Espera
Alguns Poetrix Apimentados
A Espera!
Senti um cheiro apimentado,
A boca ardia.
Era a espera que sentia...
A Sensação!
Os meus lábios queimavam,
Pelo ar ela emanava
E o meu corpo aquecia...
A Lembrança!
Na memória se espalhava.
Em vermelha fantasia...
Pimenta, picante, malícia.
A Presença!
Sangue que na veia corre
Estimulante e marcante...
Sua presença é essência!
O Envolvimento!
Não é fruto de pecado
...Mas aguça a paixão...
Pimenteira dos amores.
Quando você pergunta a um medíocre o que ele espera do futuro, ele nem pensa antes de repetir todas as coisas que ensinaram a ele como “felicidade”: Carro, casa, casamento, filhos, estabilidade, deus...
E essa mesma pessoa passa a vida inteira reclamando do trânsito, dos vizinhos, do fracasso do casamento, do comportamento dos filhos e do mundo.
Ela se preocupa em dar explicações o tempo inteiro e, embora acredite na vida após a morte, tem muito medo de morrer. E repete: “Eu acredito nisso... Eu acredito naquilo” pra se convencer de que realmente acredita nisso e naquilo. E jura amor aos seus devaneios, mas deveria jurar sinceramente o medo das superstições.
O homem medíocre é antipático e egocêntrico. É capaz de jurar que o universo inteiro existe em função de um planeta minúsculo e é pouco curioso por que tem muitas certezas.
É conformado, conservador e por esperar que alguma força sobrenatural faça justiça um dia, é quem menos contribui para que o mundo melhore.
Detesta críticas, se ofende muito facilmente e faz as mesmas coisas sempre. Sonha muito, vive pouco. É viciado em acreditar e tem uma preguiça enorme de pensar.
Acabou meu amor, não vou mais chorar, essas lágrimas só vão prolongar minha tristeza é melhor esperar ela ir embora quieta...Sem alarde...Sem previsões...
Teu silêncio já me respondeu, não será preciso cartas, recados, telefonemas... Pude entender encolhida em meus lençóis o que tua ausência quis mostrar...
Se é a dor que está a bater em minha porta... Deixe eu atender, vou recebê-la e tratá-la como uma visita inesperada...e esperar que o tempo venha buscá-la...
Não vou mais olhar o mar...Não vou mais ouvir legião...Não vou mais cantar nossa canção...te prometo...não vou mais viver a vida que era tua agora que devolveste a minha...
Aqueles planos que tanto nos preenchiam as conversas, deles não vou mais lembrar...Aquele lugar onde nos notamos pela primeira vez nele não vou mais pisar...Das coisas que juntos ríamos sem parar, nelas não vou mais pensar...
Estou sem sonho agora...porque todos os nossos sonhos decidi não mais sonhar...estou sem rumo agora...porque da nossa estrada resolvi me desviar...estou sem fé agora...porque em você decidi não mais acreditar...estou sem amor agora...porque todo meu amor que era teu decidi abortar...
(...) Sem descrições, somente vivendo o momento sem preocupar com que me espera no futuro... Me dedicando a mim mesma, valorizando o que há de melhor no meu eu, e colocando em prática aquilo que me faz ser diferencial dentre os outros seres existentes...
O resplandecer do sol a cada manhã só me faz ter a certeza do quão especial somos, e é tão pouco o que fazemos para agradecer pela beleza de viver...
Quero poder buscar mais verdades, ir muito além do que meus olhos podem ver... o meu corpo possa sentir... e o meu olfato possa inalar... Quero sempre poder estar exalando alegria aonde quer que eu vá, para poder demonstrar a cada ser o quão és precioso diante da vida, e que a vida de nada vale se não souber aproveitá-la da forma que Deus lhe permite... Quero poder mostrar ao mundo, que os sonhos podem se tornar reais, e que todos podemos tocar nas estrelas basta acreditarmos que somos capazes de alcançá-las... Quero poder continuar viajando em meus pensamentos e caminhando sem medo de errar, afinal a vida não é feita somente de acertos... Quero um dia poder contar aos meus filhos, histórias de uma vencedora, que enfrentou barreiras sim, mas que conquistou o teu alvo final e um dia pode tocar as estrelas, pois não desistiu de alcança-las...
Fico todos os dias a tua espera
Mas você não chega
E tudo isso é minha culpa
Pois não tive coragem suficiente de te falar
Então como posso ainda ser tola e te esperar?
Como posso ainda derramar lagrimas ao ver que não chegará?
Como posso sequer sentir raiva se toda a culpa é minha?
Não me compreendem, acham que estou louca por apaixonar- me por você
Devo mesmo estar! Como pode ser? És tão diferente de mim!
Mas não me importa, nunca conseguiram explicar esse dos muitos mistérios do amor
E não me importa, a dor que sinto não quer calar
Independente de quem seja... Eu te amarei
Se tudo o que tocas é maldito
Então maldita serei!
Pois o meu corpo anseia pelo seu toque
E não suporto mais as lagrimas
Só desejo que estejas aqui comigo
Quero te amar e te ter todo o tempo
Pois sei que jamais me cansarei de ti
A falta não é saudade.
A saudade é um atalho; A falta é a espera.
Sinto saudade da sombra das árvores que existiam do outro lado da rua, até das folhas que camuflavam meu quintal. Como é fácil pensar que logo posso substitui-las plantando outras no lugar.
Por esta razão, não sinto saudade daquilo que sinto falta, pois sentir falta é não ter a semente, é possuir apenas a presença de uma vaga vazia e insubstituível.
Sentir falta é a ausência do que nos pertence sem pertencer. É saber que não éramos os únicos donos de nós mesmos.
A falta não é saudade.
A saudade é vulnerável; A falta é absoluta.
É como esperar o sol em pleno inverno.
Ele poderá bronzear as nuvens uma vez ou outra e satisfazer à quem sente saudade. Porém, a quem sente falta, só restará a espera, mais uma vez. Apenas a certeza de uma incerteza previsível de que ele aparecerá.
Não vou viver, como alguém
Que só espera um novo amor
Há outras coisas
No caminho a onde eu vou...
As vezes ando só
Trocando passos
Com a solidão
Momentos que são meus
E que não abro mão...
Já sei olhar o rio
Por onde a vida passa
Sem me precipitar
E nem perder a hora
Escuto no silêncio
Que há em mim e basta
Outro tempo começou
Prá mim agora...
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...
É!
Mas tenho ainda
Muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz
E que ainda não cumpri
Palavras me aguardam
O tempo exato prá falar
Coisas minhas, talvez
Você nem queira ouvir...
Já sei olhar o rio
Pr'onde a vida passa
Sem me precipitar
E nem perder a hora
Escuto no silêncio
Que há em mim e basta
Outro tempo começou
Prá mim agora....
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
(Se acender!)
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
(Se acender!) (Se acender!)
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...
Você espera algo, acontece outro e quando você menos espera está apavorado, não tem lado nenhum para onde correr. Isso acontece sempre, mesmo tentando evitar, pois o confiar é algo inseguro, deposita tudo e quando vê toma-se uma rasteira e fica sem reação alguma. Olha para cima e vê alguém a lhe estender a mão, logo vem outro e assim também a estende, logo tudo fica confuso. Você não sabe em qual agarrar, mas lembre-se: sempre tem duas opções na vida, basta escolher a que lhe convém, a que você acredita, mas, lembre, a confiança nem sempre é justa. Olhe, sempre terá alguém para querer seu bem, mesmo que você não acredite na confiança.
Primeiro dia sem você
Acordo feliz, nada como acordar triste para não carregar a espera da decepção. Tomo um banho demorado escutando Cake no último volume. Claro que não é para te provocar, você não está lá para ouvir a banda que você tanto odeia apenas porque você tem ciúmes de tudo o que eu gosto, mas é para impor ao mundo que eu voltei, estou única e exclusiva novamente. Eu e o meu mundo. Eu e minha solidão sem preconceitos e sem lições de moral, minha melhor amiga, a solidão, nunca vai me achar estranha justamente porque é filha predileta da minha estranheza.
Tomo café com ela que, assim como eu, não come muito. A solidão precisa manter a forma para me acompanhar eternamente, e eu preciso não vomitar pelo inchaço que ela me causa.
Coloco uma roupa estranha, minha pulseira de dentes que você odeia, minha bota que não me deixa nada feminina e pinto os olhos, adoro não precisar parecer uma moça com dono.
No carro escuto Nação Zumbi no último volume, você não conhece, nunca se interessou, como pode? Um movimento tão charmoso ou, no mínimo, uma música boa pra dançar. Lembro que você escuta o mesmo cd do Bob Marley há vinte anos e só troca quando algum amigo seu te dá alguma dica, as minhas dicas são sempre chatas, meu mundo te encheu, como você disse. Dou graças a Deus de estar tão bem acompanhada dentro do meu universo. Eu e Nação Zumbi, eu e Billie Hollyday, eu e Cake, eu e Frank Sinatra, eu e o silêncio do meu carro, sem ninguém pra me dizer que eu freio muito depois do que deveria.
Se eu quiser, hoje, alugo um daqueles filmes europeus p&b e assisto embaixo da minha coberta com um pijama bem feio e meu cabelo em seu pior estado. Quem sabe eu não tiro umas melecas do nariz, beijo minha cachorra na boca e solto pum. Eu e meus filmes prediletos, eu e minha filha peluda, eu e as extensões do meu corpo.
Faço aula de yoga ou musculação? Encontro o meu novo amigo interessante para um café ou bato papo com a minha nova amiga sobre essa nossa mania de não saber ser feliz, mas impor ao mundo o tempo todo a cartilha da felicidade?
O mundo é enorme sem você, sem o seu amigo que solta fogos de artifício com o cofrinho aparecendo mas me acha uma babaca, sem o seu amigo que nunca nem olhou na minha cara direito mas bate em mulheres, e sem a sua amiga que cheira enquanto o pinto do marido não levanta e a bebê chora. O mundo é enorme sem toda a culpa que eu carrego por não ser a menininha leve e sem preconceitos que curte ver o desenho da Lua no mar e não se abala com tanto amor e nem com o medo e o cansaço que viver causa.
Eu sei que sou pesada, triste, dramática, neurótica, louca, insatisfeita, mimada, carente. Mas você se esqueceu da minha maior qualidade: eu sou só.
Eu era só aos cinco anos quando eu não entendia porra nenhuma do que estava acontecendo e corria para rezar no banho. A fumaça de cigarro tomando toda a casa enquanto meus pais decidiam absolutamente nada em longas discussões que sempre terminavam com a minha mãe jogada em algum canto tremendo e vomitando, e eu com a certeza de que ela morreria cedo. Hoje em dia ela sinaliza o tempo todo que pode morrer por falta de carinho, e eu não consigo dar a mínima.
Eu era só quando descobri que não controlo a vida, primeiro a minha mãe namorando justo no horário do Corujão do sábado, o horário em que eu podia ficar acordada até mais tarde namorando ela num mundo escuro e longe de tudo, depois as uvas lavadas em vinagre me esperando para sempre e meu avô morto no quarto ao lado, as meninas da escola ganhando corpo e charme antes de mim, o meu jeito estranho de ter medo de perder o controle e de multidão.
Eu era só pesando doze quilos a menos, quando o mundo inteiro queria que eu comesse pra não morrer, e eu querendo viver tanto que tinha medo de não conseguir, como tudo que sempre quero muito, e acabo fodendo logo pra não ter que viver com a ansiedade do desejo maior do que eu. Eu quase morri de tanto que queria viver. E eu tô quase acabando com o seu amor por mim, de tanto que eu quero que você me ame. Percebe? Louca. Louca e só, porque ninguém vai agüentar isso.
Eu sempre estou só quando sou tomada por um susto longo e paralisador que dá vontade de me concentrar apenas em mim, e não ver nada e nem ninguém, por isso quis chorar só e escondida atrás da porta, como um rato que todo mundo tem nojo, que causa doenças, que tem um longo rabo deixando tudo entreaberto para trás, mas que no fundo só quer um pouco de queijo, como qualquer criança bonitinha. Carregar nossa alma, com tudo o que ela tem de bom, de mal e de incompreensível, é uma tarefa solitária.
Eu sempre fui só querendo ter uma família grande, café da manhã, Natal, cachorro, e eu continuo só quando te vejo como minha família, mas você me deixa sozinha com duas ou três opções de suco para uma ou duas opções de pão. O mundo é cheio de opções sem você, mas todas elas me cheiram azedas e murchas demais.
Eu continuo só quando quero escrever uma vida com você, mas você detesta meus caminhos anotados e minhas regras. E eu detesto seu sono e sua ausência. Eu detesto seu riso alto e forçado pisoteando o meu mundo de sombras, eu detesto você saindo pela porta e as paredes se fechando, se fechando, e eu sem poder berrar para, pelo amor de Deus, você me resgatar, e me colocar no colo, e me dizer que você me entende e sofre também.
Eu sou só porque enquanto eu pensava tudo isso, você impunha aos quatro ventos, querendo parecer muito forte e macho para seu grupinho muito forte e macho, que você poderia simplesmente abaixar meu som ou mudar de canal, como um programa chato qualquer que passa na sua tv.
Eu hoje fui ao banheiro duzentas vezes para ficar longe do meu celular e do meu e-mail, ficar longe de todas as possibilidades da sua existência. Me olhei no espelho bem profundamente para enxergar minhas raízes e ganhar força, chorei algumas vezes, fiquei sentada no chão do banheiro, para ver se meu corpo esquentava um pouco ou porque estava mesmo me sentindo um lixo. O ar-condicionado hoje está insuportável, mas eu não acho que mude alguma coisa desligá-lo.
Estar sozinha não muda nada, conheço bem esse estado e, de verdade, sei lidar até melhor com ele. O que me entristece, é ter visto em você o fim de uma história contada sempre com a mesma intensidade individual.
Eu tinha visto na sua solidão uma excelente amiga para a minha solidão. Achei que elas pudessem sofrer juntas, enquanto a gente se divertia.
Quando menos se espera, tenho inspiração. E não é em um determinado horário... É dificil explicar, me sinto 'possuido'. É automático, flui.
Quando você abre a bolsa de uma mulher, você espera encontra tudo lá dentro. A mulher tem o dom de carregar ate a sua casa dentro da sua bolsa. Pode ter tudo, menos um homem perfeito!
A felicidade nunca vem tarde, apenas espera a tristeza vim primeiro, você aprende com ela, você aprende que sua vida é uma miséria, e até que nada nela presta.Escrever é o que resta