Estrada
Sem esforço de nossa parte, jamais atingiremos o alto da montanha. Não desanime no meio da estrada: siga em frente, porque os horizontes se tornarão amplos e maravilhosos à medida que for subindo. Mas não se iluda, pois só atinge o cimo da montanha se estiver decidido a enfrentar o esforço da caminhada.
Estradas para locais seguros
A maior faculdade que nossa mente possui é, talvez, a capacidade de lidar com a dor. O pensamento clássico nos ensina sobre as quatro portas da mente, e cada um cruza de acordo com sua necessidade.
Primeiro, existe a porta do sono. O sono nos oferece uma retirada do mundo e de todo o sofrimento que há nele. Marca a passagem do tempo, dando-nos um distanciamento das coisas que nos magoaram. Quando uma pessoa é ferida, é comum ficar inconsciente. Do mesmo modo, quem ouve uma notícia dramática comumente tem uma vertigem ou desfalece. É a maneira de a mente se proteger da dor, cruzando a primeira porta.
Segundo, existe a porta do esquecimento. Algumas feridas são profundas demais para cicatrizar, ou profundas demais para cicatrizar depressa. Além disso, muitas lembranças são simplesmente dolorosas e não há cura alguma a realizar. O provérbio “O tempo cura todas as feridas” é falso. O tempo cura a maioria das feridas. As demais ficam escondidas atrás dessa porta.
Terceiro, existe a porta da loucura. Há momentos em que a mente recebe um golpe tão violento que se esconde atrás da insanidade. Ainda que isso não pareça benéfico, é. Há ocasiões em que a realidade não e nada além do penar, e, para fugir desse penar, a mente precisa deixá-la para trás.
Por último, existe a porta da morte. O último recurso. Nada pode ferir-nos depois de morrermos, ou assim nos disseram.
Quando você passa por uma estrada, em alta velocidade, não contempla certas paisagens do caminho.
Assim é a vida...
As vezes pela pressa, pela afobação, pela precipitação, ou mesmo pela intensidade excessiva, alguns detalhes não são vistos.
E aí, quando se faz necessário o real conhecimento da estrada, diante de uma inesperada tempestade, para se chegar ao destino, você percebe o quanto era importante saber dar importância àqueles pequenos marcadores, que sempre estiveram ali, mas que jamais receberam a atenção devida.
Esses marcadores podem ser muitas coisas: Um sentimento não confesso, uma conversa não resolvida, uma palavra não dita, uma exigência não desejável, enfim, um olvido determinante, fruto da invigilância de quem acha que o que mais importa é a chegada, e não, o próprio caminho.
Não posso abaixar a cabeça agora, pois tenho uma estrada a seguir, um novo rumo a tomar, agora recomeçar novamente do "0", na vida aprendemos que lagrimas rolam em nossos rostos, as vezes lagrimas de alegrias por momentos que não voltarão, mais as vezes lagrimas de sangue, pela dor, e sofrimento, mais enfim, não restam palavras no momento, não restam mais lagrimas, resta apenas, a Fé que amanhã vou conseguir acordar vivo e de cabeça erguida.
Na estrada do destino você é o piloto, e pode mudar de de faixa quando quiser, porém;
A mudança muitas vezes tem um custo
Age como se não tivesse escolha, mas você tem
Acredito que criamos nosso próprio destino
Nossas vidas são moldadas por uma série de escolhas, você fez a sua
Deixou pessoas para traz e encontrara muitas pedras pelo carinho e rosas também, mas as pessoas esquecidas no caminho, essas não.
Seja como for está na hora de ir
Sair da vida de alguém
não é um caminho que segue
e sim uma estrada de volta:
desmanchar só um lado da cama, um prato
sozinho sobre a mesa, nenhum recado
colado na geladeira, a casa intacta, a louça
se acumulando na pia, madrugadas mais
frias.
Voltar,
até as esperanças ficam
nos retratos que serão recolhidos.
Voltar,
ter a mala vazia e estranhamente
mais pesada.
Todos os dias são nossos! Nessa estrada onde mantemos os pés no chão e o amor a nossa volta. O mundo fica doce com o nosso perfume.
Quando começo a me sentir assim, eu bem sei. São os primeiros passos para a estrada que jamais voltarei.
Mas primeiro, o ápice. Depois, queda. Por fim chão, e depois o tempo.
Somente nele que tenho aprendido a confiar...
Coração
Tu não sabes nada!
Sofre por impulso
Anuncia a estrada
Pulsa no ato do expulso
Acelera e contagia
Sonha, e tem o avulso
Sentimento, com ousadia
Fazendo-se de recluso
Na certeza da batida certa
Acredita, sendo tão confuso
Ai então fica alerta
Se desperta
Me sustenta
Apimenta
E volta a ser placenta
Frágil, cheio de ilusão
És tu coração!
Luciano Spagnol
Quantas estradas um homem precisará andar
Antes que possam chamá-lo de homem?
Quantos mares uma pomba branca precisará sobrevoar
Antes que ela possa dormir na areia?
Sim, e quantas balas de canhão precisarão voar
Até serem para sempre banidas?
Nota: Trecho da música "Soprando no vento".
Dê valor a quem caminha do seu lado hoje, pois a estrada da vida por vezes nos guia em direções diferentes.
Quando pegarmos a estrada da velhice,que não aja espaço,para murmúrios e lamentações,e continuemos a caminhada,firme e forte,apesar das limitações,agradeçamos por chegar a envelhecer,porque quem não chega ,é porque já morreu.
Sou Caipira
Sou pé na terra
poeta na estrada
mineiro da serra
e sua esplanada...
Eu vim do cheiro do cerrado
fogão de lenha, teto esfumaçado
lamparina, sem forro o telhado
chão batido, manhãs com mugido do gado.
Cresci no curral, junto de peão
viola, causos, anedota e mentira
nutrindo a inocente imaginação
sem que o tempo a aluíra
Sou araguarino, menino, alma cuíra... Caipira!
Nas estradas do mundo encontrei curvas sinuosas, nas pessoas encontrei rostos sedutor, em teu corpo encontrei as curvas do amor.
Nossa vida é uma série de imagens que passam por nós como cidades ao longo de uma estrada, mas as vezes um certo momento nos atordoa. Sabemos que esse instante é mais que uma efêmera imagem. Sabemos que esse momento, cada fração dele, vai se eternizar.
Muito cuidado na estrada da vida, pois há alienados na pista, oportunistas no acostamento, imbecis após a curva e bondosos na via de mão dupla.
A estrada é longa, esperando o sol trocamos apenas olhares. As palavras já fugiam eu já acreditava nisso, a memória ficava ruim. De crescer do meu lado, o sonho já se foi, já é tarde, nem me lembro do por que do fim, o meu coração é aquele que se abre de vez em quando, eu não sofro mais com a maldade que fica a nos rodear, sigo em frente lá atrás estava esperando.
No meu mundo é de se falar baixinho, no pé de ouvido. Trocarmos rios de palavras pelo olhar, confiança de alma pra alma, sempre em busca de começar um novo recomeço. No fim, enfim, tudo podia mudar, palavras poderiam não ser mais balas e as bocas serviriam apenas pra beijar te de palavras do coração.
Seu tempo, meu relógio rodavam as avessas, no girar de um grande destruidor de sorrisos quem não foram risos bobos, despretensioso, de uma tarde boa e bem vivida sem obrigação a não ser de curtir. No entanto ainda caminhei só, como se acreditasse que podíamos ser feliz, você simplesmente repousou seu corpo sobre o meu com aquele jeito que podia me confiar o mundo. Acordei com o clarear do dia e segui pra longe, mesmo estando perto, foi um pedido.Esfarrapado forma os motivos, decidi então me perder pra encontrar em cada vento que pudesse encontrar.
Um dia quem sabe, todas as contas sejam pequenas para a fortunas que poderíamos ter construidos, dinheiros de alegria gastos com a certeza que tudo valeu. O maior imposto seria a franqueza de ser apenas você, confie na confiança. O cobrador mora dentro de quem não aceita ajuda, pois carinho custa caro, "não sei se vou ter tanto?"
Seguíamos em rumos, quem sabe? Foram mais pausas que vírgulas, com um muito obrigado.