Estrada
Prefacio do Livro Das Beiradas ao Beiradão
Autor: Hadail Mesquita
Esse rio é minha estrada, a canoa é meu carro”. No Amazonas de 17 mil km de rios navegáveis surgiram as bases do fenômeno cultural chamado Beiradão. Diante da importância histórica do tema, impõe-se a tarefa de entendê-lo. Das Beiradas ao Beiradão narra de maneira rica e detalhada a trajetória peculiar dos trabalhadores amazonenses. Conheci o professor Bernardo Mesquita em 2021 e vi nele o compromisso com a música nortista. Creio que esta obra vem chancelar um trabalho de 10 anos de dedicação a memória musical do Amazonas. O rio é algo sagrado para o caboclo amazonense, é dele que vem o nosso alimento, é nas beiradas desses rios que os povos vindos de todo mundo se misturam e originam novas linguagens, cores e sons, nas margens onde o fluxo da vida é sempre constante. O bom da vida não é o fim, pois todo rio sabe que um dia vai chegar no mar. Ser feliz hoje, é mais importante pra mim, não quero porto, quero nas águas do agora poder canoar. Sejam bem-vindos a abordo e boa leitura a todos
A vida
A vida é uma longa estrada
Que precisamos trilhar
Alguns caminham bem rápido
Mas outros tão devagar
Cada um faz o seu tempo
O importante é chegar
Chegar à adolescência
E depois à fase adulta
Um ser humano de bem
Talvez uma pessoa culta
E aproveitar a vida
Que para alguns é tão curta
Fazemos muitas escolhas
Construímos uma história
E são muitas as lembranças
Arquivadas na memória
Tantos erros cometidos
Durante esta trajetória
Mas os erros nos ensinam
A sermos resilientes
Nos dão oportunidades
E nos tornam experientes
Pois são erros e acertos
Que nos faz mais resistentes
Cada um leva a vida
Do jeito que acha correto
Mas enquanto aqui vivemos
Sigamos caminhos retos
Pois aquilo que plantarmos
Colheremos, isto é certo
Dos bens que possamos ter
Sejamos desapegados
Não importa quem sejamos
O patrão ou o empregado
Pois na vida o que importa
É a construção de um legado
Enquanto aqui estamos
Vivamos com equidade
Cultivemos sempre o amor
Busquemos felicidade
Pois infelizmente a morte
É uma dura realidade.
Viver é caminhar por uma estrada com altos, baixos, obstáculos e planícies. E a melhor parte são as companhias que nos seguem durante esse percurso.
Ao nascermos, abre-se para nós a estrada da vida,
e devemos saber por ela caminhar, para não
seguirmos por sendas perigosas...
Basta saber seguir a sinalização que o Amigão nos deixa,
para não perdermos o rumo e o prumo, e assim cumprirmos
o destino de nosso Destino...
Ósculos e amplexos,
Marcial
ASSIM É A ESTRADA DA VIDA
Marcial Salaverry
Temos diante de nós uma estrada para percorrer... O início nos foi oferecido, e o fim está lá adiante... Como percorrer o percurso, fica por nossa conta... Com nossos verdadeiros passos firmes, em busca da felicidade em nosso porvir, percorreremos melhor a longa estrada da vida, melhor enfrentando o que está por vir...
Não devemos deixar que a luz que nos guia se apague, deixando nossa estrada fica escurecida, pois isso nos tornará entristecidos, e poderemos perder o rumo certo... É preciso não deixar que o brilho seja ofuscado por alguns percalços, uma vez que é melhor viver a vida com alegria, sempre curtindo o que nos é devido a cada dia, sem deixarmos que eventuais tristezas atrapalhem nosso caminhar.
Percalços existem para testar nossa força, nossa disposição para a vida, buscando a felicidade que nos é devida... É onde mostramos que temos direito a nosso espaço neste mundo imperfeito... Constantemente somos testados, submetidos à possivel aprovação, como se aqui nesta vida, tudo fosse apenas um teste, mesmo que muito se proteste, para testarmos a capacidade de termos mérito para chegar à felicidade, ao bem viver eternamente...
E é um teste realmente, para ver se estamos capacitados inteiramente para bem viver esta nossa passagem, e assim vamos vivendo, pura e simplesmente... Por isso devemos nos questionar, se estamos seguindo por um caminho certo, e caso não estejamos em bom rumo, será melhor repensar nossos atos, pois decerto vamos ter que passar pela prova final, e nessa prova, não é todo mundo que se aprova, pois tem que bem medir o que fez, e igualmente deduzir o que não fez, na prestação de contas final... E assim, contas feitas, poderemos seguir para a passagem eterna finalmente, sem nada deixar para trás...
A estrada pode ser asfaltada, ou esburacada, depende de como a mantivermos, para termos enfim o direito de fazer de cada dia de nossa vida, sempre UM LINDO DIA...
Marcial Salaverry
Aventuras Compartilhadas
Juntos, eles enfrentam o mundo
Correndo pelas estradas, sentindo o vento
Superando desafios, vencendo obstáculos
Cada passo é uma nova conquista no momento
Ela corre ao lado dele, companheira
Não só espectadora, mas parceira Cumplicidade que ultrapassa a linha de chegada
Amor que não se limita a nenhuma fronteira
Eles viajam juntos, sonhando e comemorando
Dividindo alegrias e prazeres sem medida
E quando as pernas já não aguentam mais
correr
Eles se apoiam, se amam e recomeçam a vida
Juntos, eles curtem shows de rock'n'roll
Dançam ao som das guitarras com emoção
Um amor verdadeiro, puro e intenso
Que transborda em cada nota e canção
Assim são eles, um casal apaixonado Desafiando e encorajando um ao outro todos os dias
Vivendo a vida com paixão e autenticidade
Compartilhando suas aventuras com alegria.
Estou só nesta longa estrada da vida caminhando contra o vento na esperança de um dia a felicidade encontrar. saudade bandida sofrimento sem fim perdi a rosa que tanto amo hoje vivo a sofrer você sempre será a mulher que tanto me fez sorri no desespero da noite uma lagrima sinto cair a saudade esta presente no toque de uma canção no perfume que senti no abraço que um dia foi meu e hoje é outro que vive o amor que perdi
Ass: Cicero Lyra
AVENTURE-SE!
Desconfie das estradas muito retas,
coloridas, sem surpresas, bonitinhas.
Melhor a cada curva uma descoberta
do que o tédio da vida tão certinha.
Suas Poesias
Todas as poesia que lhe enviei nas madrugadas…
Longa estrada buscado o milagre!
Era como se eu estivesse aí contigo
colado no seu umbigo.
Beijando seu paraíso...
Naquela quinta feira seus lábios pura arte
beijava suave o meu rosto a saliva o gosto.
Do perfume que vem de dentro
a energia da sua eternidade
na verdade era a luz destrosando a solidão.
Não era somente pelo beijo tão sonhado
Seus olhos me fez sentir amado
e eu cumprir com alegria com toda mestria
a promessa de fazer de cada dia a sua poesia. .
Quase nada real mas cada toque angelical
Um brotinho de realeza a borboleta livre!
O sonho mais real de casar com você
é o milagre mais sobrenatural.
Talvez agora você diga sim para mim ficar...
Ou diga sim para mim partir...
Porque o impossível eu já consegui...
Está aqui lutando com perfeição
por uma faísca de seu coração.
As escolhas da vida são como bifurcações de uma estrada de sentido único, sem retorno. Você precisa escolher seu caminho ao qual lhe conduzirá ao que te espera dessa escolha, que resultará no seu destino.
Edileine Priscila Hypoliti
(Página: Edí escritora)
O meu labor é sofrer, caminhando vou por aí.
Na triste estrada tortuosa nela ando com pavor.
De tanto em tanto penso às vezes em desistir.
Pois, enxugo meu pranto lembrando do amor.
Do sofrimento mais sofrido é disso que vivo.
Buscando em vão beijos o amor desfalecido.
Quem sabe o temor tomou conta do eu cativo.
Que se movimenta com um coração dolorido.
Pensando e andando pela sinuosidade da vida.
Vou perdendo as contas dessa vida sofrida.
Que há tempos vem sendo o meu eterno labor.
Viveria uma linda história de contos de fadas.
Porém, não a minha, pois ela é desconcertada.
Seguindo ando lastimando o meu pobre labor.
NA CURVA DAQUELA ESTRADA
Nasci, me criei no sítio
No meu pedaço de terra
Juntinho ao pé da serra,
Meu ranchinho construí;
Sempre ao amanhecer
Quando o sol aparecia
Da minha janela ouvia
O cantar da juriti.
Na estradinha de terra
De poeira, buraco e torrão
Subia lá no espigão
Só pra ver o sol se pôr;
Quando a noite chegava
Dormir não tinha vontade
Me batia uma saudade
Do meu primeiro amor.
Foi lá na curva daquela estrada
Que eu vi passar a minha amada
Na areia deixou seu rastinho pela estrada a fora
Nem me disse adeus e foi embora...
Atrás do meu ranchinho
A onde passa o rio
Na chuva, calor e no frio
Eu pescava lambari;
Na roça tinha quase tudo
Pomar, horta e o cafezal
O bote, chiqueiro e curral.
Na purunga tinha jataí
A minha velha carroça
A charrete e meu arado
Hoje ali enferrujado
No paiol de sapé e madeira;
Com toco e arame farpado
O meu ranchinho cerquei
E o nome dela eu gravei
Lá no mourão da porteira.
Eu estava perdida, procurando algum sentido
Então decidi pegar a estrada e fugir
De tudo e todos
Sem pensar no que fazer
Sem pensar em voltar
Pois eu precisava me encontrar
Mas nada fazia sentido
Sem saber o que fazer, apenas agindo
Promessas quebradas
Mentiras e mais mentiras
Como acreditar de novo?
Muitos encontros, com desencontros
Eu me perguntava, até quando encontros vazios?
Tenho tudo o que eu quero, mas me sinto sozinha
Não quero ser o seu troféu
Não quero ser a sua vitrine
Que você mostra para os seus amigos
Não quero ser apenas um livro bonito, mas nunca lido
A felicidade é o sol radiante que ilumina a estrada da vida, e a paz é a certeza serena que guia cada passo ao longo do caminho.
Na cidade moderna, os
trilhos, as estradas.
Os rios nos levam.
E quando partimos nos
guiam, pelas próprios
desvios.
AZAR DA MARIA
Acordava bem cedinho
Seguia pela estrada
Montada em sua burrica
Saia em disparada
Apertava o pé no estribo
Ou chegaria atrasada.
Precisava vender na feira
Quiabo, pimentão e jiló
Tinha uma boa freguesia
A velha e bondosa Filó
Sempre recebia dela
Café e pão-de-ló.
Por aquilo ela não esperava
Era um dia de azaração
A burrinha se assustou
Ela se esbarrou no chão
Levou o maior tombo
Foi a maior decepção.
Dona Maria ficou apavorada
Chorava e dizia: Eu mereço
Foi sacola pra todo lado
Esse azar eu desconheço
Logo a mercadoria
De quem tenho tanto apreço.
A bicicleta quebrou o freio
Maria nem percebeu
Quando desceu a ladeira
Na curva se perdeu
E caiu na choradeira
O tornozelo torceu.
A dor era tão forte
Ficou ali sentada
No asfalto quente
Na beira da estrada
Ninguém aparecia
Estava desesperada.
Um quarto de hora depois
Para sua felicidade
Apareceu um homem
Vindo lá da cidade
Montado em um jumento
Que parecia uma raridade.
O bicho era tão velho
Todo ele enfeitado
Um ramalhete de flores
No rabo era amarrado
O homem nem se fala
Um fantasma do passado.
Maria não teve escolha
Começou a implorar
Meu pé está quebrado
Não consigo levantar
Me leve até o hospital
Pra essa dor aliviar.
O homem não disse nada
Pegou Maria pelo braço
Colocou na sela do jumento
Enlaçou num abraço
Pediu que se segurasse
No cabresto deu um laço.
Autoria-Irá Rodrigues
Chegará um dia em que você me procurará e não me encontrará mais, pois, na estrada que você me deixou andar sozinha, encontrei um amor para me acompanhar.