Espiritualidade
História dos ferroviários Bob e Charlie.
Bob e Charlie começaram a trabalhar na ferrovia no mesmo dia - na verdade, na mesma hora - e eles foram contratados para fazer o mesmo serviço. Vinte anos depois, Bob ainda estava "operando a linha" com todos os outros homens quando o trem executivo chegou. Um homem bem vestido saiu do trem e começou a perguntar se alguém sabia onde estava o Bob. Ele tinha ouvido dizer que Bob estava trabalhando na linha, naquela parte da malha ferroviária, fazendo manutenção. Sim, Bob estava lá. Todos sabiam indicar onde Bob estava e ele se aproximou. Ambos sorriram. Bob limpou suas mãos cuidadosamente, deu-lhe um aperto de mão e disse" Como vai, Charlie? Quanto tempo, hein?" O homem fez uma breve visita e depois teve que ir. Charlie acenava para Bob enquanto o trem partia e Bob retribuiu-lhe com um toque em seu chapéu.
Os outros funcionários não conseguiram entender porque este homem, que era o presidente da ferrovia, tinha vindo visitar Bob, ou como Bob conheci o presidente. Bob lhes disse: "Começamos a trabalhar nessa ferrovia juntos, no mesmo dia e na mesma hora. Na verdade, Charlie costumava trabalhar nesta mesma linha comigo muitos anos atrás."
A maioria ouviu e se afastou, com exceção de um homem. Ele ficou e fez perguntas que definem a natureza humana: "Se vocês dois começaram a trabalhar para ferrovia ao mesmo tempo e faziam o mesmo trabalho, então, como você pode estar fazendo o mesmo serviço vinte anos mais tarde e Charles ter se tornado Presidente?"
Bob levantou-se e respondeu: "Oh, isso é fácil. Veja, 20 anos atrás, eu simplesmente fazia o meu trabalho. Mais Charlie? Ele ia trabalhar para ferrovia!"
E então, para quem você está trabalhando?
Livro: A Oração de Moisés, Sandra Querin, 41p
Cansada, com tudo que me atravessa
Emoções, pensamentos, certezas incertas.
Segurança, oh doce ilusão,
Controle flui como furacão.
Esperança, doce espera,
Daquilo que um dia foi, daquilo que um dia era.
Ó mãe divina, percebo o chamado para a nova era,
Mas é tão difícil soltar o que eu era.
Medo, excitação, se jogar no desconhecido é pura emoção.
Ciclos se fecham, ciclos se vão,
Mas só com amor é possível florescer o coração.
Karina Megiato
26/02/25 03:35
Só Deus sabe o que me mata!
Ouvi essa frase.
Nós fomos condicionadas a uma sociedade onde ser vista de forma vulnerável é sinônimo de fraqueza.
Papéis de homens e mulheres foram codificados: mulher faz isso, homem faz aquilo...
Homens não choram, não podem ser vulneráveis e são pressionados a sempre exibir força e controle.
Mulheres, por sua vez, são etiquetadas como frágeis e delicadas, com suas ambições muitas vezes vistas como uma ameaça à ordem estabelecida.
Homens não choram, mulheres não são confiáveis, mulheres não podem confiar...
Cada um sabe o que guarda dentro de si, e tudo isso traz muita força, pois foi através de todas as experiências – tanto as fáceis quanto as difíceis – que se moldou o ser que você é hoje...
O que não é saudável é ficar carregando algo que te mata, porque isso continua te matando conscientemente. Por que você quer continuar carregando isso?
Soltar o sofrimento não vai te fazer mais fraco ou menos merecedor da sua força.
Falar e buscar ajuda para soltar as “mochilas” de dor do passado não te faz fraco.
A vulnerabilidade é nossa maior força, e reconhecer que se precisa de ajuda para soltar é muita força.
O tempo não cura nada; jogar suas feridas embaixo do tapete e não fazer nada a respeito é apenas arrastar o sentimento.
O verdadeiro aprendizado acontece quando você colhe as lições daquilo que lhe causou dor e aprende a soltar o sofrimento.
Quando você olha para aquela história que lhe feriu a partir de um lugar de gratidão, integra-a como uma experiência essencial na sua construção enquanto ser humano, liberando a bagagem emocional que lhe mata.
Buscar ajuda é, sem dúvida, um ato de força.
Karina Megiato
_KM_
25/02/2025 18:44
Achei que nunca mais ia me apaixonar. Que ilusão, quanta negação. Quando seus olhos verdes cruzaram os meus, a reação foi: "Oi, é comigo?" E era! Será que estou bonita? Eu sou bonita! O corpo tremeu quando vi você me olhando e se aproximando. Eu, com o livro nas mãos, criando o momento e a oportunidade. Já senti sua presença e o coração pulsou forte. Mas as pessoas não nos deixaram viver isso. Parecia que seria só mais um dia de silêncio, e foi.
Como adolescente, guardei esse sentimento em segredo. Ouço "Pupila" no rádio e a mente volta ao seu sorriso lindo, que era a única coisa que eu via no meio de um auditório lotado. Eu não sabia nada sobre você, nunca tinha ouvido sua voz, mas dentro de mim, você já tinha me acessado. Meu corpo tremeu, eu não queria acreditar, mas agora chega de negação. Por ti, senti desejo. Meu corpo acordou e as mãos suaram. Depois disso, só confusão e negação, porque não são tantos "não".
Te lembro, e meu corpo sente.
Karina Megiato
_KM_
São tantas em uma: sombras e luzes, reflexos e fatos, imaginação e realidade. Às vezes me perco e, por muitas, me encontro. Sinto-me presa, sinto-me livre, viro e reviro memórias, volto ao lugar e sigo. Onde está a presença? Onde está o imaginário? Onde estou eu? Onde está você? Você está em mim, eu em você, nós estamos em todos... Pensamentos aleatórios de uma poesia desconstruída, sem querer chegar, apenas deixando as palavras rolarem soltas pelas letras que fluem no teclado, tentando assimilar pensamentos com sentimentos que, muitas vezes, é impossível racionalizar... Percebo que criar espaço ao corpo para processar e acessar verdades não ditas, as fugas do coração ou os medos dos medos... sei não! Volto a me perceber, respiro e sei que preciso levantar para continuar. A rotina me espera e, ao encontrá-la, descubro a beleza de simplesmente observar que o que é de fato tão rotineiro aos olhos pode ser o que de fato é real, sem fantasias mentais, dando espaço para fluir e liberar o que precisa ir e o que precisa ficar... Ah, janeiro... Da poesia que vem tarde, mas com a permissão de se falar e explorar apenas quando a sinceridade vem, sem a presença do fazer, na conexão e integração do que se foi e do soltar o que virá.
Karina Megiato
_KM_
04/02/2025
Música 🎸
Quando nosso olhar
Cruzou no silencioso do estar,
Nunca pude imaginar a profundidade que você ia me tocar.
Com uma flor a desabrochar, senti pétalas por pétalas se abrindo, sem necessidade de nenhuma palavra. Você entrou e virou, bagunçou o que eu sentia por mim e por outro alguém, mexeu nas mentiras e verdades que não expus a ninguém... Somente a minha alma vazia e fria, sem entender a confusão da tormenta que machuca e arrebenta com certezas incertas do que era, do que foi e do que não vai ser...
O luto agora chegou, de uma história que nunca se consumou, que foi apenas vivida e sentida na ilusão.
Foi o amor certo no momento incerto? Dúvidas, confusão!
A mente vagueia confusa, sentindo um aperto no peito, uma sensação de vazio profundo, vontade de chorar sem motivo, mas o motivo eu sei bem: luto por alguém que só chegou de passagem, como uma tempestade que vira tudo, bagunça e rapidamente vai embora. Agora ficaram os assombros, escombros, de um sorriso, virando e voltando à mente, sensação impotente de quem luta contra o coração e a razão.
Karina Megiato
_KM_
Quando pela dor o homem busca Deus pela oração e Este lhe diz o que fazer;
Quando pelo amor o homem encontra Deus pelas ações e Este lhe abençoa pelo que foi feito
Cabe a mim criar coragem e colher o trigo, para que o joio não cresça como erva daninha a sabotar meu duro trabalho como artífice da senda espiritual
Todo ódio semeado com intuito de vileza, acaba por se dispersar em terra arada com grandeza de espírito
Exercer com esmero as práticas da boa conduta é deixar transparecer pontualidade e assiduidade na escola espiritual do bem viver
Religião é perceber que existe um grande banquete a ser dividido;
Religiosidade é se colocar à disposição para divisão entre os que têm fome;
Espiritualidade é saber que já está saciado, ao comer do pão que alimenta a alma
Somente quando a guerra é vencida pelo espírito é possível vitórias entre batalhas travadas pela carne
Muitas vezes ao acordar não imaginamos o esforço que nosso espírito faz, ao ir em busca de um afago nos laços benevolentes da espiritualidade
Quem adere somente aos prazeres carnais tem que estar preparado para a constante fuga dos preceitos espirituais
A ojeriza provocada pela política é tamanha, que até os grandes espíritos Iluminados mudarão de nome, ao perceberem que usam sua nomenclatura para atrair votos, ao elegerem claro, o diabo
É através de sovas que se faz um pão ao alimentar a carne, mas é pela delicadeza dos nossos atos que se faz o cotidiano ao inebriar o espírito
Pensamentos auspiciosos são como falanges benevolentes, nos levam às alturas ao elevar nosso espírito