Espera
Penso que não deveríamos nos preocupar tanto com o que a "sociedade" exige ou espera de nós. Pois já exigimos e esperamos tantas coisas da "sociedade" que nunca nos foi dado ou proporcionado.
O ser humano espera tanto o fim do ano pra viver, que morre vivendo no tempo onde a vida passa sem ele ver.
É tão triste quando alguém vem devagarinho, te conquista com um jeitinho todo especial, te da esperança de que algum dia tudo dará certo. E de repente, esse alguém não diz mais nada, nem ao menos vem pra por um fim, nada, nada!
Da vida não se espera resposta
Pois todo dia se escreve uma nova página
Cabe a você saber ilustrar
Preencher as linhas,
até as entrelinhas
Assim formando a sua historia
Seja ela qual for
Mundo solitário, espera.
Pessoas sombrias, aguarda.
Um futuro brilhante, fracassa.
Palavras bonitas, palavras.
Momentos difíceis, contínuo.
Pretérito vivido, valeu.
Presente áspero, futuro.
Futuro desejado, aquém.
Eu lírico, eu.
Exclama, interrogação.
[...]
"Há coisas que não estão ao nosso alcance. Só o tempo é remédio; só a espera pode curar. Mexer no que já está muito mexido pode ser sinônimo de dor. Deixe estar. Tem coisa que se acalma no silêncio...".
QUANTO TEMPO O TEMPO ESPERA?
Quanto tempo o tempo espera?
Um minuto, um segundo
Talvez espere dias, anos...
Depende do que se espera
Pra esperar nesse mundo!
De uma coisa tenha certeza
Vá devagar, preste atenção
Tudo tem sua hora certa.
Não atropele, nem desespere
Pois, aquela vexatória pressa
É inimiga da perfeição!
Uma mulher é sempre uma caixinha de surpresas
Pensa mais do que se espera
Corre atrás de tudo que deseja
Certas coisas não deixa barato demais...
Faz justiça com as próprias mãos.
Uma mulher é sempre uma caixinha de surpresas
As vezes faz barraco
As vezes se rende
As vezes grita e chora
As vezes fica calada, mas com certeza se preparando pra guerra.
Uma mulher é sempre uma caixinha de surpresas
Toda bondade
Ou toda maldade
Uma mulher é sempre um mistério
Vai do nascimento ao cemitério
Uma mulher é sempre uma concha aberta ou fechada
Depende da hora certa.
AMOR PSICODÉLICO
As horas passam aleatoriamente
Desnecessário se faz esperá-la.
Desse modo não posso, não devo
Ter que me sujeitar...
Cansei. Desisto!
Desisto de sofrer por alguém
Que não me quer, não me ama!
Decididamente, chega! Chegou a hora
De seguir em frente, levantar a cabeça
Nunca mais me submeter a caprichos
A infortúnios dolorosos da paixão.
Nossos caminhos, são caminhos contraditórios
Tantas vezes nos encontramos
E nesses encontros não nos achamos.
Sem haver uma explicação, uma resposta
Tudo se embaraça às nossas voltas
Como se fossemos dois estranhos
Num lugar ainda mais estranho... Como pode?
Seria um amor psicodélico? Ou simplesmente...
Estaríamos vivendo um desencanto frenético?
Se você não me compreende... paciência!
O que posso fazer? Mudar o incompreensível?
Um homem não muda seus atos, quando seus atos
Fazem parte de um sonho, de uma história.
E numa história de amor, não se ama sem ser amado.
Se tudo aquilo que imaginamos viver, termina agora
Que termine. Sobreviverei! Juntarei os destroços
E todos os resíduos que permanecem
Dentro da alma, dentro do coração
E os expulsarei um a um e a todos
De forma que nem mesmo as lembranças
Possam manter-se avivadas.
Se a culpa foi minha ou sua, já não importa.
Deixemos que o tempo apague
Tudo aquilo que um dia pensamos querer.
À ESPERA DO QUE VIRÁ
Talvez no último dia do último mês do ano não tenhamos tempo de nos falar, então, na horinha da virada, feche seus olhos, faça um pedido, leve seus pensamentos para quem e onde quiser, deseje o melhor, se permita sonhar e prometa conquistar o que lhe pareceu impossível no ano a findar. Que no estourar dos fogos haja em todos nós uma explosão de paz, amor e muitas felicidades no novo tempo que virá.
Lene Torres
Belém - Pará - Brasil
Ano 15
Pensa
e espera
Pensa
e aprende
Observa
Que este Mundo
Na qualidade de esfera
Gira
E girando surpreende
Tanto a gente
Às vezes
Nos alcança
Manso como um sonho
Encontre o ponto de equilíbrio
e duvide da conclusão
Que a tua dúbia interpretação
Inquestionavelmente aceita
Como se ele fosse
Tão branco quanto os lençóis
da cama
Sobre a qual se deita
Sem sono
e quando menos pensa
Aquela densa atmosfera te envolve
e devolve pensamentos
Nos quais há muito nem lembrava
de havê-los um dia pensado
Os pensamentos
Tem todo o tempo
deste
E de tantos outros mundos
Eles te espreitam
e te esperam
Quando voltam
No teu sono profundo
Parece
Que não passou-se
Sequer um segundo.
Edson Ricardo Paiva
A espera eleva o grau do saber
e sua crisálida de anseios!
Assim como o mar está, a beira-mar.
Sem ondas nas tormentas
de tempos presentes.