Espinho

⁠⁠A beleza e a fraqueza da pétala esconde a feiura e a força do espinho!

⁠É preciso equilíbrio na vida. A flor exala perfume, o espinho impõe temor, assim, como o Direito necessita da balança e da espada para estabelecer aquilo que é justo, a sociedade precisa de freios e contra freios para a busca da harmonia social.

⁠ Porco espinho !


Você dá a paz
pra quem você conhece.
Até parece que os outros
não merece.

Que coisa feia,
ó meu irmão.
O nosso Deus
não faz acepção.

Lá na igreja,
tu és santinho.
Mas na rua tu parece
um porco espinho.

Passa por mim,
todo inchado.
Até parece que tomei,
o teu cajado.

⁠Sou coberta de espinho
Para que não arranque do talo
Todas as pétalas que compõem a rosa
Seu volume de imenso avermelhado
Agrada aos olhos
Daqueles que sabem ver
Assim, posso reescrever outra vez
Sou bordada de espinho
Para proteger o que é belo
O belíssimo florescer.

⁠

⁠O espinho na carne citado por Paulo,
não é o pecado atual. São lembranças dos
seus erros passados.

⁠O sorriso é lindo,
transforma espinho em flor,
o homem em menino
e o ódio em amor.

⁠A dor é um tipo
de espinho
sem flor.

⁠O espinho só machuca quem o toca.

⁠Espinho é flor quando o caminho já viu dentes!
Olhos de serpente
Caminho dormente
Água da flor adjacente
A gente sente a fala muda
Que muda a muda da gente

Você trouxe um tipo de porco-espinho do espaço?

⁠Todo coração precisa de carinho, o caminho do amor tem flor e espinho, é preciso pisar no chão devagarinho.

⁠Tenho crucificante em mim a Dor, como se fora de um espinho encravado, na qual existe para que eu jamais esqueça, e me lembre... " És Humano! ".

⁠No jardim o perfume da flor, no coração o carinho do amor, no ciume o espinho da dor.

⁠Amar na maioria das vezes e como abraçar um porco espinho.⁠

⁠Você faz da tua consciência:
pétala ou espinho... só você
tem esse poder.
Flávia Abib

Somente colhe a flor, quem sabe vencer espinho, só segura o amor que sabe dar carinho.

A água faz viver, o espinho e a flor, o carinho faz nascer, muitos beijinhos de amor,

⁠Nunca desista de amar, é graças a quem ama, que o mundo ainda não virou lama de espinho, um deserto sem carinho, uma fonte que secou.

⁠Tanto o espinho quanto a rosa, são filhos do mesmo caule.

SONETO DO RISO HUMANO

A angústia Sartriana, tristeza do primata
espinho que maltrata a alma com terror
quicá fosse alegria, espasmos de amor
o riso é inumano, ilusão da vida ingrata.

Da vida idealizada, da paz tão almejada
De medos, incertezas, daquilo que queremos
de tudo que sonhamos, até do que vivemos
o riso é um disfarce, uma máscara condenada.

A nos questionar se somos gente ou animal
o riso humano revela o que tentamos esconder
práticas inconfessáveis, ora de bem ora de mal.

Onde mora a dor, o choro espera o riso
tudo o que fazemos, queremos um motivo
o homem sonha a vida, a morte o paraíso.

Evan do Carmo 07/04/2018