Espelho poemas
Em frente ao espelho um dia me perguntei:
Quantas vezes já sorri? Quantas vezes eu chorei?
Descobri que a medida certa nem eu mesmo sei,
então sorri mais uma vez, por não saber o quanto chorei.
Hoje ao acordar pela manhã olhei Para o espelho
E vi o sofrimento correndo pelas minhas veias
O meu rosto mostrava um semblante totalmente despedaçado
Meu corpo já não era mais o mesmo
Percebi o tempo perdido
Meu coração já não agüentava tanta pancada
Sinto meu corpo mais leve
Como se o tempo tivesse mim encontrado;
Eis que to a porta e bato
A tristeza e a solidão mim convida
Para fazer parte do grupo dos desesperados
Não sei o que e carinho
Pois mim sinto tão sozinha
Não sei o que e amor
Eu sinto tanto rancor
Não sei o que e paixão
Sinto um dor no meu coração
Mim deu carinho mim deu tanto amor
E hoje sinto falta do que já se passou.
TESTE DE CARÁTER
Pergunte a si mesmo,
Que tipo de pessoa eu quero ver no espelho de manhã?
WATASHITACHI
TESTE DE PERSONALIDADE
Pergunte a si mesmo,
Que tipo de pessoa eu quero ver no espelho de manhã?
WATASHITACHI
Sem Destino
Esta noite não consigo dormir
Os fantasmas rondam o meu espelho
Olhos azuis e tinta no cabelo
E já não faz mais sentido sorrir
Queria ter o mundo e não posso tê-lo
Preciso de um motivo para existir
Não posso tocar, mas posso sentir
E o olho azul passa a se tornar vermelho
Viver... E não conseguir respirar
É como morrer, e eu quero partir
Porque sei que aqui eu não vou mais ficar
Começo a correr sem ter um destino
Agora não tem como desistir
Vou buscar aquilo que estou sentindo...
É espelho, intransponível
À simplória vista, patente
À sensível, profundeza sem fim
Prazer é olhar-te e me deixar envolver
É oceano, intrigante
Obscura superfície
Tanto mistério esconde
Prazer é mergulhar-te e me deixar absorver
É noite, fascinante
Breu, que não impera absoluto
Graças ao luar e às estrelas
Prazer é admirar-te e me deixar amolecer
Só por um dia
Entrar sem bater
Mandar o espelho calar a boca
Fazer o relógio parar
Sair sem dizer nada
Rir sem motivos
Não dar explicações
Gritar até o som da minha voz invadir um mundo
que ainda não conheci, mas sei que esta adormecido em mim.
E desperta lo.
Um vírus...
Rasgue tua roupa apertada
e olhe no espelho
o teu corpo acabado
agora, envenenado pelo ódio
que te abraçou
e te fez bradar o mal,
por onde passou.
Solte tua alma enquanto é tempo,
deixe-a que vá,
não saberá cuidar da tua dor
quando descobrir o rasgo
que se abriu eu teu peito.
Os teus olhos inocentes,
não souberam enxergar
os olhos que sabiam matar.
Não faça mais nada,
não há mais tempo
é um vírus perigoso,
o mal, já se propagou.
by/erotildes vittoria
Reflexos e Reflexões
O espelho tal uma lâmina d'água,
Só reflete o que à superfície se apresenta,
A todo momento me indaga do interior,
Quais as imagens terei furtado dele.
Talvez não as tenha retido, enfim,
Quem sabe ainda não as construí.
São tão várias as minhas indagações,
Mil espelhos não poderiam refletir.
Há um vidro inerte para confundir.
Se sou eu do outro lado do espelho,
Diviso-me, tento adivinhar-me,
Mas não me traduzo em gestos,
A imagem não pode reproduzir.
Tamanha inércia faz refletir,
No frio vidro que me espia,
Impassível, sei que espera,
que um gesto meu denuncie,
segredados desejos em mim.
Talvez meus sonhos guardados,
Das histórias que não vivi.
"O mundo é um espelho, pois se sorrires para ele, ele sorrirá para ti.
Então meu amiguinho, se você passar por mim na rua triste cabisbaixo, chorando, saiba que também sentirei sua dor.
Mais se o mundo for mesmo um espelho, de longe eu sorrirei e você irá sorrir também.
Viver mais."
Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Passos Lentos
A gente perde tanto tempo
A se preocupar com as coisas
Vivemos olhando o espelho
Queremos mudar o mundo
Esquecemos de ver o sol
E chamar de linda a lua
E quando acordamos
Chove lá fora
É uma parte de mim que nem eu mesmo conheço
Como se ao olhar para o espelho eu vice no fundo dos meus olhos uma luz
Que antes era forte e agora esta se apagando
Por erros e deslizes meus
Como se a voz que antes gritava sonhos e desejos
Hoje grita socorro e implora por ajuda
Não posso me permitir apagar essa luz e calar esta voz
Pois sei que depois disso elas não voltarão e eu não terei mais salvação
Estarei preso a essa escuridão
E junto a ela vira a solidão de um ser sem salvação
REFLEXO DO MUNDO
Não há espelho na qual se possa ver o brilho da alma.
Pois da cinza se vê a nova vida em terra que tu dormes.
Olhei no espelho e ví o horizonte de minhas rugas
sai para o Bar, a tarde era modorrenta
enchi o copo, tomei o primeiro gole, outro reflexo
os dentes estavam carcomidos, eram pura nicotina, álcool e drogas
os dedos cansados, fixavam firmemente o copo
vi cansado, uma moça e outra e outra
falou de seu crepúsculo e do ocaso
bebi mais um pouco enchi-lhe o copo
comê-la, devora-la
por alguma razão, aquilo me atordoou
voltei-me para a bebida, vi no líquido
o suor ardido da pélvis, exposta gratuitamente.
Olho profundamente meus olhos no espelho
que vejo não escuridão são cortes profundos,
tento gritar mais a única saída...
muitas dores que tento esconder,
lagrimas que secaram diante o rio de sangue,
vejo luz no final do túnel, são apenas...
estrelas que agonizam nos piores momentos,
então gotas de sangue me lembram...
sonhos são apenas mais uma mentira...
tento sorrir mais é impossível...
me arrasto diante a realidade cruel,
sempre ouço te amo num vazio sem fim.