Estação
ÚLTIMA ESTAÇÃO
Quando nascemos,
tomamos um vagão
na locomotiva da vida.
Os trilhos, são destinos já traçados.
Não temos como muda-los.
A viagem é breve e termina na proxima estação.
Quanto ao teu vagão na locomotiva,
voce pode transforma-lo
num salão de festas ou
um cortejo fúnebre.
Você pode escolher.
Mas lembre-se, voce está pagando por essa viagem.
Então, faça valer a pena, até o apito final,
até a última estação.
Rosa,
adoraria ficar contigo até o fim da primavera.
Nessa estação tão delicada não quero ouvir soar nos teus lábios,
o triste adeus na hora da partida.
Minha flor,
levarei na minha memória intensos jardins floridos.
E em todos eles você estará linda,
enfeitada de rosas.
Já deu!
Olha lá eu novamente na segunda estação
Ouvir mais uma vez o som do meu coração
Não, não, isso não tem perdão
De vestido amarelo com a tiara no cabelo
Em meu coração não existia medo
Eu olho com carinho para o nosso amor
E aqui me pergunto mesmo se vou sentir dor
Mais eu penso tanto em desistir
E deixar de existir essa terna feição
Sozinho ninguém ama
Vou largar todo esse drama
Estação das flores
A primavera chega com seu colorido
As ruas estão repletas de flores
Não sei quais as que mais se admira
Fico extasiado em meio aos colores
Após a cor cinza das nuvens carregadas
Vejo os lindos jardins com pudores
Mesmos sendo eles os protagonistas
Humildes são canteiros e bastidores
Estação que mais embeleza a cidade
Aquece os corações das lindas moças
Haja buquet de flores em toda parte
Dom Ruam da vida se assanha todo
Essa linda estação é muito confortante
Um preparo para as paixões ardentes
O verão espreita para unir essas gentes
Mas só é possível com a primavera quente
ALGUMAS DESPEDIDAS DEVASTAM AGENTE!
“Todos os dias é um vai-e-vem, a vida se repete na estação: tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais.” (Milton Nascimento)
Despedir-me de minha mãe foi a mais dura lição que a vida me deu até hoje. Ninguém está preparado para a morte, para viver de repente sem a presença de alguém que tanto amamos. Seja aos poucos, seja repentinamente, o adeus com gosto de demora sem fim antecipa toda a dor que esse enfrentamento carrega e nos coloca diante do imutável, do indelével, do que não se pode mais mudar. E como dói.
Minha mãe foi minha maior e mais bela referência de vida, de mundo, de ternura. Minhas primeiras lembranças já são comigo amando-a sem medida e foi assim até o dia em que ela partiu – é assim até hoje, aliás. Ela foi minha procura nas noites de pesadelo, meu consolo nos momentos de desespero, meu conforto sempre que a vida dizia não. Foi meu norte, meu sul, meu leste-oeste, lá fora e dentro de mim.
Eu adorava repousar minha cabeça em seu colo, em frente à TV, enquanto ela me contava dos atores de sua época. Eu ficava ao lado do fogão, enquanto ela cozinhava, ouvindo-a contar sobre os enredos dos romances que tinha lido, sobre as pessoas que tinha conhecido, sobre sua infância, seu namoro com meu pai, seu amor pelo meu avô. Ela amava a família, amava as festas, amava viver. Herdei dela – e por ela – meu gosto por filmes e livros, meus anos aprendendo piano, minha teimosia em sorrir, apesar de tudo e de todos.
Minha vida é rodeada por minha mãe, tudo a tem, seu cheiro, os sabores de seus cafés da tarde, as cores do Natal, a missa, o carnaval. Ela era minha mais fervorosa fã, acreditava em mim, torcia verdadeiramente por mim. E eu consegui voltar de meus descaminhos porque não me permitia magoá-la. Fazia por mim e por ela, éramos eu e ela sempre. Ah, e como aquela mulher também sabia ser ácida, com palavras que doíam fundo, quando necessário, porém, tudo era amor e saber isso me bastava.
Deixá-la ir foi a mais dolorida atitude que pude tomar. Nos seus últimos momentos de consciência, antes que a morfina lhe roubasse a lucidez, passei a noite junto com ela. Naquela madrugada sem fim, no hospital, ela apontava suas bochechas pálidas, pedindo-me que a beijasse várias vezes. Ela queria me dizer, com esse gesto, que me amava, que eu deveria ser forte, que eu nunca a decepcionara, que eu era e sempre tinha sido um filho querido. Ela se eternizava dentro de mim desde sempre e foi indo, enquanto eu abraçava aquela fortaleza que me sustentara até então, dizendo-lhe que ela já poderia descansar, que ela já tinha resistido muito além de suas forças, que criara seis filhos de forma exemplar, doando-se além de si mesma.
Creio que nenhum adeus é tranquilo, indolor, mesmo quando nos despedimos do que nem tanto bem nos faz. A saudade é muito peculiar, porque ela já se instala assim que o outro se vai, nem dá tempo de a gente pensar sobre a ausência – vem automaticamente. E a gente continua, porque é isso que quem partiu espera de nós, que prossigamos a nossa jornada sendo quem somos, junto a quem ainda caminha conosco, amando-nos e precisando de nós.
E, como a gente nunca sabe quando será a última vez, ainda que não tenhamos tempo de nos despedir de quem parte – algumas partidas são ainda mais injustas, visto que repentinas -, a força do amor faz com que somente fique tudo de bom em quem vai e em quem fica. O adeus está presente nos momentos mais especiais que passamos junto com as pessoas, vai sendo construído na forma do afeto que se vale dos gestos, olhares, palavras, no cotidiano do amor. E é o amor que se leva. E é o amor que nos mantém vivos na certeza do reencontro, na fé que sustenta essa distância forçada que a vida nos empurra.
Viver sem a presença de alguém que amamos é possível, sim, mas parece que nada mais fica igual, nada permanece o mesmo, lá fora e aqui dentro. O tempo diminui aos poucos a dor e a gente se reergue, mas fica lá no fundo da alma um pedacinho em aberto, um espaço vazio, porque as pessoas morrem, mas a saudade não. E as lembranças gostosas acalentam os nossos dias, consolam quando a tristeza quer crescer, ajudam quando a vida derruba, acalmam quando o sol se vai. Porque perder minha mãe sobretudo me tornou ainda mais convicto de que a força do amor é mais forte do que tudo, até mesmo do que a dor da morte. E, parafraseando Chico Xavier, não duvidemos: o reencontro com nossos amados arrebentará as portas do céu.
Tive que perder-me!
Para encontrar-me outra vez na estação
Que eu estava antes mesmo de pegar o trem errado
Quando tu me sorriu...
E eu te ameiii sem tu me amaste!
Poder-se-ia mudar a sintonia da depressão para a alegria como se troca de uma estação a outra do rádio até conseguir captar uma bela canção.
Vinte e nove
Fui encontrar-me a mim
em um encontro atemporal,
numa estação sem plataformas,
em meu terreno sem local.
O eu que era e agora jaz
e o eu que aqui se faz.
Passado e presente diante de si,
sem quaisquer dizeres, apenas um encontro de olhares.
Quanto daquele me pertence ainda ser
e quanto de mim se perdeu comigo?
Vi descer uma criança em corpo de homem feito.
Trazia fogo nos olhos e sonhos no andar.
Não hei de afirmar que hesitou ao me ver amarrotado,
de sonhos torcidos como as roupas de lavadeiras de rio.
Apenas um reencontro de olhares,
uma parada prévia para um café sem prosa
e o abraço íntimo entre um homem e um menino
que ‘sendo’ me sonham seguir.
Entre o ócio e os ossos...
Do ofício esse nosso; a melhor estação do ventre das flores se faz reluzente.
Na lacuna do verão e as águas de março, seus raios tórridos me levam cáusticas as emoções ardentes.
Vem chuva!
Se a chuva bem soubesse
não faltava uma estação
ela dava a quem merece
as gotas do seu coração
mas as vezes ela esquece
e quando o sol aparece
aumenta a seca no sertão.
A velha estação...
Sim foi aqui, que te vi sentada e ornada de beleza e realeza
Onde me aproximei toquei sua mão e com os lábios seu rosto
Afeição e ternura proveram daquele momento, depois de sua partida foram tormentos
Pesadelos em pensamentos, meus olhos se fecharam e sentido se esvaíram
Sentidos se recursaram a obedecer até novamente te ver e olhar em seus olhos e seu sorriso me agradecer
Meu senhor, hoje digo minha senhora, da velha estação ao nosso lar de amor.
'ESTAÇÃO VERÃO'
A gente se dá tão bem!
Mesmo que a gente tenha ido além
De uma simples amizade.
A gente se entende tão bem!
Isso tudo porque desde o início
Nem Você e nem Eu,fizemos promessas,
Nem criamos ilusões.
Foram dias inesquecíveis...
E é tão normal olhar em seus olhos
Depois de tudo que passou.
Nem parece que a gente viveu
Tantas Aventuras e Emoção Naqueles Dias De Verão!
Sabe amor,
Sempre tive a certeza que a primavera é a estação do ano mais linda.
Mais ter conhecido você, fez com que eu a enxergasse muito mais linda ainda.
Céu claro, o vento sopra devagar, suavemente.
Você ao meu lado faz toda essa diferença.
É a primavera que faz de sua força natural, o desabrochar das miríades flores com seus odores que enchem a terra .
Saiba que fui o mais privilegiado ao receber você meu amor;
A mais bela flor.
A primavera não vai permitir que o céu seja encoberto, e que nuvens venha a denegrir a beleza que desabrocha nos campos e jardins.
Também a primavera não permitirá que o cinza do ciúme venham a predominar em nossos corações.
Meu amor.
Pensar em você me faz lembrar as mais belas flores,
E a sua boca para mim, traz sempre a lembrança do mel.
Do mais doce mel.
Ray leite
07/08/2016.
Dentro dessa linda estação
Escrevo uma canção
Nesse ritmo de verão
As árvores dança,os vento cantão
As águas vem com seu ritmo
E tudo vira uma atração
Com uma bela comunhão
Natureza canta com coração
Isso que eu chamo de ritmo de verão..
"Estação "
Neste calor que está fazendo só eu que não estou sentindo o sol aquecer meu corpo?Sou como os raros que descobre os segredos contados sem os outros perceberem
Ando na chuva sem me preocupar em achar um lugar para me esconder da chuva,prefiro antiga estação do ano do que atual
Quando não buscamos perfeição,e já entendemos o melhor para nossa vida,um novo amor irá surgir,e penso que o próximo amor não tem culpa do anterior amor que já teve na vida
Não sou como alguns que tem medo dos mortos,tenho medo dos vivos,porque tem poderes para detonar minha felicidade,tem grande poder de subestimar meu valor,tem uma força absurda de querer saber tudo sobre mim e depois julgar minha pessoa na frente das outras pessoas,afinal os mortos não tem mais consciência,e os vivos sabe que morrerão e isso já é o bastante para ser vilão ou herói na sua vida,ser seu amigo ou disfarçar amizade entre vocês e se tornar seu inimigo sem você notar
Quero o sol quando está frio,quero o frio quando está sol,prefiro antiga estação do ano do que atual
Cada amizade tem seu tempo. Umas ficam uma estação, outras vão e voltam e outras raras permanecem por uma vida toda. Só tem que ter uma coisa entre cada uma, existir verdade.
No Tempo dos Trens...
Era ali uma antiga e desativada estação
Bancos em madeira desgastadas, pés de ferro
Placas indicando setores, alertando cuidados
Pisos cimentados, cinza, mal conservados
Recordo dos dias em que muitos ali iam
Se postavam em espera sob a coberta plataforma
Uns, com bagagens, outros, à espera do apito
Que, soava em meio à fumaça da locomotiva
Havia ali a presença de ambulantes e passageiros
De anfitriões, de amigos saudosos, gente simples
Olhares sendo trocados... ansiosos por abraços
Meninos curiosos, pais saudosos, férreos trilhos
Namoradas vestidas de “para ver Deus”
Sem maquilagem, inquietas, prendadas
Acompanhadas, como manda o bom alvitre
Desejosas do beijo que teria de esperar
O tempo, discretamente, levou a estação
Desativou a alegria de chegada e partida
O progresso fez da ferrovia vaga lembrança
Onde parava o trem, hoje, passa vento e boiada