Estrada
Sempre a solidão nos leva para algumas estradas que nos trás medo, mas acabamos nos acostumando com a paisagem.
Saber de tudo não era a primeira questão para Sócrates, mas continua eternamente na estrada do saber porque é isso que nos engrandece diante da vida. Nesse sentido, quanto mais se sabe mais entusiasmado fica por entender que ainda há muita coisa para se aprender. Isso é vida!
O verdadeiro sábio quanto mais se aprofunda no saber conhecer se rende alegremente diante de tudo que ainda tem por aprender.
Por muito tempo andara em uma estrada conhecida, por vezes, esbarrava em algumas paisagens lindas. Entre idas e vindas, passeios e estadias, pensamentos e devaneios, me veio uma lembrança muito gostosa de sentir. Foi um momento nostálgico. Uma retrospectiva de um quinquênio passou em minha cabeça numa fração de segundos. Foi intenso, foi estarrecedor. Me pego pensando nesta nostalgia que me fez viajar em preciosas lembranças. Penso na dor que os nós causam quando não podemos expressar o sentimento vivido; talvez esse seja o real significado de viver um momento nostálgico, um retrato guardado no porão da memória: olhar pros nós da algia que você sente. De imaginar O nós que se foi um dia e, que, por um momento, virou uma dor sem medida. A nostalgia de hoje me fez lembrar de nós, dos nós, e de como esse nós foi feito e, consequentemente, como foi desfeito. A lembrança de hoje me fez lembrar dos nós, de nós, e de como doeu em mim quando o nó se desfez. O nó da algia que sinto hoje me traz O nós que vivi outrora. Nunca tinha parado para contemplar a paisagem da estrada que sempre passei, nela tinha uma estação; ali, passavam-se trens com várias locomotivas. O nós começou ali quando a porta se abriu, quando o coração se abriu. E não poderia ser diferente... no final da estação a porta se abriu, descemos, um nó se formou, a porta se fechou. Ficou a lembrança. Ficou a dor prazerosa de sentir a mesma sensação de quando O nós aconteceu. Ficou a dor do nó. Depois de tanto sentir, talvez tenha encontrado o verdadeiro significado da nostalgia: reviver a dor do nó que não consegui desatar e nem mesmo expressar.
Na estrada da vida, o amor partiu,
Deixando a saudade como herança, feriu.
Em cada memória, um suspiro dolorido,
O coração viaja no tempo, perdido.
No caminho da distância, a saudade é guia,
Aflora a ausência, a tristeza que arrepia.
O amor que partiu, levou consigo um pedaço,
E deixou na alma uma dor sem embaraço.
Mas na imensidão das lembranças, um lampejo,
O amor que viajou, ainda vive no desejo.
Na saudade, o vínculo permanece forte,
E o amor, apesar da distância, encontra suporte.
A saudade é a trilha que une corações,
Mesmo que distantes, em diferentes direções.
E nas lembranças, o amor viaja infinitamente,
Encontrando morada no coração, eternamente.
Meu amor
Meus versos viajam pelos ares, correm estradas, passam pelo mar, atravessa a ponte até alcançar você, até pousar na sua pele com um beijo enviado pelos ares, como sopro de vida.Você tem encantado demais, como na música do Natiruts, desconcertado meu coração e tranquilizando minha alma, envolvendo meu ser uma calmaria que eu nunca tive o privilégio de ter, de viver. Eu estou achando uma delícia ter você, eu estou que nem me reconheço mais, andando por aí toda feliz, desejando bem até pra quem já me fez mal, vendo até beija-flores pousarem na minha janela. Você me incendei, me encharca e me traz paz. Eu não achava que era possível achar alguém assim. Você é meu porto seguro, ouso dizer, e eu quero cuidar de você. Eu quero amar você e eu já amo! Eu te amo em cada detalhe, do dedinho do pé até o último fio de cabelo e eu amo até as partes que você acha feias, sérias ou chatas demais. Eu te amo pelo o que você é. Um dia você saberá disso. Um dia vamos poder ficar sem medo, sem receios e eu vou dizer… As nuvens de chuva estão se afastando, eu sei. É abril, Natiruts canta, sinto paz e peço que aceite meus versos como um beijo que envio por telepatia.
Nas estradas do teu corpo desejo realizar a minha melhor viagem, e é nas curvas dele que andando sem rumo eu quero me perder por um caminho sem volta.
-D.Brito-
A estrada não tomada
Duas estradas divergem numa mata amarelada,
E lamentando não poder viajar por duas estradas
E ser um viajante, fico um tempo ali de pé
E olho uma delas o mais possivelmente distante
Para onde a mata se curva no horizonte;
Então pego a outra, tão vasta quanto
E talvez um pouco mais atraente,
Porque era cheia de grama e queria ver gente;
Embora os que passaram na frente
Tivessem estragado as duas no mesmo tanto.
E as duas que a manhã deitou igualmente
Em folhas que nenhum passo escureceu de repente
Oh! Eu sigo pela primeira por mais um dia!
Mesmo sabendo como um dia leva a outro dia,
Eu duvido que alguma dia eu volte lá novamente.
Eu deveria dizer isso com um suspiro
Em algum lugar dos anos uma centena:
Duas estradas divergem numa mata amarelada, e eu --
Eu tomo a que foi menos viajada,
E isso faz toda a diferença.
AFETO
Amor
amor por inteiro
ao que eternamente amei
por mais breve que fosse a estrada
foi a melhor paisagem que vi.
Compreendendo a vida.
Alguém me disse que a vida era uma estrada. Então, eu segui pelos melhores caminhos.
Depois, me disseram que a vida era como uma planta. Eu plantei as melhores sementes.
Em seguida, me disseram que a vida era como um rio. Eu segui as correntezas para ver os obstáculos que as águas enfrentavam até chegarem ao mar.
Me disseram que a vida era como um fio. Então, eu fui desenrolando os nós um por um, do começo ao fim.
Depois, me disseram que a vida era como um pássaro. Então, eu voei em busca de conhecer os melhores ares do universo.
Foi quando me disseram que a vida era como um oceano. Às vezes, maré baixa, às vezes, maré alta.
Nesse momento, olhei para dentro de mim e percebi que não bastava suportar as tempestades, o certo seria saber por quais motivos elas acontecem.
“ No caminho entre estradas e becos,
repleto de contemplação,
uma alegria sem intermitências,
alterna versos e emoção”
Caminhando pela estrada da vida,
Encontro momentos de alegria e dor.
Mas é na poesia que encontro refúgio,
Expressando emoções com todo o meu amor.
Ass CICERO LYRA
ESTRADAS DA VIDA
A maioria das minhas jornadas foram por estradas vicinais não pavimentadas, tortuosas, íngremes, repletas de obstáculos, buracos e atoleiros. Viajando assim, me conscientizei de que vencer esses desafios com objetividade, persistência e coragem, minha trajetória se tornarias muito mais relevante, fascinante, profícua e prazerosa.
Hoje, após tantas andanças e já vislumbrando no horizonte meu último destino, baseado nessas experiências, posso afirmar com certeza, que quem passa pela vida viajando somente por "estradas pavimentadas", desperdiça a oportunidade de viver intensamente e será privado de saborear o prazer das vitórias e conquistas que apenas os corajosos, audaciosos e aventureiros conseguem usufruir.
José Eurico
"Minha vida é uma sinfonia de experiências, cada nota marcada pelo ritmo frenético das estradas e dos palcos, onde cada destino é uma nova melodia a ser explorada."
Nas longas estradas dos sonhos encontram-se os percursos de uma longa trajetória que passa pela preparação, aprendizagem e ensinamentos essenciais para o alcance do desenvolvimento humano e do crescimento profissional. Essa caminhada exige força, trabalho e dedicação, mas apesar de possuir obstáculos, barreiras e encruzilhadas, encontra nos valiosos jardins da educação e dos valores humanos, a coragem e a orientação indispensáveis para vencer os diferentes desafios da vida, obtendo êxito e alcançando os melhores resultados.
Marcos Antônio Lenes de Araújo
§
...
Na estrada e
longe da cidade
foi onde tudo começou
onde construir minha casa
onde cultivei meu amor
Estradas de Pedra.
Enquanto a chuva cai
A noite passa e vai pela janela
Pra perto da estrela distante
Na mesma velocidade
Pensamento, instante, vagam
Pedra lisa, estradas sem destino
Que se aprumam
Indiferentes, se acostumam
Vai durar uns meros séculos somente
Durante as tempestades
Quais relâmpagos colidem
Que se agridem pelos ares
Olhares idem pela escuridão que espero
Pra depois, durante as calmarias
Vir buscar-me em sonhos
Pois, durante a madrugada
Não serão jamais pisadas
Vão nascer de novo, sempre vão
No primeiro desvão, por onde invade o sol
Da primeira manhã de alguma infância
Há de ser nova
A primeira manhã de todas as manhãs
Traz consigo o gosto verdadeiro
Do primeiro sol que arde n'alma nascitura
Pensamento, instante, invade
Vai durar uns poucos séculos somente
Indiferente às estradas de pedra
Que foram feitas só pra ser pisadas.
Edson Ricardo Paiva.