Esquecimento
O Eterno e o Esquecimento
Quantos vultosos fantasmas,
Ora brancos, ora pretos, ora
Multicoloridos,
Passaram do eterno para o
Esquecimento ...
Tantos quantos não consigo
Lembrar nem o rosto.
Nenhum traço ficou para .
Contar...
Planos vertidos em um ralo
Faminto,
Que só vai... vai... vai...
Buraco negro seletivo
Cheio de garras.
Quanto mais se come,
Mais se quer comer...
Os corpos nunca são eternos,
Logo serão levados pela
Atração
Para formar energia nova,
E a vida seguirá novamente ...
Tudo passa,
Mas só o invisível pode ser
Eterno.
Só o que não é matéria pode
Resistir ao tempo.
Só os verdadeiros sentimentos
É que resistem à ausência ao
Tempo, tornando-se
Eternos ...
Enganar contando com o esquecimento ou com o pretexto de que já havia falado é abominável. Nada de silenciar!!!
Falo do amor pois tenho medo dele cair no esquecimento.
Como um livro empoeirado na pratilheira dos sentimentos.
Esquecido na biblioteca da paixão...
Falo do amor, pois tenho medo de quando encontra-lo não reconhecer-te a face.
E me dar como insensível, ser desamado que nunca sofreu de amor..
Pra que não se faça parecer o esquecimento, pra que não se faça parecer a desistência do desejo, não pra provar, mas sim pra mostrar que cativou um lugar, reservado e marcado pra durar em minha mente, eu passo aqui pra lembrar que te adoro.
Tempo...queria que passasse,rápido!
Voasse e trouxesse o esquecimento.
Dizem que és a cura...
Passa,então,bem urgente.
Foi no esquecimento quando lembrei que se me esquecem é por que não me têm, se não me tem é por que sou do mundo.
Agradeço a Deus pelo esquecimento que foi me dado para viver esta vida, como eu suportaria tamanho peso na consciência de séculos armazenados em um só coração.
Vamos fazer o seguinte: Eu não te ligo, e nem você me liga. Que nos permita o esquecimento, porque essa droga de amor tá foda, é ruim de mais amar sozinho, amor não se pede querido, e eu cansei de pedir a você que me jogasse no chão e me roubasse um beijo, mais você sempre espera por mim, e eu cansei de te pedi. Que nos permita o esquecimento, que me esqueça. :*
Não quero o esquecimento. Seria uma injustiça esquecer. No esquecimento há uma certa indiferença que mostra de maneira cruel que não teve importância. O que não é verdade, não confere. Tudo é aprendizado, tudo é escola, tudo vem por uma razão. E em prol da razão de ter sido não merece ser esquecido.
Até o que morre merece lembrança, merece um memorial que resgate o que se viveu. Não quero o esquecimento, nem a negação. Quero a matéria prima para construir a ponte que leva a algo nobre, ao crescimento.
É fato que ao lembrar pode vir a dor, a decepção, sentimento de impotência talvez, mas vem no pacote o que aconteceu de bom em tudo o que existiu de verdade por permissão. E, se houve verdade nessa história toda, não quero o esquecimento.
Natureza de Amar
Um novo amor vem a contribuir com o esquecimento do velho?
Ou será que este já começa no erro?
O amor poderia mesmo ser substituído?
Ou vivemos iludidos?
Dançar, cantar, estudar, trabalhar... E amar?
Onde fica o amor ao próximo?
Será que se esconde da ganância e inveja das pessoas?
Ou o amor próprio consegue suprir a necessidade de amar?
Eu, eu, eu e depois mais de mim, pra mim, só a mim!
Viver nessa hipocrisia é muito fúnebre!
Não é vida, é isolar-se de todos que fazem parte do seu contexto social!
O ser humano extingue sua natureza de amar!
As vezes a vida traz decepções para ensinar algo que já havia sido aprendido e caiu no esquecimento.
Lembre-se sempre, que o esquecimento é um suícidio para a alma! Mas como a alma é imortal impossível te esquecer!
E distância alguma é longe o bastante capaz de arrancar você de dentro de mim.
O esquecimento é uma virtude de poucos. Os sábios chamam de doença.
**Perto do Esquecimento**
Tenho um armário onde guardo coisas
Que me foram caras;
Construí num lugar de difícil acesso,
Propositalmente,
Perto do esquecimento,
Onde a tristeza faz a curva,
A decepção rega o pântano e
A indiferença é adornada por arbustos;
Chegando lá,
Abro o armário com a reverência
Que requer um altar,
Com o silêncio de uma casa vazia,
Vozes que um dia foram pleonástica,
Hoje, insipientemente, zeugma;
Confesso que antes de abrí-lo,
Balanço como uma rede
Numa tarde de inverno,
Pois lá estão os restinhos
De tudo que tenho pena
De descartar,
Talvez por ainda gostar
Ou querer recoradar,
Não esquecer...
Sei lá!
Vivemos almejando o futuro, no entanto, que não nos seja objeto de esquecimento que ele é construído a partir do que melhor possamos fazer, hoje!
Queria…
… mergulhar nas ruas do esquecimento
apagando memórias que doem,
com meu pincel descolorir momentos
desta alma em sofrimento
queria não recordar
porque de tanto o fazer, mesmo que involuntariamente,
foge-me a vontade de voltar a acreditar
Refugio-me no fumo de um cigarro, entre quatro paredes, com ele me intoxico
Queria…
como eu queria…
que uma pequena estrela em minha mão caísse
uma centelha de brilho me desse neste olhar mortiço,
nesta vida que ainda me falta viver.
Nada dizendo, tudo digo,
Não desejo que me entendam, só que me deixem comigo.
(dedicado ao meu irmão que faleceu no dia 12 de março de 2012)