Espelho poemas
Um domingo de julho
Um tiro no escuro
Um mundo no espelho
Um momento certeiro
Uma rosa vermelha
Uma vida inteira
Uma rede na varanda
Uma bela que se vai
Vai ao longe no horizonte
Vai levando meus sonhos
Vai sumindo aos poucos
Vai encontrar comigo!
Trago dentro da alma, sua imagem refletida
no espelho do amor-amizade que lhe tenho.
E nada me faz mais feliz, que o brilho dos
seus olhos, e o sorriso dos seus lindos lábios...
A vida e o espelho.
Texto de Gilberto Braga.
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Aos poucos vamos perdendo a coragem,
de olhar sem maquiagem,nossa vida,nosso sorriso,
um rosto nosso, nosso retrato que no passado ficou,
Nossa vida num espelho,fotografou,
a constatação de que aquele jovem semblante ,
não volta nunca mais,
então olhamos uma antiga fotografia..
e nos perguntamos?
Esse (a) era eu ?
Tínhamos uma beleza, um sorriso,
que o tempo nos roubou e não nos devolveu mais..
e olhamos a triste verdade,
que o tempo, numa dura realidade,
nos roubou aquela antiga imagem,
que o próprio tempo não nos devolverá jamais..
E assim vamos vivendo,
a cada dia um pouco morrendo,
e com mêdo do espelho,
nem a maquiagem é capaz,
de nos devolver a beleza e a esperança,
de que um dia voltaríamos a ser criança,
e não ver as rugas que o tempo , no espelho nos traz!
È assim que vamos vivendo,
um dia nascendo, outro dia morrendo..
nos enganando e tentando enganar os nossos espelhos,
de um rosto que não volta nunca mais.
O rosto de nossas almas,
a beleza de nosso coração,
nós não sorrimos mais de alegria,
mas vivemos a agonia,
de quem sabe talvez um dia,
quebraremos esses espelho,
que não mostra mais , o nosso coração!
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A vida e o espelho .
Gilberto Braga
Só por um dia
Entrar sem bater
Mandar o espelho calar a boca
Fazer o relógio parar
Sair sem dizer nada
Rir sem motivos
Não dar explicações
Gritar até o som da minha voz invadir um mundo
que ainda não conheci, mas sei que esta adormecido em mim.
E desperta lo.
Um vírus...
Rasgue tua roupa apertada
e olhe no espelho
o teu corpo acabado
agora, envenenado pelo ódio
que te abraçou
e te fez bradar o mal,
por onde passou.
Solte tua alma enquanto é tempo,
deixe-a que vá,
não saberá cuidar da tua dor
quando descobrir o rasgo
que se abriu eu teu peito.
Os teus olhos inocentes,
não souberam enxergar
os olhos que sabiam matar.
Não faça mais nada,
não há mais tempo
é um vírus perigoso,
o mal, já se propagou.
by/erotildes vittoria
Reflexos e Reflexões
O espelho tal uma lâmina d'água,
Só reflete o que à superfície se apresenta,
A todo momento me indaga do interior,
Quais as imagens terei furtado dele.
Talvez não as tenha retido, enfim,
Quem sabe ainda não as construí.
São tão várias as minhas indagações,
Mil espelhos não poderiam refletir.
Há um vidro inerte para confundir.
Se sou eu do outro lado do espelho,
Diviso-me, tento adivinhar-me,
Mas não me traduzo em gestos,
A imagem não pode reproduzir.
Tamanha inércia faz refletir,
No frio vidro que me espia,
Impassível, sei que espera,
que um gesto meu denuncie,
segredados desejos em mim.
Talvez meus sonhos guardados,
Das histórias que não vivi.
"O mundo é um espelho, pois se sorrires para ele, ele sorrirá para ti.
Então meu amiguinho, se você passar por mim na rua triste cabisbaixo, chorando, saiba que também sentirei sua dor.
Mais se o mundo for mesmo um espelho, de longe eu sorrirei e você irá sorrir também.
Viver mais."
Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Passos Lentos
A gente perde tanto tempo
A se preocupar com as coisas
Vivemos olhando o espelho
Queremos mudar o mundo
Esquecemos de ver o sol
E chamar de linda a lua
E quando acordamos
Chove lá fora
É uma parte de mim que nem eu mesmo conheço
Como se ao olhar para o espelho eu vice no fundo dos meus olhos uma luz
Que antes era forte e agora esta se apagando
Por erros e deslizes meus
Como se a voz que antes gritava sonhos e desejos
Hoje grita socorro e implora por ajuda
Não posso me permitir apagar essa luz e calar esta voz
Pois sei que depois disso elas não voltarão e eu não terei mais salvação
Estarei preso a essa escuridão
E junto a ela vira a solidão de um ser sem salvação
REFLEXO DO MUNDO
Não há espelho na qual se possa ver o brilho da alma.
Pois da cinza se vê a nova vida em terra que tu dormes.
COMO ÍNDIO
O que acontece de repente
Quando ela se pinta diante do espelho,
Batom, sobrancelhas e cílios...
Tomara que caia justinho,
Cambraia estampada,
Nem lembra dos filhos
O que fantasia, tão bela diante do espelho
Com poses e closes pra postar no face,
O marido disfarça, fingindo reler um jornal antigo,
Mas instiga, seus risos e bicos,
Meu amigo malandro metido a filósofo
Dizia que mulher é como índio
Quando se pinta quer guerra
E a vejo tão bela com a escova
E um decote generoso
Falando em lift e massagem
E uma taruagem na coxa,
Poxa ninguém é de ferro e parece provocação,
Mas tem a tal “maria da penha”
O que fazer com o ciúme
Se trejeitos e excesso de perfume
Me fizerem perder a cabeça?
Meu amigo dizia por experiencia própria
Que mulher é como índio
Quando se pinta quer guerra...
"ESPELHO ENCANTADO"
Deste lado do espelho
Apenas eco de palavras.
Entre o silêncio que chama
Das minhas, das tuas incertezas
Assisto ao bailado dos dias que não entendo
Bebo este vinho entardecido numa garrafa
Que como eu não respirou.
Fogo em que me queimo, no silêncio espero
Vem-me à memória os dias em que o céu rasgou-se
Para trazer-me a embriaguez das palavras.
É como beber a incerteza
E decantá-la no odor das palavras
Capto-lhes o sabor, bebo-as de esperança
Engano-me, como me engano aqui deste lado do espelho
O perfume do teu olhar, do teu corpo oferecido
Feito de lenha, para arder, queimar.
Soam as badaladas de um relógio maluco
Que resolveu cantar as avé-marias ao meu ouvido.
Olhar suspenso de lágrimas cansadas
De um espelho numa casa vazia, abandonada
Por alguém que vos olha do outro lado do tempo sem sorrir!
Um espelho somente te da tu queres
Sem tirar ou por nada mais
Mas sem conta com imaginação
De tantos detalhes transpõem
Os laços da eternidade como se houve se...
Um amanhã para onde ir e viver
Sob a luz da escuridão
Que alimenta nossos maiores prazeres.
Por Celso Roberto Nadilo
A TRISTEZA ROUBOU MINHA RIMA
Ao chegar em casa
E ir para o banho
Olhei para o espelho
Com muita decepção.
Lancei um olhar de condenação
Para a pessoa que ali estava.
Frustração, arrependimento,
Com um profundo desgosto.
Ao entrar debaixo do chuveiro
Deixei a água cair em meu corpo
Para que talvez lavasse
Toda a tristeza, toda decepção.
Mas a água gostosa e fria
De um fim de tarde quente,
Mesmo que refrescante,
Não lava por dentro.
Mas essa mesma água,
Que não lava por dentro,
Começou a se misturar
Com as lágrimas.
Por algum tempo o pranto
Me dominou, lavou a alma,
Saiu em forma de lágrimas
Mais um pouco da dor.
E que dor! A dor da alma
Não pela ofensa de outro
Mas pela que eu causei
A tantas pessoas amadas.
Me senti um lixo, fraco
Impotente, me faltam
Palavras para dizer
O que pensei de mim.
O vazio me dominou
De tal forma, intensa,
Que as lágrimas foram
Apenas detalhes do pranto.
Detalhes imperceptíveis
Ao se misturarem com
A água do chuveiro
A molhar meu corpo fraco.
Detalhes pequenos diante
Do soluço e pranto incontrolável
Inconsolável, solitário, doloroso.
De uma alma incapaz de amar.
E enquanto escrevo
As lágrimas insistem
Em querer sair,
Mais contidas.
Mas não menos tristes
Pela impotência de um
Ser que quer ser melhor
Não pra si, mas pro outro.
12/01/2015 (18h36)
O tic-tac do relógio é sempre nos impinge o tempo.
E distorce a nossa face no espelho.
Mas aproxima-nos do "assumirmos" de nós.
E a velhice nada mais é...
Do que a essência concentrada do perfume de nós.
Espelho (Homenagem ao dia dos pais)
Aparentavas tanta resistência.
Mas no fundo, no fundo era mole.
Por vezes eu e meus irmãos nos espremíamos em recolhimento.
Não por medo, por respeito.
Penso em quanto sofrimento passaste em sua vida simples e pobre.
Eu via em você um cerne, resistente a tudo e a todos.
Nem a eminente fome parecia mudar teu semblante.
Nunca vi choro em seus olhos, exceto na sua viuvez.
Mas tenho convicção que para cada filho que seguia os próprios passos
Colocavas lágrimas no canto do olho.
Era mestre em disfarçar. Mas adoçava-se a cada uma destas partidas.
Com quinze anos, me fiz adulto e segui meus passos.
O homem refratário, penso até hoje, preferiu não me ver partir.
Era contido em suas demonstrações de afeto, contudo tinha no peito,
Um coração generoso que a nós transferiu pedaços.
Com minha vida ancorada nas minhas próprias costas
Passei a entender ações e reações de um pai.
Vi-me sozinho e triste em muitas esquinas da vida.
Descobri porque ele tentava mostrar ser aquela fortaleza.
Hoje meu corpo já acusa a idade.
Na mesma proporção meu coração acusa ainda mais a saudade.
Os valores que recebemos não foram financeiros.
Ainda bem.
Hoje sabemos o valor de cada coisa.
Jamais esqueceremos os conselhos, ensinamentos e exemplo que foste.
De você, herdamos o melhor:
Princípios dignos de justiça e convivência social.
O amor pelas pessoas independente de qualquer outra coisa.
Herdamos a certeza que o bem sempre vale mais a pena.
Ficamos sem tua presença física, mas sei que nunca nos abandonaste.
Onde estiver pai, um beijo de reconhecimento e amor neste dia dos pais.
olho para expressão do espelho
sinto tantas magoas,
tento refletir em todos traumas...
dentro mesma realidade,
tantas promessas que se foram...
em programa de televisão,
lagrimas são a deslumbre da morte...
com cair da noite todas expressão são claras
como um abismo do teu sorriso.
tudo pode ser parte do sucesso...
meros tangentes dos quais
o choro se deslumbra com imperfeições
nunca jogue pois perdera teu coração,
nas perfeições tudo pode ser irreal,
em todos fonemas a um contraste,
do qual a um ditado para tudo.
por celso roberto nadilo
claro pode ser escuro
Desejei corpos ,
Encarei-me ao espelho ,
Vi noites mau dormidas ,
E poucos conselhos,
Enxerguei a luz,
Me guiei no devaneio,
Sofri sozinho caçando um meio,
De me encontrar na imensidão,
A meta foi descobrir o que era a razão.
"SÍLABAS"
Espelho meu
Este espelho que é a nossa alma.
Que tantas vezes nos fascina.
Somos como peças perdidas.
Vendavais; tempestades...
Somos o que deixamos de ser.
O nosso próprio reflexo.
Árvore esquecida, sofrida.
Na sofreguidão do ter.
Esquecemos, não amamos.
Sonhamos sem viver.
Vivemos sem nunca sonharmos!
Por mais que tentem...
Nunca acabarão com o amor e o ódio.
Nem todos os cremes do mundo acabarão
Com as rugas do nosso rosto.
Nem com a dor da distância
Nem com a saudade em cada sílaba que escrevo.