Estrada

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A uma estrela pequena no céu azul
A um sol sem brilhos
A uma estrada vazia
A uma garota cheia de sentimentos que um dia sua estrela ira fluir seu sol ira brilhar e sua estrada ela ira caminhar e seu sonhos realizar!

Que venha o sonho, embalar o coração,
Que venha a estrada sem fim, a emoção,
Que venha o tudo ou o nada.

Mas que não fique assim, sereno como um cais,
Mas seja o fogo, o segredo,
De um amor que não aconteceu por medo,
De ser feliz demais...

Porque até mesmo uma estrada cheia de buracos pode te levar à algum lugar.

Antes que eu desapareça nessa longa estrada atrás da minha felicidade, se caso a razão me procurar pra me alertar á nunca mais se apaixonar diga á ela que chegou tarde demais.

A ESTRADA DA VERGONHA


Num ponto sujo do mapa
Em pleno século vinte e um
Há uma estrada abandonada
Que não tem sentido algum

É um trecho importante
Que liga Condeúba a Caculé
Virou o símbolo do retrocesso
Acredite quem quiser

Se você tem automóvel
Melhor nem passar por lá
É tanta buraqueira
Que seu carro vai enguiçar

O pior é que no mapa
Essa estrada é asfaltada
Agora de concreto mesmo
A gente nunca viu nada...

A verdade, meu amigo
É que nós fomos enganados
Votando em político corrupto
Que nunca foi do nosso lado

Só aparece por aqui
Em época de eleição
Faz um monte de promessa
E desaparece desde então...

Temos que nos unir
Para acabar com essa situação
Político que nada faz por aqui
Não merece votação

Vamos exigir nosso direito
Correr atrás do prejuízo
Essa estrada, por exemplo,
É um projeto que eu valorizo

Devido à importância
Que a mesma tem na região
Imagine os benefícios
Se for feita a pavimentação...

O comércio melhoraria
As rodovias se interligariam
Quanta gente não se beneficiaria
Pelo progresso que viria?

Seria um salto pro futuro
Em direção ao desenvolvimento
Uma grande recompensa
A essa região sem investimento

Imagine como ficaria
Ir á Caculé, Caetité
Condeúba, Guanambi
Vitória da Conquista, Jacaraci...

Tudo ali...
Bem pertinho da gente
Com estrada asfaltada
Para seguir sempre em frente...

Imagine o pessoal de Itumirim,
Guajerú, Jânio Quadros...
Pense no que isso representaria
A esse povo necessitado...

Seria uma obra
Importante na região
Muita gente se beneficiaria
Sobretudo a nossa população

Portanto, se algum político
Vier lhe torrar a paciência
Mostre que tem consciência
E sabe bem o que quer

Se for político de verdade
Vai discutir com humildade
Sobre a estrada da vergonha
De Condeúba a Caculé...

Só depois desse trajeto
Que ele vai lhe entender
É o caminho que ele precisa
Para chegar até você...

Eu sem você!

Numa estrada perdida te encontrei você estava todo machucado e com o coração ferido,penetrei nas suas idéias e descobri que você tinha saído de uma briga com duas pessoas feridas,derramando lágrimas te levei para minha casa você estava todo nu fiquei sem reação tudo o que eu queria fazer era te beijar,peguei um pano e comecei a limpa-lo parte por parte,quando cheguei em sua boca carnuda dei um beijo em câmera lenta e na verdade você só queria desde o começo fazer amor comigo,cai no seu golpe,quando acordei você não estava mais ali e logo adiante vi uma carta nela você estava dizendo que a noite foi muito boa e ainda mais com aquele beijo inesquecível,logo quando acabei de ler corri pelo mundo a sua procura,mas não te achei,com o tempo pensei que você tinha morrido,pedi para você lutar comigo mas seus pensamentos já tinham sido roubados pelo amor,te alertei mas não me deu atenção até que um dia você some de casa e ai chega uma notícia horrível,ainda quando disse as últimas palavras "te amo"chorando eu pensava em você o tempo todo até nos seus detalhes os seus conselhos que me fizeram ser o que sou hoje,podemos estar em mundos diferentes mas os pensamentos serão os mesmos.

Trânsito Livre


Acordei rapidamente, troquei de roupa e sai de carro rua afora;
As estradas sem buracos, os motorista educados, o trânsito não demora;
Os pedestres transitam na faixa, os policiais a quem precisa orientam;
A cidade cresce, o numero de acidentes desce e a vida alimentam.

Os motoristas respeitam-se, os motociclistas trafegam com cuidado;
Onde não há semáforo, ao atravessar a rua todos olham para o lado;
Sigo por estes caminhos, trafegando calmo e sossegado.
Andamos mais devagar e com mais atenção quando o piso esta molhado.

No fim do dia todos retornam para suas casas,
Seguem o trânsito sem ficar pedindo asas,
Na há filas, discussões, xingamentos e desavenças.
Os pais chegam felizes em suas casas para abraçarem as crianças.

Trriiinnnnnnnnn..... Despertou o relógio. Acordei. Era sonho.
Olho pela janela e vejo um transito enfadonho;
Sai pelas ruas rezando para que consiga ao meu destino chegar.
Quem me dera um dia ver tudo isso sem ter que apenas sonhar

Você atravessou a estrada da minha vida, com um olhar faminto, um desejo desesperado de concretizar ideias flutuantes, pedindo abrigo, batendo na porta com os punhos cerrados, num ”toc-toc” desenfreado e perdido e eu não pude resistir. E, sem precisar de quadro negro, giz ou aqueles protótipos de corpo humano usado em laboratórios de ciências, você me deu uma aula completa do que podem fazer todos esses sentidos na vida de uma pessoa. Eclodiram milhares de partículas numa dança explosiva de emoções ardentes. Estávamos lá, estamos aqui e sempre seremos os protagonistas deste espetáculo...

Senhor... Obrigada
por mais este dia que
se encerra, por sempre me guiar na estrada da vida.
Uma nova semana
começa e entrego em
tuas mãos, que a sua
vontade seja feita, que
a paz se faça presente
todos os dias e que eu
tenha sabedoria para
seguir sempre em frente!

Na longa estrada da vida, só chega ao final quem tem fé, coragem e determinação.

... é como se andasse no meio de uma estrada com espinhos sem armadura e a cada movimento uma dor...

"E mesmo que a estrada seja longa, olharei para o céu.."

Medo de Amar

Petrópolis
O céu está parado, não conta nenhum segredo
A estrada está parada, não leva a nenhum lugar
A areia do tempo escorre de entre meus dedos
Ai que medo de amar!

O sol põe em relevo todas as coisas que não pensam
Entre elas e eu, que imenso abismo secular...
As pessoas passam, não ouvem os gritos do meu silêncio
Ai que medo de amar!

Uma mulher me olha, em seu olhar há tanto enlevo
Tanta promessa de amor, tanto carinho para dar
Eu me ponho a soluçar por dentro, meu rosto está seco
Ai que medo de amar!

Dão-me uma rosa, aspiro fundo em seu recesso
E parto a cantar canções, sou um patético jogral
Mas viver me dói tanto! e eu hesito, estremeço...
Ai que medo de amar!

E assim me encontro: entro em crepúsculo, entardeço
Sou como a última sombra se estendendo sobre o mar
Ah, amor, meu tormento!... como por ti padeço...
Ai que medo de amar!

Não faça da sua vida uma estrada onde todos passam e ninguém fica...
Nunca diga entre sorrisos TE AMO,para depois não houvir através de lágrimas ME ESQUECE!

Dois amigos estavam juntos quando, na estrada, encontraram um urso. Um dos homens, apavorados, sem pensar no companheiro, subiu depressa a uma árvore, escondendo-se ali. O outro, vendo que não timha saída possível, sozinho contra o urso, percebeu que só lhe restava atirar-se ao chão e fingir que estava morto, pois ouvira dizer que o urso jamais toca num cadáver.

E ali ficou, enquanto o urso se aproximava e cheirava-lhe a cabeça, resfolegando. Ouviu bem seu nariz, seus ouvidos, seu coração, e como o homem se conservasse morto e afastou-se dali.

Quando o urso já estava bem longe, o companheiro desceu da árvore e perguntou o que o animal cochichara para o amigo.

- perguntou -, disse - porque observei que ele chegou com a boca bem perto do teu ouvido.


*** >>> Ora - respondeu o outro -, não me disse segredo algum. Apenas recomendou-me que fosse cauteloso quando estivesse em companhia daqueles que, diante de uma dificuldade, abandonam os amigos em apuros.

Na estrada só se anda para frente até que encontramos a bifurcação.

As vezes me pego caminhando pelas estradas da lembrança... Em cada curva, uma saudade!

Eu passeio por tua estrada quando você não está, porque não quero mais vê-lo ou tocá-lo.
Eu passeio por tua casa quando você não está, mas não vasculho tuas gavetas, teus segredos,
a intimidade repousada no silêncio dos teus bolsos, dos armários:
Contemplo os móveis, os livros, os discos e tudo o que está exposto, só quero a experiência.
Eu passeio por tuas coisas quando você não está, pra aprender com tua casa,
tua estrada e o teu mundo a suportar a tua ausência.

Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante

Viagem de um vencido

Noite. Cruzes na estrada. Aves com frio...
E, enquanto eu tropeçava sobre os paus,
A efígie apocalíptica do Caos
Dançava no meu cérebro sombrio!

O Céu estava horrivelmente preto
E as árvores magríssimas lembravam
Pontos de admiração que se admiravam
De ver passar ali meu esqueleto!

Sozinho, uivando hoffmânnicos dizeres,
Aprazia-me assim, na escuridão,
Mergulhar minha exótica visão
Na intimidade noumenal dos seres.

Eu procurava, com uma vela acesa,
O feto original, de onde decorrem
Todas essas moléculas que morrem
Nas transubstanciações da Natureza.

Mas o que meus sentidos apreendiam
Dentro da treva lúgubre, era só
O ocaso sistemático de pó,
Em que as formas humanas se sumiam!

Reboava, num ruidoso burburinho
Bruto, análogo ao peã de márcios brados,
A rebeldia dos meus pés danados
Nas pedras resignadas do caminho.

Sentia estar pisando com a planta ávida
Um povo de radículas em embriões
Prestes a rebentar, como vulcões,
Do ventre equatorial da terra grávida!

Dentro de mim, como num chão profundo,
Choravam, com soluços quase humanos,
Convulsionando Céus, almas e oceanos
As formas microscópicas do mundo!

Era a larva agarrada a absconsas landes,
Era o abjeto vibrião rudimentar
Na impotência angustiosa de falar,
No desespero de não serem grandes!

Vinha-me à boca, assim, na ânsia dos párias,
Como o protesto de uma raça invicta,
O brado emocionante de vindicta
Das sensibilidades solitárias!

A longanimidade e o vilipêndio,
A abstinência e a luxúria, o bem e o mal
Ardiam no meu Orco cerebral,
Numa crepitação própria de incêndio!

Em contraposição à paz funérea,
Doía profundamente no meu crânio
Esse funcionamento simultâneo
De todos os conflitos da matéria!

Eu, perdido no Cosmos, me tornara
A assembléia belígera malsã,
Onde Ormuzd guerreava com Arimã,
Na discórdia perpétua do sansara!

Já me fazia medo aquela viagem
A carregar pelas ladeiras tétricas,
Na óssea armação das vértebras simétricas
A angústia da biológica engrenagem!

No Céu, de onde se vê o Homem de rastros,
Brilhava, vingadora, a esclarecer
As manchas subjetivas do meu ser
A espionagem fatídica dos astros!

Sentinelas de espíritos e estradas,
Noite alta, com a sidérica lanterna,
Eles entravam todos na caverna
Das consciências humanas mais fechadas!

Ao castigo daquela rutilância,
Maior que o olhar que perseguiu Caim,
Cumpria-se afinal dentro de mim
O próprio sofrimento da Substância!

Como quem traz ao dorso muitas cartas
Eu sofria, ao colher simples gardênia,
A multiplicidade heterogênea
De sensações diversamente amargas.

Mas das árvores, frias como lousas,
Fluía, horrenda e monótona, uma voz
Tão grande, tão profunda, tão feroz
Que parecia vir da alma das cousas:

"Se todos os fenômenos complexos,
Desde a consciência à antítese dos sexos
Vêm de um dínamo fluídico de gás,
Se hoje, obscuro, amanhã píncaros galgas,
A humildade botânica das algas
De que grandeza não será capaz?!

Quem sabe, enquanto Deus, Jeová ou Siva
Oculta à tua força cognitiva
Fenomenalidades que hão de vir,
Se a contração que hoje produz o choro
Não há de ser no século vindouro
Um simples movimento para rir?!

Que espécies outras, do Equador aos pólos,
Na prisão milenária dos subsolos,
Rasgando avidamente o húmus malsão,
Não trabalham, com a febre mais bravia,
Para erguer, na ânsia cósmica, a Energia
À última etapa da objetivação?!

É inútil, pois, que, a espiar enigmas, entres
Na química genésica dos ventres,
Porque em todas as cousas, afinal,
Crânio, ovário, montanha, árvore, iceberg,
Tragicamente, diante do Homem, se ergue
a esfinge do Mistério Universal!

A própria força em que teu Ser se expande,
Para esconder-se nessa esfinge grande,
Deu-te (oh! Mistério que se não traduz!)
Neste astro ruim de tênebras e abrolhos
A efeméride orgânica dos olhos
E o simulacro atordoador da Lua!

Por isto, oh! filho dos terráqueos limos,
Nós, arvoredos desterrados, rimos
Das vãs diatribes com que aturdes o ar...
Rimos, isto é, choramos, porque, em suma,
Rir da desgraça que de ti ressuma
É quase a mesma coisa que chorar!"

Às vibrações daquele horrível carme
Meu dispêndio nervoso era tamanho
Que eu sentia no corpo um vácuo estranho
Como uma boca sôfrega a esvaziar-me!

Na avançada epiléptica dos medos
Cria ouvir, a escalar Céus e apogeus,
A voz cavernosíssima de Deus
Reproduzida pelos arvoredos!

Agora, astro decrépito, em destroços,
Eu, desgraçadamente magro, a erguer-me,
Tinha necessidade de esconder-me
Longe da espécie humana, com os meus ossos!

Restava apenas na minha alma bruta
Onde frutificara outrora o Amor
Uma volicional fome interior
De renúncia budística absoluta!

Porque, naquela noite de ânsia e inferno,
Eu fora, alheio ao mundanário ruído,
A maior expressão do homem vencido
Diante da sombra do Mistério Eterno!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.