Esqueci meu Passado

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⁠Natais de minha infância

Lembro-me com saudades dos natais de minha infância,

Das vésperas do grande Dia, a grande tolerância,

Devagar passavam os dias, quase parecendo que iriam parar,

Na cassa as preparações para a data mais linda do ano, o nascimento do Menino Jesus.

Naquela época, era por Ele que eu esperava,

Era Ele que, além de ser o maior dos Presentes, ainda nos trazia presentes,

Era Ele o Motivo dos preparativos da festança,

Quanta alegria e esperança no coração daquela criança!

A véspera chegou. Era noite do dia vinte e quatro de vários e longínquos dezembros,

Meus pais, felizes a cantar músicas natalinas, que até hoje me lembro,

“Natal, Natal da crianças, Natal da noite de luz, Natal da estrela guia, Natal do Menino Jesus...”

Quanta alegria havia em tão poucas palavras, no coração da criança que fui.

Hoje, boas lembranças invadem minha mente, mesmo que aquelas pessoas que tanto amei aqui não mais estejam.

Os presentes, que eram entregues somente no dia de Natal, não mais assim o serão.

Os preparativos, ainda, fazem parte da família, mas somente por tradição.

As crianças que hoje aguardam esse dia tão especial, não entendem o verdadeiro motivo dessa agitação.

Mas eu, que hoje sou, daquelas mágicas noites um saudoso ancião,

Não permito deixar morrer em mim tão lindas lembranças, de paz e esperança,

Tento, com muito esforço, fazer que minhas netinhas saibam, um pouquinho que seja,

Que o avô delas, um dia, também foi criança.

A. Cardoso

Inserida por ACardosoescritor1956

⁠Apetite de Amanhãs

Deus, em sua eternidade, não precisa de lembranças;
Nós é que forçamos o recordar.
O tempo, esse sábio que a tudo cura,
Desenha as marcas de quem somos.
Não há ferida que ele não toque,
E não há memória que ele não visite.
A conferência da saudade não nos deu a dádiva do esquecer.
No ensaio da solidão, guardo algumas dores enquanto ofereço sorrisos.
A saudade vem nostalgiar,
Recorda até as desnecessidades.
Bendito seja o inventor da memória,
Que nos dá o poder de reviver os dias,
De devotar a delicadeza
E discernir que a esperança é diferente da espera.
Olho para o passado, sim,
Mas tenho apetite de amanhãs.

Inserida por Epifaniasurbanas

⁠Olhando uma imagem estática da minha última viagem, abro a porta de uma lembrança recente, quando mais uma vez, explorei uma mata fechada, cercado por uma flora bem verdejante, passando por um trajeto tranquilo de luz e sombra, vendo o equilíbrio edificante dos raios de sol brilhando entre as grandes árvores frondosas, caminhando calmamente, um passo após o outro, respirando o ar puro da natureza, alimentando o meu espírito de aventura, observando a beleza de cada canto, uma vivência transformadora, que está marcada na minha mente e agora atravesso a ponte da memória que une o passado e o presente como uma forma de reviver certos momentos maravilhosos, vividos intensamente, certamente, proveitosos.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠O que sobrou de mim

Queria tanto escrever
Um poema, esqueci
E agora!
Tudo foi embora,
Na hora tudo foi
Pro espaço.
No terraço fico
Catando os meus
Pedaços,
Que ficaram espalhados
No passado, no presente
Só ficou as dores de ser esquecidos.
Uma lágrima
Uma rima
Essa mania de escrever
As minhas dores,
Já que isso que sobrou de mim

Inserida por WatilasLopes

⁠Nosso amor é como o instante presente, onde o tempo se dissolve e o mundo se apaga. Ontem são lembranças que dançam ao vento, e amanhã é apenas um sussurro distante, uma promessa que se perde na bruma. Mas agora, meu bem, somos fogo e poesia, somos o toque suave e o desejo ardente.

Que nossos beijos se façam eternos no tempo suspenso, onde cada segundo é um pulsar do nosso amor. Não quero a pressa do futuro nem o peso do passado; quero apenas este momento, onde teus olhos encontram os meus e o universo se curva para nos ver dançar.

Que sejamos hoje, que sejamos agora — porque o amor não conhece espera, apenas o instante de sermos infinitos juntos.

Inserida por italo0140

⁠Esquecendo-nos das coisas ruins que passaram, olharemos para a frente, para o futuro.

Inserida por PrFelipao

SABIÁ-LARANJEIRA

Quão belas são as lembranças
Lá dos tempos de criança...

Sendo um bom homem do campo
Meu pai tinha antigos pios.
E tal como a brincar
Ficávamos a imitar
Dos pássaros, os assobios.

Qual era a nossa emoção
Quando os pássaros nos ouviam!
E, então, retribuíam
Com uma linda canção!

E ontem, ao entardecer,
Sem querer voltei no tempo...
Ouvi um doce assobio
Vindo de uma paineira.
E mal pude acreditar
Lá estava a cantarolar
Um sabiá-laranjeira.

Revivendo meu passado
Eu ouvi, maravilhado,
Seu impecável assobio.

Desta vez fiquei calado
E com os olhos marejados
Eu não dei sequer um pio.

Inserida por MarcoARCoura

⁠Lembrete:
Olhar pela janela…

Inserida por tauana_altair

⁠Quando for pensar lembra direito
Oito luas atrás
De uma vida inteira, uma sinfonia sem acorde
Era quebrada estranha, tão diferente e distante, solitária.

Inserida por anika_lyon

⁠Ocupa com o futuro e esquece do presente
Coisas boas passaram
Olhou para trás, você perdeu
O momento é agora
A estrela apagou, viu o brilho?
Religião garante que há futuro após a morte.
A ciência quer garantir o futuro até a morte
Adiar a morte ou correr para o paraíso?
O que vivemos é real?
A realidade é amanhã ou foi ontem?
Haa... planos do amanhã
Por qual razão está aqui e agora?
Viver para o futuro é cegar o presente
E viver no passado é enganar-se eternamente
Se sente seguro em um passado fixo conhecido
É confortável...
Você está no meio do novo e desconhecido
Desconhecido inerente a existência
Cadê sua existência sem a imputação da mente?
Mente ecoando o passado e esperançosa no futuro.
Ilusão do tempo.
Memórias? Expectativas?
Nunca houve, há ou haverá.
Lembrar... Fazer previsões...
E agora?
Agora eu queria dormir...

Inserida por pam_boechat

⁠Já não lembro mais do que eu pensava antes de começar a pensar em você.

Inserida por KaioLucass

⁠Três anos já se foram
Chegando quase aos quatro
Mas não dá pra esquecer
Tudo vivido em nosso quarto

Fui te perdendo aos poucos
Três anos e ainda fico sem entender
O que é isso tudo que sinto
Como faço pra te esquecer

Foi embora sem olhar pra trás
Foi embora sabendo que eu te amava
E estava certo em voltar pra casa
Pois nossa relação eu condenava

Hoje eu vivo em preto e branco
A procura das minhas cores
Creio que um dia serei um arco-íris
Pois já suportei tantas dores


Depois da tempestade
Depois da chuva sem parar
O arco-íris se levanta
Pra suas cores mostrar e brilhar

E é assim que eu acredito
Que um dia eu irei estar
Te encontrando ou não
Eu um dia voltarei a brilhar

Inserida por Petersonrocha1992

⁠Caso alguém se de conta
Caso alguém venha a se lembrar
De como eu era antes
Peço que observe com cuidado
Pois nada a mim foi presenteado

Ora, passado
Nem tão distante
Mas hoje ultrapassado
De que importa quem fui?
De que importa o que pensastes ?
Não que me gabe
Do que vi,
Do que li,
Do que compreendi,
A porta está aí
Sempre esteve aí
Para mim e para ti
Igualmente disponível
Igualmente acessível
É esse o tal do livre arbítrio
Não virei a me gabar
Mas o que pensa
De nada importa
Para mim,
Se não for para amar.

Inserida por Suy_ARosa

As lembranças por vezes são traiçoeiras. Porque na maioria das vezes só vem pra te confundir, questionar, atravancar.
A verdade é que as lembranças foram feitas pra ficar no passado e é só.
O presente não as cabe, e a gente precisa entender, aceitar e seguir.

Inserida por Thatiane

Delírio
No delírio de um sonho pedia a consciência pura de um ser fragilizado da dor O encontro inesperado na busca de um amor calado Entre olhos na noite silenciosa vejo lágrimas caírem ao vento na esperança, rubra de uma saudade Recebi com calma o meu destino, contemplei os vales até onde meus olhos poderiam buscar Senti ao longe o trepidar das curvas de uma elevação formada em gotas de orvalho Vou buscar a imagem pintada pelas forças iluminadas da alma No declive das dificuldades busquei a vibração para o aclive de uma eterna paz em mim.

O amor em mim é só luz
Nos palmares do universo encontro dimensão do olhar em direção ao infinito Vou voar entres as nuvens de pensamento equilibrando uma flor de caule frágil Em sonhos pequeninos retorno ao ventre silenciado da alma Vou buscar o começo do hoje Entregar ao eterno calado de um dorido rasgado peito No respirar brota uma lágrima de esperança Reencontro no acaso a necessidade de viver Entrego a alma ao saber frágil da flor.
Na sinfonia de uma canção ouso as súplicas de uma melodia sem notas Penetram na alma as notas tristonhas de uma terra cansada.
No ébrio de mim medito em direção da terra para florescer o broto suave, Vem a luz buscar a magia do encanto adormecido

Os olhos são os espelhos da alma
A alma traz as marcas denunciando o que não viveu. Na denuncia entre loucuras, procuro relembrar o passado sem dor. Vou buscar na plenitude do acaso perdido os sonhos que não foram vividos Entre lágrimas e solidão procuro nas sombras das lembranças com olhos marejados de lágrimas entre promessa e recomeço. Os olhos perdidos na imensidão do tempo Vejo meu caminhar entre pegadas na estrada da vida Coloco o coração entre a palma e o sonhos E equilibro o recomeço, venho buscar mostrando sem medo do destino…

Amor e ternura
Na paz de mim mesmo encontro a razão de viver os belos dias da graciosa vida Na eternidade de encontrar a luz sublime Do elo do acaso que é o amor. Entre o inesperado encontro do amor traz a ternura em plenitude da Evolução da alma Busco em mim a luz que vem das alturas Em memória e gratidão agradeço o ontem Que responde no presente em vitória O perfume está na flor. Dentro do jardim está em forma de flor, a trazer a bonança aos corações fragilizados. Em forma de luz os corações transformam Na pureza de felicidades Dentro do universo vem saborear a mais pura da luz de mim Recebo com gratidão em forma de oração a bonança da flor transformada na mais pura liberdade celestial. Vêm em mim os sons replicados da canção que acalma a alma Repito sem cessar o agradecimento em mantra sagrado Recebo do universo o amor doado ao mundo Colho os frutos de minhas próprias mãos. E saboreio de alma calma sem anseio que vem no amanhã Perdoo o ontem vivido na memória e deixo que o destino cure as cicatrizes do tempo.

O começo
De alma lavada do encontro sem promessas De luz em plenitude do universo vem em forma de proteção. Em cada contanto sem limite a sabedoria traz em memória o interior do ser. Vem ao encontro o recomeço do caminhar Junto com eternidade nasce a relva suave Com força total e equilíbrio. Dentro do tempo corre o vento onde o amor derrama o sentimento no silêncio e no grito em dor. Com olhar de saudade tiro uma flor e relembro o cheiro deixado no tempo Entre o espaço e eu existe uma voz com eco no vento. Vem o arrepio com o medo sem resposta Encontro-me no tempo a percorrer no vento com olhar na escuridão, deito meus olhos no infinito Adentro-me com anseio de mim, e compreendo o rumo no começo sem fim.

No horizonte sem fim
Provei o sabor da saudade E dentro de tua imagem refletia meus sonhos Do começo do um tudo em mim Em busca de compreensão encontrei a desilusão Veio a dor trazendo o amargo se sabor de um triste olhar vazio perdido no horizonte sem fim O coração gritava no silêncio sem encontrar o motivo A razão falava em forma de canção Trazendo música ao coração… As lágrimas da saudade atormentavam os segundos. E sem querer brotava da alma as lembranças de sonhos não vividos Vem a chuva e leva parte da alma em mim Em respeito ao destino saboreio o primeiro passo de uma criança amedrontada.