Espinho
Que cada pedra e espinho do caminho sirva para que nós possamos firmar nossa jornada em Força, Fé e Gratidão. E que possamos focar nosso olhar acima e além, que são nosso objetivo maior e riqueza de toda existência.
Um dos antídotos do Eterno, para quem tende a seder à altivez, é um espinho na carne. Basta um pequeno furo para o desinflar.
Muitas vezes é necessário o perfurar de um espinho para compreendermos a verdadeira beleza de um roseiral
“Confesso, meu caminho tem espinhos, mesmo querendo desviar-me há sempre uma espetadinha dolorida aqui e ali, as vezes a dor atrasa a caminhada, desacelera os passos, mas jamais me impedirá de prosseguir, pois em meio aos espinhos vejo também flores, frutos e sementes motivando-me a seguir. . Se hoje deparo-me com espinhos, amanha terei a sensibilidade de sentir o perfume das flores, admirar a densa paisagem, valorizar os pequenos frutos. Estou determinada plantar somente sementes do bem; sabe, nestas andanças da vida tenho aprendido que encher o coração de esperança e amor alivia a dor, não importa quantas farpas tentarão me deter, vou continuar embelezar minha estrada com sementes de amor até que se torne um perfeito jardim com a beleza e brilho de todas as cores...” Gil Camargos
Compreensão fria
Numa noite quente
Quem te falta,
Na madrugada vazia?
A solidão e a saudade
Que você nega.
Mas que te pega todo dia
Deitado na cama
Ou sofá da sala.
Que fura seu peito.
Igual um menino
Que pisou
Num espinho.
Meu coração anda assim
Sentindo em cada passo.
Mancando entre as passadas.
Mas me deito
Mesmo assim.
E respeito
Que tudo nessa vida
Tem um fim.
(Eu sou psicodélico)
A vida para um hippie é mais vida
O mundo é uma flor
Sem espinhos e sem dor
Plantada com amor
Ser uma rosa, é ter consciência dos seus espinhos e saber o que podem fazer consigo mesma e com outro.
Respeitar seus espinhos e saber usar com com sabedoria.
Sem saber por qual caminho,
Quando nada anterior o indica,
Decidir se se parte ou fica,
Ignorando onde está o espinho,
Entrar, sem negar a incerteza,
Coração aberto, para o que der ou vier,
Afinal, quem sabe o que quer?
Recuar não seria avareza?
Sim, em frente e com tudo,
Não contabilizando ganhos ou perdas,
Com medo, assumir o absurdo,
Enfrento a dor se me arrancam as cerdas,
E sigo, atento e sem escudo,
Isento entre direitas ou esquerdas.