Esperança de Amor
Que deselegante! Voltar achando que pode reabrir cicatrizes para depois desaparecer como bem entender.
Contemplem florais queimados, mas jamais olhem nos olhos dos falsos. Eu confio na serenidade de que um dia flores já foram belas, mas suspeito das práticas ousadas daqueles que me manipulam.
Plante um bosque na alma, decore a vida com inteligência, valorize o que você possui. É uma pena, certos pensamentos devem ser expostos à certas pessoas. Expressar-se não deve ser nenhuma poesia, mas apenas o que você sente. Temos tanto medo de julgamentos, que acabamos esquecendo dos sorrisos que plantamos por ai.
A vida não negligencia suas amizades ou expectativas, não para torná-lo fracassado ou rancoroso, mas para mostrar o melhor de dois lados que possam existir.
Todos gostaríamos de ser cegos para os males deste mundo, embora ninguém possa desaprender a verdade.
- Siga em frente.
- Mas senhor, só existe água, sequer uma pequena ilha à vista.
- Por isso mesmo, não procure alcançar um porto seguro sem antes lutar contra o medo que afoga a sua alma.
Se alguém quiser desaparecer da sua vida, deixe ir. Não adianta tentar fisgar peixe pequeno com anzol grande.
Certas pessoas precisam ser esquecidas. Em algum momento, você perceberá que é melhor deixar a corda romper do que ser asfixiado por causa dela.
Não seja tão inocente. Também sei fingir que não sinto sua falta, iludir que possui belos olhos e que sempre amei mesmo sem isso possuir significado algum. Sei lançar pedras e desviar o assunto para algo nada a ver, consigo viver no vazio e do vácuo criar uma tempestade para te atormentar. Julgo, bato palmas por sarcasmo, porque aliás, eu não me importo, nunca me importei. Eu sou como a sua hipocrisia.
Possuía marcas no rosto e uma inteligência de dar inveja. Talvez os tapas da vida tornaram-no forte.
Procuramos por espelhos inquebráveis que refletem muito por ai, mas nem precisamos de tanto, poderia ser até qualquer um trincado. Quanto mais perfeito for, mais os reflexos lhe cegam.
Pessoas são complicadas e estranhas, desejam ser entretidas. Talvez o problema nem seja alguém, mas as palavras que você usa para chamar a atenção.
Nossa vida é como um arquivo, daqueles que possuem gavetas. Nele, possuímos espaços que representam muitas pessoas, algumas que pouco incomodam, outras que ocupam um prédio inteiro. Bagunçadas ou não, parecem ter um valor sentimental significativo. Consideramos isso também como coisas ou objetos, porque aliás, achamos que é nossa propriedade, mas não são. Sabemos que as pessoas vem e vão, e teimamos em pensar que estarão conosco amanhã. Muitos espaços sempre estiveram vazios com teias de aranha aprisionadas no vão da alma. Ah e isso chega a ser até belo, parece não haver maldade, mas chegam pessoas novas e elas passam a ser parte do arquivo e, em algum momento, elas também vão embora. Sentimos-nos tristes, meramente abatidos por isso. Esse lugar já estava vazio antes, por que agora dói tanto olhar para essa gaveta vazia? Pelo simples fato de, antes, não haver vestígio algum dessa presença. Enquanto ela não existia estava tudo bem. A verdade é que você precisa escolher entre permitir que aranhas construam teias na sua alma por causa da solidão, ou fazer uma faxina depois que os entulhos foram arremessados para todos os lados.
Nem tudo me atinge, não sei mais o que pensar. Parece um mundo de ignorantes onde poucos conseguem entender e alguns se misturar. Faltam palavras, dizem que querem ser ouvidos, mas ninguém deseja ouvir.