Espelho

Eu a convido para o jantar de Alice esta tarde.

Atender à porta? Ela vem pedindo o que?

Eu falar inglês, não falar? Ou você é surda? O que a porta lhe pediu?

Encham pois suas taças, duas se preciso for,
Salpiquem a mesa toda com flores a desabrochar,
Ponham gatos no café, camundongos no licor,
E trinta vezes três à Rainha Alice vamos dar!

Melhor não dizer nada. A fala vale mil libras a palavra!

Bem, de todo modo é um grande alívio.

Quero dizer entrar sob... sob as... sob isto, entende!

Ui, parece que tem asas!

Não é minha idéia da coisa, em absoluto.

Está de mau humor, acho. Eu o preguei com alfinete aqui e ali, mas nada o contenta!

Gostaria de dar uma olhada aem tudo à minha volta primeiro, se m permite.

Errado! Você nunca disse tais palavras!

Quando faço uma palavra trabalhar tanto assim, sempre lhe pago um adicional.

E a moral disso é... ‘Quanto mais eu ganho, mais você perde!’

Sabe, o melhor é estar preparado para tudo. É por isso que o cavalho tem todos esses grilhões em volta das patas.

Até uma piada tem que querer dizer alguma coisa... e uma criança é mais importante que uma piada, espero.

Tire um osso de um cachorro; resta o que?
_O osso não restaria, é claro, se tirei... e o cachorro não restaria: viria me morder... e tenho certeza que eu não restaria!

Então acha que não restaria nada?
_Acho que está é a resposta.
Errada como de costume, restaria a fúria do cachorro.
Ora, olhe aqui! O cachorro teria um ataque de fúria, não teria?
_Talvez tivesse.
Então se o cachorro desaparecesse, a fúria restaria!

Não se pode entrar até a semana após a próxima!

Parece um pouquinho embaraçada; permita que lhe apresente esta perna de carneiro, Alice... Carneiro; Carneiro... Alice.