Estado de Alma
Não basta que o seu estado civil seja “solteira”. Você tem que se sentir “solteira”. Isso significa que você se sente bem sozinha.
Veio-me a vontade de dizer outras palavras, com o fito de expressar quatro coisas sobre o meu estado e que eu ainda não tinha manifestado. A primeira é que eu me amargurava muitas vezes, quando a minha memória induzia a minha fantasia a imaginar as mutações que o Amor produziria em mim. A segunda era que o Amor, muitas vezes, me possuía tão fortemente, que outra vida não restava em mim senão o pensamento que falava dessa mulher. A terceira é que, quando essa batalha amorosa se travava dentro de mim desse jeito, eu ia ficando cada vez mais pálido à procura dessa mulher, certo de que haveria de tomar o meu partido, ao assistir o semelhante em combate _ mas eu me esquecia o que acontecia comigo toda vez que me aproximava de tanta graça. E a quarta coisa é que esta visão não só não resultava em meu favor, como, ao contrário, acabava, em definitivo, com o sopro de vida que ainda me restava. Disse então o seguinte soneto:
Perversas qualidades dá-me o Amor...
O governo nunca valorizou a inteligência no nosso país. O estado do Brasil é resultado da estupidez dos governantes, dos arquitetos, dos intelectuais, dos jornalistas... de todo mundo. è a nossa estupidez.
A paz interior é estado de espírito. Deve ser agnóstica ao ambiente. Depende de fé e autoconhecimento.
O papel do Estado, com efeito, não é exprimir, resumir o pensamento irrefletido da multidão, mas sobrepor, a esse pensamento irrefletido, um pensamento mais meditado e, por força, diferente. É, e deve ser, foco de representações novas, originais, as quais devem por a sociedade em condições de conduzir-se com maior inteligência que quando é simplesmente movida dos sentimentos obscuros, a agir dentro dela.
Corruptissima republica plurimae leges. (Gaius Cornelius Tacitus) "Estado corrupto, múltiplas leis". (Tácito)
A felicidade é um estado de espírito. Há uma frase na Bíblia que diz: “escolha neste dia a quem vai servir”. Você tem a liberdade de escolher a felicidade.
Recolhe do ninho os ovos
a mulher
nem jovem nem velha,
em estado de perfeito uso.
Não vem do sol indeciso
a claridade expandindo-se,
é dela que nasce a luz
de natureza velada,
é seu próprio gosto
em ter uma família,
amar a aprazível rotina.
Ela não sabe que sabe,
a rotina perfeita é Deus:
as galinhas porão seus ovos,
ela porá a sua saia,
a árvore a seu tempo
dará suas flores rosadas.
A mulher não sabe que reza:
que nada mude, Senhor.
Não há sensação melhor do que curtir a visita de sua própria presença em seu pleno estado de harmonia
Sinto-me triste, não sei exatamente o porquê... ou até sei. A tristeza é um estado de espírito, onde a alma se abate, o sentido da vida escoa como a água da chuva que a terra absorve; e o coração, é como um poço profundo, onde predomina a frieza e a escuridão.
O desapego nos ajuda a viver em um estado mental mais pacífico e a restaurar nosso equilíbrio. Permite que os outros sejam responsáveis por si mesmos e que tiremos nossas mãos de situações que não nos pertencem. Isso nos libera do estresse desnecessário.
Você sabe o que significa esperar?
Confesse, você ainda não tem a dimensão do estado de espera.
Você não sabe o que é aguardar, inclusive com mãos frias a chegada de alguém que não usa relógio por imprecisão. Você ainda não sabe que a espera é o corte vagaroso, feito no coração.
E você espera o abraço. O agradecimento. Espera o tempo do outro. Espera o cumprimento das obrigações. Espera os dilemas serem resolvidos e as verdades prevalecerem.
Espera a cartomante. O horóscopo. As rezas. O resultado das promessas. Você não imagina que é capaz de tantas esperas e sobreviver ao calafrio que elas causam.
E você acredita e se dá conta de que precisa defender outras esperas mais doloridas. São as esperas que, retardadas trarão uma insuspeitada felicidade. São as esperas pelo sossego afetivo. Pela resposta do e-mail. Esperas para repousar no coração do outro. Para deixar de ocupar o lugar da superficialidade.
Esperas por um olhar, uma piscadela de confirmação, um eterno sim. Você sabe que esperar muitas vezes borra os sentimentos, envelhece a alma e traz uma angústia escancarada, desejosa de sagrada confirmação. É. Esperar a farta porção de desejo do outro para devorar a nossa alma é uma delícia discreta e suarenta. Ecoa longe o grito da espera. Vem cá! Não me deixe passear nas belíssimas imagens do meu pensamento, tantas vezes confuso.
A você acaba aprendendo que uma espera custa e não e só uma gorjeta. Uma espera custa todos os tostões economizados o ano inteiro para o bendito repouso da felicidade.
Benditas esperas valiosas. Elas custam todas as impaciências do telefone tocar com o pedido de desculpa salvador. Custam todos os convite que nunca saíram da imaginação. Uma vontade estúpida de acordar sem saudade. Custam todas as interpretações dos sinais deixados, que você decifra como uma leve resposta para o coração amoroso.
Custam enxergar indícios de que o romance iniciado no verão tem futuro.
O estado da espera é exatamente proporcional ao olhar piedoso, as lágrimas quase caindo, o andar mil vezes no quarteirão, atravessar o relógio com a visão insistente de águia. Visitar infinitas vezes as cartas, as lembranças, a caixa de fotos amareladas.
O estado de espera é uma terapia caríssima e ávida para transformar razões desafortunadas em sonhos realizados. E para ultrapassar vitoriosa, vale tudo. Vale o drama, as unhas roídas, o suar do corpo, a ânsia noturna e o franzir do rosto.
Faça tudo com as esperas. Faça drama, misérias, desforra com vinho barato, desistências indecisas, preces, legitimo protesto, xingamentos, desordem interior. A qualquer custa, faça um texto, um desabafo audível ao mundo, uma canção ou pelo menos uma resposta satisfatória.
Tomara que o para sempre, espere o dia seguinte com notícias felizes, pagamento a prazo e sem reajuste. Sinceramente eu desejo que as esperas sejam as superstições falidas das ausências.