Espinhos
Não preciso em espinhos pra fazer o que me cabe, bastão também é tempo de saber, das, horas no agir e não reagir.
Julgue-me apenas se puderes calsar os meus sapatos e suportar então os espinhos noa quais ele pisa. Faça chuva ou faça sol é ele quem protege o meu caminhar
O caminho só é ruim , difícil , estreito e cheio de espinhos , quando você desiste da caminhada.
Por mais difícil que seja vale a pena seguir adiante.
Tenha fé , reveste se do amor de DEUS e tudo ficará mais fácil.
A VIDA É CURTA,
aproveita o intervalo e CURTA A VIDA !
Não tenhas mágoa de quem lhe
fez caminhar por sobre espinhos;
Compadece-te dessa pessoa como
irmão abnegado, vibrando para que
lhe ocorra o melhor no seu progresso
evolutivo.
Poda:
Era uma roseira diferente:
Seus espinhos brotavam para dentro
Ninguém os via
Ninguém os tocava
Ninguém os sabia
E a roseira, na tentativa de gritar
Abria rosas indescritíveis
Em noites de lua, sonhava podas
Todas bem rente ao chão
Mas ninguém a podava
Abriram espaço em seu jardim
Para que todos a contemplassem
Conheceu a solidão
Seus espinhos cresciam
A dilaceravam por dentro
A cada nova estação
E ela gritava dezenas de rosas
Uma lágrima em cada botão
Quando afagavam seu caule liso
Ela se contorcia de dor
Sentia os espinhos cravando
Queixava-se abrindo outra flor
Um dia, os espinhos já grandes
Formaram nódulos pelo seu corpo
Uma espécie de tumor
Cansada, não abriu flores
Podaram-na rente ao chão
E ela conheceu um pouco
Daquilo que é não ter dor
Quis mostrar uma folha ao sol
Mas a coragem faltou
Recusou a água
Recusou o adubo
Rejeitou a terra
A mesma terra que a criou
Ali desapareceu
E todo o jardim se abriu em flor.
Para mamãe.
Um broto de roseira sem as rosas anteriores/
Botão de rosa com poucos espinhos. Muitos amores/
Mundo que gira, primavera que outona/
Tua vida, teu poema, muito aroma...
Suaviza minha vida, ameniza minha cor/
Teus cabelos, teu tempero. Meu AMOR.
Nem toda flor é só flor,pode haver flor e espinhos,à vida é cheia de muitas cores mas nem todas nos agrada.
Das consumições
No solo
à lágrima caída e fecunda
espinhos de um filho
em subversão
partir no desleixo
é que, à parte, sangra
esfarelam sonhos
e a alma parte
não é só no puxo de mãe
que se sente dor...
também por amor
sofre um viajor
em seus flutuantes dias
vão-se luas
vêm destempos
e à luz dos silêncios
desaparição...
na busca tardia
é que se torna fria
tal conexão
ao voo ingrato
desdéns, rebeldia
fenece-se às chamas
o que noutrora havia...
Que sejam belas as minhas flores, pois flores somente em vida, que seja firme seus espinhos, pois quanto mais dolorido mais aprenderei a viver, que seja límpida as minhas lágrimas, pois atrás de um pranto se esconde um sorriso, que seque todas as folhas das árvores e o outono mostre a justa verdade, que o inverno congele toda tristeza e calor que vem do coração me aqueça, e que a luz do sol preencha todo vazio e todo escuro de tamanha solidão.
Afonso V.
“Não há espinhos que por mais dolorosos que sejam não desabrochem em flores no final... Também não há flores que por mais lindas e perfumadas que sejam não tenham os seus espinhos. Nada é fácil, nada é por acaso, tudo tem o seu preço cada conquista ou derrota tem o seu significado.”
Então, me perdi no tempo, caminhei tão inutilmente para te encontrar e espinhos foram jogados pela estrada, cansei, chorei, bebi, fumei, descasei, gritei, cortei veias, me tranquei no quarto escuro, janelas foram fechadas, solidão da noite, somente estrelas brilhavam meus passos, tudo girando, não sabem, foi muito estranho, pesado, absurdo, linhas cruzando em minha mente, querendo voltar, perdi energias, consegui tão somente fechar portas e seguir, quando acordei, passaram mil anos, terra nova, tempo de recomeçar, enfim, uma nova história começamos escrever.