Esquecida
Queria viver esquecida, não lembrar seria tão bom, por quê, quanto mais eu penso que não era uma via de mão dupla, mais eu me arrependo de ter uma boa memória.
Dizem que na pessoa só morre quando é totalmente esquecida, levando isso em consideração, existem sim mortos vivos.
Não é da minha natureza
Falar de minha vida
Mas estou bem chateada
Por estar sempre esquecida
Deus deu a liberdade
A todos sem exceção
Mas tem almas de pessoas
Que nem pensam na criação
Ser livre não ensinou
a amar direito a todos
Pois basta estalar os dedos
E me fazem sofredora
Amo tudo que em mim esta
Pois meu Pai me ensinou
Que somos todos seres viventes
Que em sete dia Ele criou
Invisível
No mar de rostos, sou a sombra esquecida, um eco perdido, sem voz, sem vida.
Mas em meu silêncio, encontro a beleza, a força de ser invisível, uma sutileza.
Nas entrelinhas da multidão que passa, eu me escondo, observo sem ser visto.
É nos detalhes que encontro meu encanto, na solidão, sou livre, um ser em pranto.
Não ser notado é uma dádiva secreta, um refúgio para a alma que inquieta.
Pois na quietude encontro meu abrigo, e na invisibilidade, sigo meu caminho.
Não busco aplausos nem olhares atentos, prefiro a paz dos cantos mais desertos.
Sou o verso esquecido nas páginas do tempo, um segredo guardado no vento.
Então sigamos na sombra do anonimato, descobrindo a magia do ser ignorado.
Pois é no silêncio que encontramos a luz, e na singeleza do invisível, somos conduzidos à cruz.
Uma doce recordação de uma grande emoção
há muito tempo vivida, e jamais esquecida...
E já se passaram 65 anos...
O amor é lindo, quando vivido com sinceridade,
amizade, respeito e diálogo...
UMA VALSA PARA NÓS
Marcial Salaverry
A orquestra começou a tocar...
Sorriste-me... chamei-te para dançar...
Enamorados, principiamos a valsar...
Os suaves acordes espalhando-se pelo salão,
entrando diretamente em meu coração...
Contemplando tua linda imagem,
embarquei em doce viagem...
Uma viagem ao mundo do amor...
Inebriado, mergulhei em doce torpor...
Em teus olhos vi tanta doçura,
tanto amor, tanta ternura...
Logo descobri que jamais poderia deixar-te...
Descobri que iria assim amar-te,
por toda minha vida...
Uma valsa cheia de Fascinação,
trouxe para minha vida uma suave emoção...
E continuamos sempre valsando pela vida a fora,
sem jamais querer ir embora...
E agora, com os limites impostos pelos anos de vida,
ainda seguimos valsando com nossas lembranças,
e nossa imaginação, enquanto Deus nos permitir...
Marcial Salaverry
"Na busca do prazer, a compaixão muitas vezes é esquecida, levando à violência, que, por sua vez, pode desencadear guerras destrutivas, lembrando-nos da complexidade das escolhas humanas."
É aos poucos, toda lembrança será esquecida, toda amizade acabara, assim como amores é desamores. No final não restará nada além de vagaslembranças.
Qual a necessidade que tens de ser sempre lembrada?? Quando é esquecida faz questão de aparecer para ser lembrada🥱A ânsia de ser lembrada revela-se o quanto sofre em saber de sua insignificância.
O Refúgio do Agora
Há uma arte esquecida, quase secreta, no turbilhão de nossos dias – a arte de pausar a mente e simplesmente ser. Em um mundo que se move em ritmo frenético, onde o passado é uma sombra que persegue e o futuro uma tempestade no horizonte, existe a sublime graça de viver no presente.
Não é uma fuga, mas uma redescoberta, um retorno ao núcleo da existência, onde o passado, com suas palavras não ditas e amores não revelados, perde seu poder de afligir. Na quietude do agora, o "eu te amo" não dito se transforma em uma promessa para o momento seguinte, e os arrependimentos se dissolvem na luz da consciência presente.
As ansiedades, medos do escuro, preocupações sobre a pobreza, a doença, as guerras e a miséria – todos eles têm seu tempo e lugar, mas não precisam ser os senhores de nossos pensamentos. Há uma fortaleza dentro de cada um, um santuário interno onde podemos nos refugiar e observar o caos do mundo como uma tempestade vista de uma janela segura.
Flutuar acima das turbulências da vida é um ato de rebelião sutil. É encontrar paz na respiração, um ritmo constante que nos lembra da vida pulsando dentro de nós. É na meditação, nesse encontro silencioso consigo mesmo, que descobrimos a serenidade. Como disse um sábio, "a paz não é a ausência de caos, mas a presença de equilíbrio".
E a leitura, ah, a leitura é o bálsamo para as almas inquietas. Cada livro é uma janela para outro mundo, uma fuga, um refúgio, uma lição. Com um bom livro e uma xícara de café, sentados confortavelmente enquanto as notas suaves de um jazz ou as harmonias complexas de Bach preenchem o ar, encontramos um tipo de contentamento que é quase celestial.
Neste refúgio, os problemas do mundo parecem distantes. Não que sejamos indiferentes a eles, mas porque aprendemos a arte de não permitir que nos consumam. Conhecemos a maldade e a ignorância do mundo, mas escolhemos não permitir que envenenem nossos corações.
Em suma, é na capacidade de estar plenamente presente, de se apossar do momento atual, que encontramos nossa maior força. É um estado de ser onde cada respiração é uma afirmação da vida, cada batida do coração uma melodia de resistência contra o caos do mundo. No refúgio do agora, somos verdadeiramente livres.
Se minha luta for esquecida, meus passos serão apagados. Se minha caminhada for adiante, meus sonhos serão realizados.
*Saudade Esquecida*
No silêncio da noite, ela se fez presente,
Memórias de um amor que foi ardente.
Esquecido, dizem, mas no fundo do peito,
A saudade surge, sem jeito.
Seus olhos, estrelas em um céu apagado,
Sussurram segredos de um tempo passado.
Cada lembrança, um aperto no coração,
Um amor perdido, uma eterna canção.
Nos cantos da alma, guardado está,
Aquele sorriso que não volta mais.
O toque suave, o abraço seguro,
Desvanecem-se no tempo, como um sonho obscuro.
A vida seguiu, passos leves, hesitantes,
Mas no peito, a dor é constante.
O que foi amor, agora é saudade,
Uma cicatriz profunda, marcada na idade.
Chorarei cada vez que te recordar,
Pois o amor esquecido, não se pode apagar.
E a saudade queima, sem cessar,
Um fogo eterno, difícil de amar.
Uma batalha esquecida mostra a busca da redenção espiritual por mais de mil anos e diversas encarnações.