Estrada
Quando chegamos aqui, uma estrada é colocada à nossa frente e iniciamos a jornada, guiados. Com o tempo, por conta própria, passamos a decidir a direção nas bifurcações que surgem. Sem acidentes que possam antecipar, na aproximação da chegada, já lentos, nos deparamos com várias placas: 'proibido parar', 'proibido estacionar' e, a pior de todas, 'proibido retornar'.
A estrada com Deus
Confesso que já tive medo. Medo de várias coisas, desde situações que justificam essa emoção até mesmo filmes de terror. Nas últimas semanas, essa palavra tem martelado em minha mente. Entendi que o medo é uma parte natural da vida, mas tudo precisa estar em equilíbrio. O medo faz parte do ser humano, mas, em excesso, pode se tornar um obstáculo.
Li e ouvi em entrevistas que o medo pode ser visto como falta de confiança em Deus e ausência de fé. Impressionante, não é? Vamos ser francos: não importa o que venha a acontecer, o medo estará sempre presente. Mas o ponto que tem martelado em minha mente não é eliminar o medo, e sim aprender a confiar!
Acham mesmo que Abrão (mais tarde Abraão), pai da fé, não teve medo ao ser desafiado a sacrificar seu próprio filho? Qual foi o diferencial? Ele teve fé! A fé, a confiança em Deus e a intimidade que cultivou com o Senhor lhe deram a força para colocar a fé acima do medo. É importante notar que o medo em excesso pode bloquear a fé! É essencial destacar que temer a Deus é diferente de ter medo de Deus. Temer a Deus significa respeitar Sua soberania e obedecer prontamente.
O medo, por si só, não contribui e, se o faz, é de forma limitada. Não espero que todos compreendam isso, pois frequentemente somos chamados de loucos e cristãos são rotulados como fanáticos. Para aqueles que compreendem, buscam entender ou que estão de passagem e desejaram ler até o fim, compartilho um exercício que me veio pela manhã, perto do café e ainda sonolento.
Imagine que caminhar em busca de Deus é como dirigir por uma estrada. A estrada tem placas sinalizadoras que indicam os caminhos e opções que podemos tomar. Portanto, precisamos estar atentos a essas placas e vigilantes a cada quilômetro percorrido. A estrada não vai te dar todo o percurso em uma única placa. É etapa a etapa. Deus é assim. Ele revela as coisas aos poucos. Um passo de fé, assim como fez Abraão.
Deus nos instrui a buscá-Lo em primeiro lugar e as outras coisas serão acrescentadas. Ele deseja que cuidemos das coisas essenciais, e o medo muitas vezes nos priva disso. O medo pode nos impedir de enxergar as belezas ao nosso redor.
A ânsia de querer chegar ao destino, sem se preocupar devidamente com a velocidade e com a direção certa, pode nos levar a sofrer algum tipo de acidente nessa estrada. A caminhada com Deus não é necessariamente uma via expressa, por mais que não dure muito mais do que 80-100 anos essa viagem.
Preocupar-se com a velocidade do veículo ao lado é vaidade, é o mesmo que correr atrás do vento. Se acelerarmos demais e estivermos atentos, o Senhor também nos alerta através de Seu radar.
O ponto é: é possível planejar chegar a um destino, é permitido acelerar em alguns momentos, mas olhar ao redor, apreciar as paisagens, curtir a companhia de quem está nessa viagem, estar atento às instruções das placas e enfrentar as dificuldades fazem parte dessa jornada com Deus.
E quão boa ela pode ser! Temos o volante e muitas vezes depende de nós para onde o carro vai. Não é garantido que tudo sairá como planejado, mas aproveitar cada minuto da viagem, dos momentos mais belos aos mais difíceis, é importante. É claro que o destino importa para o cristão; muitos anseiam por isso, mas curtir a viagem faz parte. Portanto, viajemos obedientes às placas e diligentes até o fim da estrada.
Depois da partida não será o mesmo, o vento troca a direção a estrada parece longe vemo cansaço, o defeito não será criticado depois da partida, que irar importa com mesquiaria depois partida.
Não te encontrei te procurei na inda não estava lá, não te vi na saída a estrada estava vazia, não te encontrei em meu subúrbio estava um silêncio condenadopor não te encontrar.
Amigos são flores que a vida planta em nossa estrada, para suavizar nosso olhar e tornar menos árduo o caminho.
Caminhamos pela estrada do tempo e, em determinado momento, chegamos a uma fase intrigante, onde a saudade se dissolve em lembrança, dando lugar a um sentimento sem dor e sem cor, transformando uma memória pessoal em uma memória perdida, mas ainda assim, não extinta.
Posso caminhar na tua estrada próximo de você, eu não vou te atrasar não precisa esperar por mim, quero estar próximo de você conversar ri olhar no teu olhar vê o brilho que reluz em teu olhar.
Entre o que fui e o que estou me tornando, há uma estrada de desafios que só os corajosos percorrem. E ao final, a transformação vale cada passo.
“Não faça pouco da coragem ou do intelecto duma pessoa mais velha, posto que sua estrada percorrida, teve entraves e obstáculos, e todos formam vencidos…sua ousadia jamais fora repensada ou enfraquecida!!!”
Silvânia Alves Saffhill ✨
A Estrada da Bondade e as Coincidências da Vida
A sexta-feira, dia de levar conhecimento para a Aldeia Piraí, em Araquari, sempre foi marcada pela expectativa e pela alegria de compartilhar experiências com os alunos. Mas, em duas ocasiões, essa rotina pacata foi interrompida por imprevistos que me levaram a refletir sobre a vida, a sorte e, principalmente, sobre a bondade humana.
Na primeira vez, minha fiel companheira, a Yamaha Neo, decidiu fazer uma pausa inesperada no meio do caminho. A solidão da estrada e a incerteza do que fazer me invadiram. A vergonha de pedir ajuda era grande, mas a necessidade era ainda maior. A sorte, porém, estava do meu lado. Um senhor, morador local, me ofereceu uma carona e me levou até a rodovia.
Na semana seguinte, a história se repetiu, mas com um toque de ironia. Desta vez, acompanhado da minha amiga Angela, o carro dela apresentou problemas exatamente no mesmo local. E, para nossa surpresa, o mesmo cenário se repetiu: um homem parou para nos ajudar. Maurício, esse foi o nome do nosso novo anjo da guarda, com a mesma gentileza e disposição do primeiro.
Essas duas experiências me fizeram perceber que a vida é feita de encontros e desencontros, de alegrias e tristezas, mas, acima de tudo, de pessoas. A bondade de Alisson, Deco, o amigo argentino, Angela e, principalmente, de Maurício, me mostrou que a solidariedade ainda existe e que, nos momentos mais inesperados, podemos encontrar um sorriso amigo para nos ajudar a seguir em frente.
A estrada para a Aldeia Piraí nunca mais foi a mesma. Cada curva, cada paisagem, me lembram daqueles encontros e da importância de cultivar a gentileza em nossas vidas. Afinal, como disse o filósofo Confúcio, "o que você faz para os outros, você faz por si mesmo".
A crônica da minha sexta-feira, portanto, não se resume a uma simples pane mecânica. É a história de como a vida, com suas curvas e retas, nos coloca em situações inesperadas para nos conectarmos com pessoas incríveis. É a prova de que, mesmo nos momentos mais desafiadores, a fé na humanidade pode nos conduzir a um futuro mais promissor.
Quem não sabe o que quer,
Vaga em estradas sem fim,
Perdido entre o que é e o que era,
Sem norte, começo ou fim.
Segura nas mãos vazias
Sonhos que não conheceu,
E deixa escapar pelos dias
O pouco que já recebeu.
Os passos incertos que dá
O levam a lugar nenhum,
E aquilo que tem se esvai
Como areia entre os dedos, comum.
Os olhos buscam horizontes
Mas o coração não escolhe,
Entre montes e fontes
A indecisão o engole.
O tempo não espera a certeza,
Passa veloz como o vento,
E leva com sua destreza
O que ficou no intento.
Saber o que o coração clama
É acender interna luz,
Pois quem sua vontade proclama
Conquista o que lhe conduz.
Portanto, encontre o querer
Dentro da alma, tão bem,
Pois quem não sabe escolher
Perde o que supostamente tem.
Era doce o caminho que escolhi,
Uma estrada que parecia clara,
Mas no meio, o engano sorriu pra mim,
E a verdade, disfarçada, se separa.
As palavras que antes eram sinceras,
Se tornaram ecos distantes e vazios,
E o coração que antes era forte,
Agora caminha em passos frios.
Engano, companheiro sorrateiro,
Veio sem aviso, sem alarde,
Trouxe ilusões, um fardo ligeiro,
E me fez perder o que era verdade.
Mas em meio à escuridão que se fez,
Há uma lição que não se apaga,
O engano ensina, e em sua vez,
A alma se fortalece e se embriaga.
Pois mesmo na dor do engano cruel,
Há sempre um renascer de esperança,
E o que foi erro, hoje é papel,
Escrito com força, na nova dança.
Eu não te ouvi em cânticos, nem li em livros, não te encontrei na estrada. Por onde andei não te avistei, parei, olhei no horizonte, e vi você estar em mim.
A raiva é uma ira intensa ou violenta. Raiva na estrada, no escritório, até num avião. O mundo parece estar à beira de perder o juízo. Mas nem só a raiva é intensa. Um fogo intenso. Uma tempestade intensa. Uma festa intensa. São coisas descontroladas. E talvez a nossa raiva venha daí. A sensação de que o nosso mundo e as nossas vidas estão descontroladas.
Quando nos sentimos indefesos, impotentes, fracos. A raiva começa a acumular e precisa de um escape. O que acontece quando deixamos que nos domine? Recuperamos o controle ao libertar a nossa fúria? Ou passamos um limite do qual não é possível recuperar?