Estrada
Um poema é estrada desconhecida.
Por mais que se deseja conhecer
Tem-se apenas uma leve impressão
dos caminhos
Muitos dizem!!!
Estou na estrada da Vida, sozinho, só Eu e Deus.
É sério isto?
Sabemos oque falamos?
Oque seria acompanhado?
...entendi agora!
É porque Deus não é um ser.
Faz sentido.
Não há paz de espírito sem deixar de nos comparar. Visualizar somente a nossa estrada, ao nosso tempo, mas se diligenciando diariamente para seguir é uma benção eterna.
O caminho da salvação às vezes é tão estreita que parece uma estrada sem rumo definido tal é a dificuldade de percorre-lá.
Quando eramos jovens filhos da estrada
Os velhos preenchiam de música o nada
Dizia "Quero aprender a música dos senhores"
Diziam "Aprenda o ritmo e viva sem temores"
A macumba, nas encruzilhadas das estradas no século XIX, na verdade eram ajudas deixadas a noite para os escravos fugitivos, por outros escravos já libertados. Por isto é símbolo de fraternidade e resistência, da verdadeira historia da cultura negra no Brasil.
São tantas as avenidas, estradas, rodovias...
...Mas; o amor insiste em passear sempre na mesma rua.
" Só para não ter que ficar distante da pessoa amada! "
LAGOA DA PRATA
Lagoa da prata
Na beira da mata
Molhando a estrada
Um homem pescando
Com a barra da calça dobrada
Andando descalço
Na margem molhada.
Lagoa da prata
Lugar de beleza sem igual
De águas azul cristal
Com margem larga
E uma pequena ilha no final.
Águas claras abundantes
Em meio ao cerrado extravagante
Abastece o Rêgo d’água no terreiro
Enche os rios
E mata a sede dos tropeiros.
Assim era a lagoa da prata
Hoje esquecida
Destruída
Deu lugar à plantação
Que secou as tuas águas
Fazendo rachar o chão
Acabando com a magia
Que tinha lá no meu sertão.
PORTAL DO TEMPO
Na beira da estrada
A cancela fechada
O portão na entrada
Marcando o tempo
Marcando o chão
Era bem grande
O grande portão.
De um lado passava o tempo
Do outro o tempo voltava
O grande portão
Marcava o tempo
Marcava o chão
E a nossa parada.
Era meio sombrio
Ás vezes frio
Misterioso no meio da estrada
Marcando a jornada
O vento soprando
A chuva molhando a sua fachada.
Misterioso portão
Controlava o tempo
Cortava o vento
Voltava o tempo
Brincando com a nossa imaginação
Acabou o grande portão.
O progresso chegou
A tecnologia avançou
O portão destruído
O tempo perdido
Num só se tornou.
O tempo mudado
Ficou do outro lado
Fechando a porta do mundo
encantado.
A Vida é Uma Estrada Somente de Ida,
Vamos Seguir Nela em Primeiro Amando a Deus,
e
Amando a Todos e Fazendo o Bem.
Sua conduta na vida te guiará pelos caminhos.
Você conhecerá pessoas pela estrada.
As pessoas certas estarão contigo
As pessoas certas te abandonarão
Está tudo certo. Você está no seu caminho.
Vamos uma ajudando a outra a caminhar, pois a estrada é longa e difícil, pois há muitas pedras e gravetos, para retirarmos com as bênçãos do grande Espírito de Deus em nós. Das pedras construiremos o Templo 💒 e dos gravetos o fogo 🔥 do Espírito Santo, que cura e nos liberta dos tormentos tempestivos da velha era. Agora na nova Era somos todos Um.
Natalirdes Botelho M.a
Pela ponte da estrada
ela ficava olhando o menino
que vagamente caminhava.
Lá de cima ela sonhava
com o dia que tocaria
a pele macia
do Menino do rio.
Eram crianças e imaturas
Não havia nem as maldades
que se criam na adulta imaginação
Tudo era puro e de verdade
no inócuo do coração
Quando menina ela o amava
De longe olhava o Menino no rio
Um dia, na ponte, ela o encontrou
olhando em seus olhos, tudo contou
Num beijo durou como sendo infinito,
Agora em seus braços, o Menino do rio
Era, enfim, seu grande Amor.
(FERGOM, Edleuza. O Menino do Rio. In: GONDIM, Kélisson (Org.). Vozes Perdidas no tempo. Brodowski: Palavra é Arte, 2020. p. 104).