Espinhos
"Não importa a quantidade de espinhos num roseiro, o importante é que no final, sempre haverá uma rosa ao final"
Amor é intocável para algumas pessoas, a espinhos em todas os lugares.
Então ame como se fosse uma criança.
Se despeça como se fosse o ultimo dia.
Carrego todos os dias
O peso de não me deixar florescer
Em meios aos espinhos da vida
Carrego todos os dias
O peso de ser quem eu não sou
Por querer agradar a plateia que me assiste
Será que preciso carregar esse fardo
Que me aprisiona nos meus medos
De enfrentar a todos e mostrar
A verdadeira beleza que eu sou
Por dentro e por fora
Sim eu choro sozinho, não é falta de amor, de carinho. É a colheita, de espinhos, aqueles que semeamos pelo caminho.
Um ato, uma resposta, um julgamento, uma falta de compreendimento.
Uma dor a mais, uma desilusão...
Calma coração. Nâo espere mais que isso. Na vida, a maior porcentagem é desperdício.
Minha decisão pode ser a solução. Ou não...
Entre pétalas e espinhos, teu nome dança:
Flores que brilham na glória, flores que murcham na derrota.
Na alegria, no luto, no sussurro da vingança…
Mistérios se escondem nas raízes do tempo.
Quem és tu, Dona Flor?
A cicatriz da morte ou o perfume da vida?
Sob a superfície calma, os segredos fervem —
são atos imensos em silêncio,
são mapas de luz e ruína.
Teu véu é feito de paradoxos:
nasces do mesmo solo que consome.
És a guerra e o refúgio,
o fim que se disfarça de início.
Dona Flor:
na tua mão, um jardim de perguntas.
O que plantaremos hoje —
a semente ou o adeus?
A vida
A vida é um ciclo de doces contrastes,
Espinhos ferem, mas nunca são em vão,
Pois cada dor prepara novos enlaces,
No chão árido, germina a paixão,
O tempo molda as pedras do caminho,
E o amanhã floresce em renovação.
Carregue a esperança, suave carinho,
Que ao fim da tempestade e sua dança,
Sempre há um jardim a nos dar confiança.
SimoneCruvinel
Ela ergueu as mãos e agradeceu ...pelas dúvidas, pelas dificuldades, pelas pedras e espinhos. Agradeceu porque agora, decidida, plena e feliz, poderia finalmente iniciar seu caminho rumo ao desenvolvimento espiritual.
Podemos ajudar a retirar os espinhos do quintal do vizinho. Ou reclamar das flores mortas que deixamos de cuidar no nosso próprio jardim.
"Observe a arvore que você planta, o jardim que você regou, os espinhos e pedras pelo caminho, antes de pensar em colher uma flor."
O caminho é ardiloso, tem pedras e espinhos, mas mesmo assim, sigo de cabeça erguida, pois acredito nas promessas do meu senhor e baixarei a cabeça somente para você, meu amado senhor Deus.
Minha história sempre foi difícil, entre troncos retorcidos, espinhos e dor. Continuo caminhando, mesmo vendo os corvus negros baldando meu fim, eu nunca verguei.
FRONTEIRA (soneto)
Em cada rosa, sempre existe espinhos
Nos árduos caminhos, também vitórias
Na humildade é que se escreve glórias
E com amor no amor se tem carinhos
Somos breve nestas águas transitórias
Para que seja leve, deixe os desalinhos
No tempo, tão valioso, e tão torvelinhos
Então, sê a figura mor de suas histórias
Nutre-se do néctar de querer mudança
Pois cada instante da vida é esperança
E a cada espera, objetivos e memórias
Perder ou ganhar são só da vida aliança
Tente. Persevere. Ai terás mais bonança
Trace nestas diversidades as trajetórias
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
Espinhos
Me arranhei em espinhos
que sangraram a mim
e a minha alma, assim,
num absorto dilema do coração
tatuaram na carne da emoção
marcas de sonhos e paixão.
Uma saudade,
uma lágrima,
um triste olhar,
uma dor a lamentar,
um vazio de carinhos.
Todos espinhos...
Me vi sozinho
acompanhado
sorridente, calado...
Perdido em poemas... (dilemas)
Entre espinhos e flores
afagos e amores
tive o meu poetar como espectador.
Mesmo que a poesia seque em mim
Entre espinhos, lamentos e emoção
O poeta é como o sequioso cerrado
Sobrevive as intemperes do sertão
Duma gota tem o embrião brotado
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Rio de Janeiro, RJ
SONETO SEM SORTE
Amor, quantos espinhos há na tua haste
Arranhando a solidão aqui no meu peito
Errante nos sóis e chuvas, sem ser eleito
Entre estações sós, num triste contraste
Saudades passam, e não passa o efeito
Porém, tu e eu, amor, no mesmo engaste
O fado faz que a desventura nos arraste
Por outonos, num desfolhamento do leito
Pensar que custa tanto, tanto desgaste
Quando poderia ser diferente, ser feito
Com companhia, desde que chegaste
Mas tu e eu simplesmente sem preceito
Ali onde o passado no remorso choraste
Semeamos a sorte sem nenhum proveito
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2016
Cerrado goiano
E, Por Falar de Amor
Hoje acordei com o coração aos espinhos
De uma saudade
Sem os teus carinhos
Imensidade
Esta solidão
Que poeta pela metade
Versos de emoção...
Pelas lágrimas um aroma rijo
Do árido sertão
Um esconderijo
D’Alma na contramão
Do teu olhar...
Me agarrei no timão
E a navegar
No mar de suspiros
Pus-me a chorar!
Hoje acordei com o dia empanado
Escuro
Você não estava ao meu lado
Tudo era vazio, impuro
Coalhado
Duro
Propalado...
Desconjuro!
Eu só queria ser carregado
Dali
Pelo desejo imaculado
Que sempre tive de ti
E não essa dor
Que hoje senti
Ao falar de amor
Aqui!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, 10 de dezembro, 2019