Estante
Pego logo ali da tão conhecida estante,
Um mundo maravilhoso tão compacto,
Que ainda me causa certo impacto,
Perceber como ele é revelante,
Pois sempre funde meus, divergente:
Coração e mente.
Olho ao redor, a procura marca-texto de mão,
E a percebo ali no meu campo de visão.
Pesco então uma bela flor do vaso,
Enebrio-me com seu suave gosto,
E assim um sorriso surge no meu rosto,
Pois apesar dos costumeiros descasos,
Ainda consigo ser um homem bravo,
Por continuar do amor escravo.
Despenco na velha rede,
E admiro o reflexo na parede,
Desse infinito céu azul celeste,
Que tão bem a tarde veste.
É Naqueles momentos em que resolvo descansar,
Deitado numa rede, deixo palavras me levar,
Para qualquer outro lugar.
Que seja agraciado por uma belo romance,
Um lugar que só um bobo alcance.
E quando eu pauso a minha leitura,
E visualizo na minha mão direita,
Essa flor que não tardará a ser desfeita.
Tento colocar nos meus olhos uma figura:
O seu belo seblante,
Que apesar de tão distante,
No meu coração, tem presença constante.
Afinal, essa distância,
Até que tem sua elegância,
Pois ela gera uma ambigüidade,
A angustiante e romântica saudade.
Uma vida sem emoções, amores e sonhos é como um bom livro guardado na estante onde você nunca saberá se aquela história teria um final feliz.
Antes de dormir, olhei para minha estante, peguei um livro e li esse trecho:
“O fato é que, de qualquer maneira, nunca senti de modo tão intenso que você sou eu.”
Mesmo não sendo simpatizante desse amor livre, de Beauvoir e Sartre, devo dizer que amor é amor seja ele qual for.
Mais na frente ele continua:
”[…]Meu amor, você não é ‘uma coisa em minha vida’ - nem mesmo a mais importante -, porque minha vida já não me pertence, porque(…) você é sempre eu.”
O maravilhoso é que sempre sentimos essa unidade…
…nesse nosso amor.
Amo.
~*Rebeca*~
-
Penso em você a todo estante, em um momento singular em segundo penetrante, sinto sua falta vejo coisas tão belas, sonhos casas,calçadas, passarelas ... Quem sabe vi uma casa onde dentro morava o sol, de fato não foi uma casa mas sim o pôr do sol, quem sabe vi estrelas em um escuro reluzentes, de vários tipos, desde as mais embaçadas até cadente, quem sabe vi no céu um lado escuro e me perdi fiquei assustado, quem sabe vi o universo o verso do azul que estava, quem sabe vi um monte do alto vi sabiás ou então variações de notas com muitas tablaturas, quem sabe vi apenas um pintor e sua gravura, quem sabe vi o vento empurrar as coisas natas, quem sabe vi um balanço a procura de uma balançada, quem sabe correram os livros, quem sabe correram as páginas, quem sabe vi um livro onde as páginas não estavam, quem sabe eu nunca vi, ou então só fiz pensar na sala do meu sofá, mas de fato eu só pensei no que não podia comentar.
Quando estiver comigo ,aproveite como se foce o ultimo estante .
Quando me beijar . beije-me como se focee o ultimo beijo .
Quando chegar no final da caminhada ,vocé poder dizer qe esses ultimos estante valeram a pena .
As vezes , achamos que a distancia pode nos fazer esquece pessoas , que por um estante pensamos que seria inesqueciveis , e quando nos damos de conta que a distancia aumenta o amor muito mais !
Talvez eu seja um caso perdido mesmo, como um daqueles livros no fim da estante. Aqueles com aparência mal cuidada e sujo. Um livro quase intocável e os que temeram, não passaram dos primeiros capítulos. Um livro difícil de se entender que foi obrigado a mudar suas páginas com o tempo e talvez tenha ficado interessante. Talvez eu seja mesmo um daqueles livros que ninguém ousa a olhar, tocar ou esfolhar as páginas sem sentido algum. Sim, sem sentido algum, inútil assim como eu.
Quando deste mundo partir serei apenas um porta retratos na estante e o que sobrar de mim em suas lembranças,nem melhor,nem pior.
O Assoprar
Num canto
De estante
Com marcas
Que o tempo
Traz
Monteiro Lobato
O Sítio
" Reinações
De Narizinho"
Primeiro livro
Narizinho...
Doçura
Da mais
Tenra
Inconfessável
Fantasia
A Estante Armário
Em sua
Singularidade
Vive
Seu universo
Glamouriza
Segundo
Seu viés
Pilares mágicos
Da
Imaginação
Sossego
De vida
Cotidiana
Serenidade
Amálgama
De
Irresistível
Fascínio
Eu olho pra estante e vejo a foto desfalcada
Nessa vida já se foram vários camaradas
Gente que faz falta ou pisou e deu revolta
Saudade nunca vai mas saudade sempre volta
Eu olho pra estante
Vejo a foto desfalcada
Nessa vida já se foram
Vários camaradas
Gente que faz falta
Ou pisou e deu revolta
Saudade nunca vai
Mas saudade sempre volta
Eu vivo por isso, sem isso não vivo
O outro lado da distância
É um elo perdido
Força, atitude, coragem, respeito
Amor e memórias cravadas em meu peito
Me deixe a ir,depois de tudo, metade de uma vida,meu retrato se estende ali. na estante,distante do tocante olhar.
você me deixa sentir a tempestade...
no estante que sentimento devora alma...
os resquícios contemplam as luzes
que invadem a escuridão...
com tanto poucas palavras nos amamos,
ao por da lua cheia vejo uma lagrima teu rosto
a beijo para eternidade...
A tragedia nos cerca por esse amor
que nos consome a cada estante,
que bebemos esse veneno chamado amor,
passamos momentos que o mundo termina,
tudo não passa de detalhes entre os mortos,
nos beijamos o nada continua entre as trevas.
Às vezes, olho para minha estante de livros e penso que um dia vou morrer sem nunca ler muitos desses livros. Algum deles poderia mudar a minha vida e eu nunca vou saber.