47 frases do Estoicismo (para viver em harmonia consigo mesmo e com o mundo)
A atribuição própria dos pretores, em Roma, era a administração da justiça.
NENHUM HOMEM SÁBIO DEIXARÁ DE SE ESPANTAR COM A CEGUEIRA DO ESPÍRITO HUMANO.
Liberta-te de todos os entraves, dedica-te totalmente à aquisição de um espírito reto, coisa que ninguém obtém se tiver outras ocupações.
Merecem louvor os homens que em si mesmos encontraram o impulso, e subiram nos seus próprios ombros.
Por quanto tempo ainda esperarás para que te julgues merecedor das melhores coisas? Não és mais um adolescente, já és um homem feito. Se agora fores descuidado e preguiçoso, e sempre fizeres adiamentos após adiamentos, fixando um dia após o outro o dia depois do qual cuidarás de ti mesmo, não perceberás que não progrides. E permanecerás, tanto vivendo quanto morrendo, um homem comum. Então a partir de agora, como um homem feito e que progride, considera a tua vida merecedora de valor.
As coisas grandes precisam ser julgadas com grandeza de espírito; do contrário atribuiríamos às coisas defeitos que são nossos. Assim, uma vara reta, quando imersa na água parece curva e quebrada a quem observa. O que conta não é apenas o que olhas, mas de que modo olhas: nosso espírito se ofusca ao olhar para a verdade.
Cuidado! Não te convertas em um César, não te manches sequer, porque costuma ocorrer. Mantenha-te, portanto, simples, bom, puro, respeitável, sem arrogância, amigo do justo, piedoso, benévolo, afável, firme no cumprimento do dever. Lute por conservar-te tal qual a filosofia quis fazer-te. Respeite os deuses, ajude a salvar os homens. Breve é a vida. O único fruto da vida terrena é uma piedosa disposição e atos úteis à comunidade. Em tudo, proceda como discípulo de Antonino; sua constância em agir conforme a razão, sua equanimidade em tudo, a serenidade de seu rosto, a ausência nele de vanglória, seu afã no que se refere à compreensão das coisas. E lembra-te de como não haveria omitido absolutamente nada sem uma profunda análise prévia e sem uma compreensão com clareza; e como suportava sem replicar os que lhe censuravam injustamente; e como não tinha presa por nada; e como não aceitava as calúnias; e como era escrupuloso indagador dos costumes e dos feitos; mas não era insolente, nem lhe atemorizava a agitação, nem era desconfiado, nem charlatão. E como tinha bastante com pouco, para sua casa, por exemplo, para seu leito, para sua vestimenta, para sua alimentação, para seu serviço; e como era diligente e amistoso; e capaz de permanecer na mesma tarefa até o entardecer, graças à sua dieta frugal, sem ter necessidade de evacuar os resíduos fora da hora de costume; e sua firmeza e uniformidade na amizade; e sua capacidade de suportar aos que se opunham sinceramente a suas opiniões e de alegrar-se, se alguém lhe mostrava algo melhor; e como era respeitoso com os deuses sem superstição, para que assim te surpreendas, como a ele, a última hora com boa consciência.
Qual era, pois, tua pretensão? Alcançar tal impulso em certa maneira. E o consegues. Aquelas coisas às quais nos movemos, chegam a concretizar-se.
Cada vez que alguém cometa uma falta contra ti, medite sobre que conceito do mal ou do bem tinha ao cometer dita falta. Porque, uma vez que tenhas examinado isso, terás compaixão dele e nem te surpreenderás, nem te irritarás com ele. Já que compreenderás tu também o mesmo conceito do bem que ele, ou outro similar. Em consequência, é preciso que lhe perdoemos. Mas ainda se não chegues a compartilhar com seu conceito do bem e do mal, serás mais facilmente benévolo com seu extravio.
Recolha-te em ti mesmo. O guia interior racional pode, por natureza, bastar-se a sim mesmo praticando a justiça e, segundo essa prática, conservando a calma.
Sobre a fama: examine quais são seus pensamentos, quais coisas evitam e quais perseguem. E que, assim como as dunas ao amontoar-se uma sobre outras ocultam as primeiras, assim também na vida os acontecimentos anteriores são rapidamente encobertos pelos posteriores.
Com efeito, entre todas as formas de orgulho, a que se esconde sob a ausência de orgulho é a mais intolerável.
Quando, porém, o fogo é forte, depressa incorpora a si mesmo o que é sobre ele depositado, o que o consome e se eleva a partir disso.
As pessoas mesquinhas geralmente atribuem aos outros a culpa por seus próprios sofrimentos. As pessoas comuns atribuem a culpa a si mesmas. Aquelas que se dedicam a viver uma vida de sabedoria compreendem que o impulso de atribuir culpa a alguém ou a alguma coisa não passa de tolice e que não se ganha nada culpando seja quem for, os outros ou nós mesmos.
O trabalho é o sustento das mentes nobres.
Não é só no combate, de armas na mão, que se pode dar mostras de uma alma corajosa e intrépida ante o perigo: o home de coragem até jazendo num leito se impõe.
Se quiseres saber quanto vales não atendas aos teus rendimentos à tua casa ou à tua posição social, olha sim para dentro de ti, em vez de, como agora, acreditares no valor que os outros te atribuem.
A ingratidão que sofreste deve dar-te ânimo para seres ainda mais pródigo nos teus benefícios: quando uma ação é de resultado imprevisível há que empreendê-la uma e outra vez para aumentar a probabilidade de sucesso.