Estrada
" To de olho na estrada esperando você, coração ta preparado pra te receber. To usando o perfume que você adora e canção que você gosta ta tocando agora "
"- Há uma estrada de pedra que passa na fazenda
É teu destino, é tua senda, onde nascem tuas canções...
As tempestades do tempo que marcam tua história,
Fogo que queima na memória e acende os corações [...]
E todas as estradas que temos que percorrer são tortuosas.E todas as luzes que nos levam até lá nos cegam !!! -> Oasis " Será "
Ainda longe em passos calculados eu caminho na estrada sem fim
De qualquer modo, eu aceito minha ansiedade e continuo vagando
Eu encaro a felicidade distante que não me visita
Mas simplesmente olhando para o céu, não fará a felicidade cair dele
Ter tudo e não ter nadah.
Ter vc e viver perdido na estrada..
as vezes penso q acabou mais amar vc é tudo meu amor.
é acordar de manhã e ver o sol..
é te ter o dia inteiro e sentir teu cheiro non pôr-do sol..
querer te encontrar é um sonho..
te ter e te amar é ter a vidah para um dia te beijar...
mais escrevo este pensamento pra vc para dizer q tudo é possivel...
só não é possivel te esquecer;
Na estrada há montanhas de frio sopé.
Ora tropeçamos, ora as transportamos.
Porque em parte somos alma e temos fé;
mas em parte somos corpo e duvidamos.
Abstinência
Caminho pelas estradas da vida, seguindo algo, que eu não sei onde está, vou sem saber pra onde, o único destino que existe no meu bilhete é em qualquer lugar, fica difícil decidir pra onde ir. Às vezes paro pra respirar, mas me lembro que já não respiro mais, fica difícil.
Me lembro bem daquele dia que você me ensinou a voar, e hoje dói lembrar o quão doce é o gosto do vento. Vou assim sem saber pra onde, vou seguindo meus olhos, mas não sei se posso confiar neles, porque eles tentam me enganar, buscam um alguém que não quero mais ver em todos os rostos, às vezes tenho medo de olhar nos olhos e vê-la. Mas as coisas são assim, quando canso de caminhar, gosto de deitar na grama e olhar para o céu, principalmente à noite, pra olhar as estrelas, principalmente aquela que brilha mais do que as outras, me lembro quando olhávamos juntos pra mesma direção, fico me perguntando como uma pequena bolinha no céu me faz lembrar e sentir tanta coisa? Então fecho os olhos e na verdade tenho medo de fechá-los. Porque o que mais me dói é não saber que quando eu fechar os olhos vou me lembrar dela, e sim quando eu abri-los e saber que são apenas lembranças.
E assim continuou caminhando por esta estrada, sem saber pra onde, sem saber quando vou chegar, mas eu sei que essa abstinência uma hora vai passar.
Murilo e eu seguíamos por aquela estrada, observando a mata alta ao nosso redor. Animais passando, o sol se despedindo, com All I Think About Is You tocando ao fundo, no aparelho de som do nosso carro. Depois da briga de ontem á noite nenhum de nós estávamos dispostos a iniciar um diálogo, e muito menos de desistir da viagem que já estava programada á um mês. Aquelas poltronas de couro marrom do carro haviam formado uma espécie de muro entre nós dois, e eu, do lado direito da barreira, permanecia imóvel e calada, preferindo olhar para o pequeno lago que surgia agora ao lado da estrada. Ele, com os olhos ainda avermelhados e olhando friamente para a estrada, nunca conseguira me enganar, e ao perceber ao som daquela musica, que ele se deixava lembrar dos momentos vividos ao lado de uma mulher que havia lhe apresentado a vida, e que agora, de uma maneira inexplicável, ameaçava tirá-la dele novamente, senti o coração disparar. Por seus pulsos firmemente apertados no volante daquele Porsche vermelho e seus lábios levemente cerrados, observei pelo jeito como ela se movimentava a cada fez que ele sentia-se nauseado conforme íamos nos aproximando da casa de seus pais.
De repente algo veio interromper aquela abstinência de palavras, e no lugar da musica, agora podia-se ouvir o noticiário da noite, avisando que a estrada que levava a cidade de Mecenas estava em obras, e por isso a ponte principal estaria interditada. Um gosto amargo de derrota deglutiu em minha garganta e no mesmo instante o olhar de Murilo veio ao encontro do meu, o que já acontecia desde que saímos de São Baleatos. Aquele olhar me fez sentir uma inúmera quantidade de sensações, dentre elas o medo do que poderia ser dito nos próximos segundos. Mas não se ouviu nenhum som, estávamos um esperando pelo outro, e, como de costume eu rompi o silencio e disse:
- “Droga. Então am-- Murilo, o que faremos agora? “
- “ Não sei, vamos seguir a estrada e ver até aonde podemos ir.”
Ouve-se o motor do carro novamente, o rádio por fim foi desligado. Num ato súbito de inconsciência, soltei entre os dentes:
- “ Você não pretende acabar com isso? Se formos passar a noite na estrada será mais uma dormindo sozinha?”
- “ Eu não durmo sozinho, tenho o som das aves e insetos para apreciar.”
Riu, o sorriso mais forçado que eu já havia visto. Sentia-me melhor, pelo menos uma vez minhas palavras não o fizeram chorar.
- “Ah, claro. Então não se importa em continuar ouvindo isso. Mas eu me importo em ouvir seu choro.!
- “ Então deve saber o motivo deles. Deve saber que nada no mundo é capaz de traduzir quantas noites passei acordado, esperando que mesmo que de longe, a brisa me desse um beijo em seu nome.”
- “Porque essa brisa não trouxe você até mim?”
- “ Talvez por medo de ser recusada novamente, como vem acontecendo diariamente.”
Então parei para rever os últimos acontecimentos, e o que vi foi uma mulher insana, que passava todo o seu tempo trabalhando ou pensando no que poderia acontecer no próximo dia de trabalho. Vi uma mulher que não sabia mais o que significava a palavra viver, e que, freqüentemente, ignorava qualquer ato de carinho e afeto que recebia, tornando-se fria e fechada. Nos míseros segundos que ficava em sua casa, suas únicas ocupações era torturar e decepcionar com as mais rudes palavras quem esteve ao seu lado a todo o momento. Eu realmente não reconhecia essa mulher, apesar do enorme nome que surgia em seu corpo. Bianca. Como pude me deixar chegar a esse ponto? Como nunca pude dar valor à pessoa maravilhosa que me acompanhava em todos os momentos? Que me dava atenção e demonstrava seu amor incessantemente? E eu o chamava de amor por pura rotina. E em um ato impensado, eu olhei profundamente para aquele ser maravilhoso que estava ao meu lado, e me apaixonei por ele como nunca havia feito antes, o beijei como nunca havia beijado antes. E ele correspondeu. Correspondeu de uma maneira tão fervorosa que fez todo meu corpo estremecer. Eu me sentia imortal naquele instante. A vontade de nunca mais para aquele beijo era tão inexplicável que nem percebemos que a placa grande e amarela que dizia “Pare. Perigo. Volte”, logo no inicio da ponte, que ficava a 5 metros da nossa pequena parada. Naquele momento, o perigo era algo que não existia.
De repente sentimos o nosso corpo estremecer fortemente e fomos interrompidos com um barulho ensurdecedor de uma buzina, que vinha de umas das locomotivas que se encontravam na estrada. Murilo freou o carro bruscamente, a cerca d 2 metros de um precipício de aproximadamente 15 quilômetros de profundidade. No mesmo instante, o olhar que se concentrava naqueles olhos castanhos, mirava o precipício e, inesperadamente, um sorriso saltou de meus lábios. Logo após, dos lábios ainda rosados dele, pude ouvir uma doce gargalhadas, algo que não ouvia a um bom tempo.
Assim que saímos do carro -- de mãos dadas -- os operários do turno da noite vieram ao nosso encontro para saber se estávamos bem. Estávamos em perfeitas condições, melhores do que nunca. Depois de sairmos daquele local e nos hospedarmos no hotel mais próximo até o dia seguinte, quando as obras já estariam terminadas, finalmente tivemos uma conversa, que era como algo novo para mim. E nos sentimos felizes em saber que poderíamos termos morrido felizes a alguns minutos, que isso não seria tão ruim assim. Mas era melhor ainda saber que ao invés de uma morte feliz, tínhamos toda uma vida de alegrias, e que como eu fizera com ele no passado, ele poderia novamente me apresentar à vida.
Agora, coloco os meus pés na estrada...
Enfrentando mais um caminho... Talvez de luta, talvez de glória...
Na verdade... Os dois, pois não existem glórias sem lutas, e nem lutas sem glórias!
Quero ter você ao meu lado .
Andando na estrada
Sozinha desesperada
Esperando por meu amor
Sofrendo de uma dor
Que tem no meu coração
Causada por uma desilusão
Vê se tenta entender
Eu só sei amar você
Me da uma chance de prova
Que eu posso ser a sua pessoa certa
(refrão)
Já não agüento mais viver pressa nesse mundo de ilusão
É uma estranha sensação
Se não tenho você ao meu lado
Tudo me traz lembranças de você
Eu tento te esquecer , mais não da
Eu só penso em te amar... ;
- Você é a razão do meu viver
O sol do meu amanhecer
Minha estrela guia
Você é minha alegria
A força que eu tenho para cantar
A pessoa que eternamente irei amar
Não pedi por você me apaixonar
Não tive como evitar
Não tive como não deixar
Agora estou aqui
Vivendo e sofrendo
Eu já nem me entendo
Meu futuro é tão desconhecido
Um mistério escondido
Não consigo mais tenho que dizer que
(refrão)
Já não agüento mais viver pressa nesse mundo de ilusão
É uma estranha sensação
Se não tenho você ao meu lado
Tudo me traz lembranças de você
Eu tento te esquecer , mais não da
Eu só penso em te amar... ;
Vou pedir ao coração um tempo,
Um pouco de razão
Ensina-me a viver com essa lição
sem nenhuma sensação
De te perde para esse mundão
Sem poder te amar como eu sempre quis
Vivo aqui falando de vida,
de estrada e de alma.
A vida realmente é muito preciosa
nunca se esqueça disso.
Temos apenas uma vida e
ás vezes não damos o valor necessário que
ela realmente mereça.
Caminhões rugindo no escuro da noite,
Na estrada do desespero
Não há sol, só nuvens acinzentadas
Nem bandeiras a desfraldar,
Homens cabisbaixos em sua caminhada
Sem amor para compartilhar.
"E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. (...) Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai para onde ele te levar" (Susanna Tammaro in Vai aonde te leva o coração).
"Os caminhos não conduzem a nenhum lado, mas há um que tem coração e um outro que o não tem. Sobre aquele, a viagem será alegre (...). Sobre este, maldirás a existência. O primeiro te tornará forte, o outro, fraca" (Carlos Castaneda in L'herbe du diable et la petite fumée: une voie yaqui de la connaissance).
E todas as estradas pelas quais temos de caminhar são sinuosas,
E todas as luzes que nos conduzem até lá estão nos cegando.
Existem muitas coisas que eu gostaria de dizer para você,
Mas eu não sei como..
O caminho
Pegue seu caminho, mas siga sua estrada, hão estradas paralelas, mas somente uma é a sua.
Marque seu caminho com referências fáceis, e boas. Grandes pedras e curvas não servem de referência, elas serviram apenas para não tornar seu caminho monótono demais, e para te manter atento nos perigos da estrada.
Sim, toda estrada é perigosa, há desde pequenos marimbondos altamente venenosos até grandes feras felinas, não esqueça dos escorpiões, cobras e ratos que atravessarão seu caminho.
Marque seu caminho por lindas flores e árvores centenárias, marque seu caminho naquelas coisas boas e bonitas que ninguém vê, e que as feras te ameaçarão arrancar.
O caminho é difícil, a estrada não está feita, você vai ter que fazer a trilha, desde abismos até grandes oceanos, você vai tropeçar, vai cair, mas não desista de levantar e continuar a jornada, ninguém disse que seria fácil.
Vozes irão te dar dicas sobre como atravessar a estrada, você nunca estará sozinho, mas lembre-se de saber distinguir as vozes, umas são boas e outras são más.
Mas não desista do caminho, você já chegou a um ponto que não tem como voltar.
Aprenda a seguir o caminho!
DE VOLTA
Ser viajante sem parada
De novo encontrar a mesma estrada,
Voltar à mesma casa que foi deixada,
De onde saíste sem pensar em mais nada.
Dos encantos que aprendi na vida
No profundo do teu corpo me fundi,
Nos caminhos percorridos
Sempre procurei o amor em ti.
Foi meu alento minha poesia,
Meu canto minha nostalgia,
Meu destino que te entreguei um dia.
Ó amor meu que ficaste ausente!
Não te apartas do meu amor presente
Deite em meu regaço tua alma para sempre.
MÁRCIA ROCHA