Esqueça-me bem Devagarinho
Que eu olhe devagar para o que é belo. Que meu olhar seja esquecido sobre essas coisas e pessoas, que não haja pressa.
Alessandra Gonçalves
Sem você, a vida passa devagar
Sem você esqueço de respira
Sem você o silêncio vive
Sem você esqueço até quem eu sou
Porque favor, volta e me ensine novamente a respirar.
Se me esqueceres, promete-me que o fazes bem devagarinho. Ainda que haja noite no meu coração, valerá sempre a pena sorrir para que os teus olhos me guiem pela escuridão. Serás então os olhos da minha escuridão, até que um dia nos reencontremos. - Disse Joseph sorrindo
Devagar imagino-me, rapidamente desespero, lembro como fui e esqueço como serei, mas em um instante acalmo-me e continuo a viver.
Aquele amor quase esquecido acendeu a chama! Veio devagarinho e fez a conquista.
Foi quando se viu que existia muitas
possibilidades de um recomeço merecido!
Praias sem ninguém e o mar a enfraquecer
Na Bahia o Sol só nasce por você
E eu te esqueço devagar
Toda cor que eu conhecia perdi no seu olhar
Eu te esqueço devagar
Sem pressa pra acabar
E todos os dias eu exercito um pouco mais o esquecimento, o perdão, a resiliência e devagar vou aceitando as coisas que não posso mudar e mudando as que posso. Dia após dia vou apagando da lembrança pensamentos negativos, pessoas que me fizeram sofrer, desilusões, frustrações, acontecimentos traumáticos, ressignificando emoções. Quero que meu pensamento seja templo de luz e não de sombra. Quero que meu coração tenha paz, amor e positividade. Quero que minhas palavras carreguem a cura e não a morte. Quero energia do bem e do crescimento espiritual circulando a minha volta. Quero cultivar a leveza da alma para caminhar sem o peso da mágoa, do rancor, do ressentimento. Isso não me dá garantia alguma que como um passe de mágica eu me torne o ser mais espiritualizado e iluminado do planeta, pode ser que amanhã tudo volte, mas cada vez que o vento das lembranças abrirem minhas gavetas do esquecimento e eu as fecharei novamente e continuarei firme no meu propósito, exercitando o pesapego de tudo que não me acrescenta até o dia em que tudo que me causa dor fique totalmente sepultado sob a lápide da memória.
