Estante
Olhando pela janela, vejo o sol incidindo
Derrama luz na estante, no relógio, na maçaneta
Na ampla sala vazia de cor
A mesa está posta
Toalha branca, límpida, ingênua
Pratos limpos, panos largos, pães, leite
Não há ninguém à mesa
Há o silêncio, o abandono, o não ser
Rastros invisíveis, sombras do vácuo
Tudo passa despercebido e nada é nunca lembrado
É a transmutação do tempo
A natureza sendo absorvida
para que minha sala nunca envelheça
Para que seja embriagada
no meu próprio passado
A pergunta involuntária sem resposta
Provei à cereja ácida
Provei a angústia do momento em que nasci
O início, o vazio, a quitina negra do ferrão
O ponto letárgico onde a alma encontra barreiras tão obscuras...
E não pude seguir adiante
Dissoluto no fundo da morte
encontrei teu viço jovem, infantil, puro
Entendi o que é a paz;
essa alegria distraída de viver
este sopro macio no campo
Um rubor na face macilenta
Um instante estúpido contigo
Eu esperarei por ti
na vida, na morte, na distância
No delírio da febre, na tristeza do pranto
nas noites frias, nas minhas pálpebras fechadas
Nas águas turvas do meu sono
Sufocado no escuro, enlaçado na calada
Sentei-me no chão ouvindo o ruído do nada
Do sangue ascórbico corroendo faminto
Do coração pulsando agudo por instinto
Nega-te o alimento, o sustento diário
[nega-te a vida
Acostuma teu nome ao sinistro obituário
Roga-te a praga, converte-te em semente
E da moléstia, forma-te o carpelo
de um mundo inconsolável e belo,
doses excessivas duma fome demente
E não há mais miséria na aguardente
Nem pudor nas faces coradas
Os braços rasgados de cercas farpadas
O grito à ânsia, o fruto à serpente
A cada estante me convenço mas,, que a felicidade
esta em pequenos momentos, então faça deles grandes momentos
Sinto que a cada estante vou defini ando ,não sei onde vou chegar
Sinto meus passos cansados , meus pés não querem mais caminhar
Deparo-me numa curva srsrsr são tantas curvas ,que não sei qual devo seguir
Na encruzilhada do destino me vejo perdida
Destino que foram traçados ,as vezes chego a me perguntar
Será que foram traçados ,ou apena acontece a cada estante e hora
Como se você muda-se o radio de estação
Acontecimentos e nada mais,não destinos traçados, e muito menos você escolhe seu destino
Apenas você vai para onde a vida te leva
A sua cabeça ficaria bem na minha estante!
Ahhhh...se eu fosse um urso,um alce,ou um veado ,descontaria tudo em você!
Um fundo branco... Placas com setas, vá á frente, caminhe
Um estante no silêncio, a conversa sem palavras
A procura da linha reta com passos tortos, ajeitarei os pés
O reto está no concerto no ato de se curvar diante do Grande
Uma história a ser contada, enquanto vivida, ainda assistida
O Grande estar por vir, curvem os corpos, endireite os pés
Ninguém andara em linhas restas com pés tortos
A verdade tem de ser vivia antes de ser pronunciada
O efeito das palavras testificadas em um ato de escolha
Modifica o modo de viver, lhe trás o poder
O ser em Quem fez o seu "Eu" é a resposta da razão da existência própria
O Grande esta por aqui, por ali, por todos os lados
Então, viva da verdade, despreze todos os dias a mentira, do falso "grande" destruidor de vidas!
Não devemos ficar parados, feito um objeto na estante, esperando que alguém tire você do lugar, como uma opção de decoração. Devemos ser livres e eu mesmo devo decorar a minha própria vida, sem ficar esperando que alguém me tire do lugar.
Amores aprisionados
como troféus na estante
são números...
dados.
Amor é pra ser con-vivido
repartido, doado
Na minha estante de menina tem cores brilhantes,
nobres amantes e esquina.
Depois de certas manhãs, certas manhas de menina.
Saia e alcinha.
Talvez eu seja um caso perdido mesmo, como um daqueles livros no fim da estante. Aqueles com aparência mal cuidada e sujo. Um livro quase intocável e os que temeram, não passaram dos primeiros capítulos. Um livro difícil de se entender que foi obrigado a mudar suas páginas com o tempo e talvez tenha ficado interessante. Talvez eu seja mesmo um daqueles livros que ninguém ousa a olhar, tocar ou esfolhar as páginas sem sentido algum. Sim, sem sentido algum, inútil assim como eu.
Quando estiver comigo ,aproveite como se foce o ultimo estante .
Quando me beijar . beije-me como se focee o ultimo beijo .
Quando chegar no final da caminhada ,vocé poder dizer qe esses ultimos estante valeram a pena .
Ei menina, já tá na hora de retirar a poeira daquele sonho que você guardou na estante . . . O dia tá sorrindo pra você!!
C O R A G E M!!!!
Uma vida sem emoções, amores e sonhos é como um bom livro guardado na estante onde você nunca saberá se aquela história teria um final feliz.
As coisas nunca saem como planejamos, a gente cresce num estante... Um dia estamos de fraudas no outro dia vamos embora, mas as recordações da infância ficam conosco por muito tempo....lembro de um lugar, de uma cidade de uma casa, como uma porção de casas, de um jardim como uma porção de outros jardins, de uma rua como um porção de outras ruas, de uma pessoa como uma porção de outras pessoas...na verdade é que depois de tanto tempo ainda me recordo, tive uma boa infancia...foram anos incríveis!