Estrada
"Caminhei longas estradas, realizei os trabalhos no campo e agradeci cada amanhecer”
Mãe Zuza (1914-1990)
Jornada
Nessa jornada, íngreme a estrada,
Ladeira acima, suor, cansaço
Não vejo parada
até a descida cansa,
lágrimas rolam, se embolam
pés feridos, sorriso escondido, disfarçado, coração maltratado,
Dor ao respirar
Até na alma falta o ar, a fé ,
o vento traz consigo descontentamento
Indigna, perdida me sinto
Sagrando por dentro, preciso de tempo, que parece não existir
Preciso abster-me dê mim
Preciso parar de olhar
Pra o chão, para esse vão
Preciso deixar o passado, de lado
Mas nele me apegar, pra escalar
O que falta é menor do que o que tenho e venho a esquecer
caminhada difícil, impossível até
Que pra se manter
necessário a fé
Se é pra trilhar que seja na luz
Mas caso ela falte é só ir a Jesus
se é pra amar que seja pra valer
Se é pra viver melhor com você
Se é pra sorrir que seja contigo
meu grande amigo
Meu anjo meu bem
Jesus já me tens,
Senhor caminhe comigo insisto
Eu quero te ter, só eu não me basto
Preciso de você!
Por mais que esteja cansada
Contigo amparada
Sei que vou vencer!
Tentativa
Sigo firme na estrada da vida mesmo depois de tantas feridas;
eu ainda vou te encontrar sei que vou ;
não vou desistir mesmo que na sarjeta tenho que cair;
não é só mais uma questão de amar mas de honra pois sei que ainda há de brilhar, o sonho vai despertar.
Les Cigana
Respiração ofegante
Vento no rosto
Cabelos dançam na luz do sol
Pelas curvas da estrada
Nos deixamos levar
Pelos caminhos da vida
Que decidimos entrar
Fecho meus olhos
Deixo a sensação da liberdade me tomar
Não há tempo, não há nada
Que possa me acordar.
De toda a pedra atirada no rosto e nas costas, por mim recebida, faço uma estrada empedrada, antes, de terra batida.
"A vida é uma estrada íngreme.
Ser honesto e andar certo é uma subida longa e cansativa mas ser desonesto e andar no erro, é uma descida rápida, curta e atraente, mas muito perigosa."
Alma pragramada
De coração salpicando...
Batendo forte e latejando...
Com minha estrada ativada...
E minha Alma Pragramada...
Minha raiz...
Pois nesse chão que eu piso...
Não é de giz..
Se um dia eu fiz feio...
Disso eu me desfiz..
Sigo voando...
Em busca da minha Imperatriz...
Alma atrevida..
Educada pelo berço que tive...
Faço repente..
E não me gabo por isso
Mas o que eu faço..
Me viro no embaraço....
Sou como pipoca...
Pulo e viro dos avessos..
E é por isso..
Que no verso eu me atrevo....
Tenho dentes naturais..
E com eles eu mastico..
E solto gargalhadas...
Se dou rizada sozinho...
Isso não importa...
É isso que Deus me deu....
Um ninho único e quentinho...
Se choro...
Limpo as lágrimas com lenço...
Dou um tempinho e repenso..
Se vale a pena voar....
Com as forças do vento...
E novamente me programo....
E vôo cantando...
Enfrentando na frente...
Tudo que vou encontrando...
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Pintei a rua...
Pintei estradas...
Pintei vicinais
Com as cores do meu olhar
Encontrei meu coração....
Que um dia...
Me fez amar.....
Sem saber que estava Amando....
Autor :José Ricardo
"...- Não me aprendi estrada reta,
Fui-me pontes carregadas de atalhos.
Enxerguei partidas, mais cedo do que pulsar chegadas.
Vejo-me assim: Do afeto sou inteiro ou recomeço.
E só o sentir construído, como a palavra viva, me afaga..."
Carlos Daniel Dojja
Fragmento Poema O Fazer de Alguns
In Poema para Crianças Crescidas
Ancestrais
É lamentável ver uma história apagada
Se encontra séculos depois, homem na estrada
Como um dia frio e estrela ofuscada
Que nunca subiu, só desceu escada
Nunca me explicaram que alguns quilômetros daqui
Havia um quilombo forte difícil de destruir
E a luta vem de antes, estou falando dela
Mulher forte e poderosa, Tereza de Benguela
Se alguém falasse à Luiza Mahin
Que "mulher é sexo frágil, vai por mim"
Ela daria risada desse nobre revel
E aboliria a escravidão antes da Princesa Isabel
Nossa eu contei, esquece
É só um lado da história que a gente conhece.
AVENTURE-SE!
Cuidado com aestrada muito reta,
toda colorida, sem surpresas, bonitinha.
Melhor a cada curva uma descoberta
à monotonia da vida toda certinha.
Remisson Aniceto
Sem limites.
Me jogando de cabeça...
Começo a viajar numa estrada que o limite ainda não se compara...
O gosto amargo de uma música vai tocando...
Aumento o volume para não me desconcentrar....
Pneus calibrados....
Automóvel revisado....
Acelero rumo ao desconhecido...
Junto as tralhas....
A garrafa de café vai como companheira....
Dando-me prazer nessa aventurosa ilusão....
Inexplicaveis paisagens...
No horizonte...
Vou fitando o meu destino...
Onde tudo que vejo...
É um lugar que ainda não conheço....
O sono bate...
Um golinho de café para rebater....
E passo o dia com os pés.....
Acelerando sem piedade....
De repente....
Um impacto em meu pensamento....
Respiro fundo....
Sinto uma sensação com o infinito....
A alma vai gritando junto ao som em alto volume....
A voz se cala,
E na estrada me mejo á naufragar....
Nesse paraíso grifal...
Sinto-me impossibilito evitar...
Num queima roupa absoluto...
Sinto um tiro em minha face....
Que vai rasgando meus instintos e me sangrando...
Penso somente....
Que brutalidade é essa...
Quê até o meu poema chora...
Nessa estrada longa de linhas retas e tortuosas..
Em cada amanhecer...
É um sangramento que não quer...
Se estancar....
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Enquanto eu choro por dentro o meu corpo está sorrindo, é complicado caminhar fora da estrada
Principalmente se a estrada de você for arrancada, Sou mais um livro fechado que ninguém saberá ler,
Nem mesmo eu sou arriscada ao ponto de tentar compreender!
BEIJO BOM
Saudade é uma felicidade que já passou
Uma estrada já percorrida, uma paixão que foi vivida
Um perfume perfumado que o tempo não levou
Felicidade é um beijo bom
Um abraço bem quente, uma marca borrada na mente
Pintada pelo vermelho de um batom
Beijo bom não tem maldade
Mas pode ter um pouco de malícia, quase fui pego pela polícia
Por tentar matar essa bandida: a saudade.
Saudade é aquele beijo bom!
Meu coração andou te procurando
Pelas estradas da minha vida e
nem seque acho uma pista
Vagou pelos meus pensamentos
Mas só encontrou o sentimento
Que você deixou
Nem me conta um passarinho
Nem mostrou o caminho
Onde você pousou
O fim da estrada não significa cansaço
Relaxe um pouco e faz um caminho alternativo rumo ao teu destino.
Estrada estreita onde se anda com olhos abertos, fica muito mais larga que caminho largo quando se anda com olhos fechados.
O têmpo pinta a vida
Numa aquarela encantada
Quanto mais ela é pintada
Mas a estrada é comprida
A cor é maís percebida
Quando aquarela desbota
Quanto mais Muda se nota
Que o quadro segue mudando
As cores vão se apagando
E o quadro segue a rota.
Não há pincel ou retoque
Capaz de lhe restaurar
O tempo a lhe valorar
Sua fortuna um estoque
Pra cada ação um reboque
Com muita delicadeza
O tempo é sua fraqueza
A caixa é feita de taba
Um dia tudo se acaba
Não importando a grandeza
Léo poeta