempo que já não me lembro quem sou.
- O que faz aqui sozinha? Não tem medo da solidão?
- É o que mais temo – respondeu-me em fraca voz. – Ajude-me, por favor!
Sua súplica era quase um sussurro, demonstrando o inegável cansaço que a acometia. Surpreendentemente, suas mãos pequeninas e feridas agarraram-se com força às minhas. Lágrimas desesperadas derramavam-se incontroláveis pela pequenina face. Em meio a soluços, levantou a cabeça procurando com seus olhos enormes o fundo dos meus.
- Ajude-me! – voltou a suplicar. – Guie-me para a luz. Não quero mais estar só.
- Ó, minha criança, perdoe-me, mas não sei como. Eu simplesmente não sei como...
A vida é como uma estrada.
Passado: A gente anda, as pegadas ficam.
Presente: Uma pequena parada, consequência das pegadas.
Futuro: As marcas de uma longa caminhada.