Espaço
No peito, um amor desconhecido floresce, Um fogo ardente que não se explica, Nem mesmo nas palavras mais sábias.
É como se o coração flutuasse no escuro, Guiado por centelhas de magia invisíveis, E eu, mero mortal, tento decifrar o enigma.
Esse amor não se estabiliza, É um vendaval de emoções, Um furacão que me arrasta sem piedade.
Filosoficamente, somos dois viajantes, Caminhando lado a lado, Do inferno até o céu, sem destino certo.
E quando a noite cai, nossos olhos se encontram, Como constelações que se alinham, E o mundo inteiro desaparece.
No peito, esse amor desconhecido, É a melodia que ecoa em silêncio, A vibração que transcende o tempo e o espaço.
E mesmo sem entender completamente, Eu me entrego a essa jornada, Porque, afinal, o amor é o maior mistério de todos.
Bem, desde que me lembro, essa é a sensação de estar vivo. Não pode haver forma sem espaço. Impossível experimentar a luz sem a escuridão.
Uma brisa outonal, que por aqui passeia, traz um perfume de saudade do que foi, do que não foi e do que poderia ter sido. Ela deixa também o coração com um gostinho de quero mais, mas nem ele sabe do quê. Apenas a percebemos quando nos envolve em carícias, perpassa os ramos, dança entre as flores e rompe qualquer espaço, fazendo um brinde à poesia dela mesma, pois é a própria.
É a vida acontecendo no crepuscular outono de todos nós. O tempo promete a virada, o calor forte arrefece aos poucos e pela paisagem já sente-se o ar de boas vindas à alguma chuva e frio.
Como tecer no espaço
Pedaços e cacos perdidos
Como quebra-cabeça esquecido
Na gaveta a muito tempo
Com tempo ei de entender
Que nada se pode fazer
Nem que acelere o passo
Ou que corra contra o tempo
Tudo tem o seu lugar
E também o seu momento
Mas doi não poder encontrar
A peça que esta a faltar
Pro quebra-cabeça montar
No jogo dos sentimentos
A aurora boreal, o arco-íris, o nascer e o pôr do sol, não se pode alterar, modificar a paisagem, o visual do horizonte, porém não é necessário pois a natureza é sábia.
Independente que as maiores e melhores projeções econômicas dizem para o futuro, o melhor investimento com maior valorização e liquidez será o ouro, o único metal nobre, largamente utilizado nas novas tecnologias, que não é originário do nosso planeta e sim do espaço sideral, e chega aqui pelos meteoritos sem previsibilidades.
Tem coisas que não dependem da gente e não podemos controlar. Assim é o tempo com seus sentidos de espaço e de ser. O passado se foi, enquanto o fruto da árvore poderá não estar no momento de nossas fome.
Por mais livros que eu leia, sempre há espaços a serem preenchidos na minha estante, por livros que ainda não foram escritos.
Hoje eu olhei pra cima
Percebi o Sol mudar
A Lua o escondeu
Num eclipse solar
Aquele anel de fogo
Deixou todo mundo bobo
Encantado a contemplar
Que linda exibição
Ver o Sol eclipsar
A grandeza do espaço
Vai além de rio e mar
Todo mundo ali perto
Viu o Sol ser encoberto
No eclipse anelar
Sua alegria muitas vezes irá incomodar, não será benquista e sim um fardo, não tem como evitar, melhor não criar tantas expectativas contrárias, já que isso pode acontecer a qualquer momento e nem adianta forçar à barra, algo que todos podem estar sujeitos a esta sensação tão amarga, porém, é possível atenuar o seu efeito, não precisa ficar pra baixo, nestes casos, basta respeitar o espaço do outro e ser alegre pelo menos com a sua própria solitude se assim for necessário, mesmo que exista uma grande dificuldade, pois sem dúvida, o esforço será compensado.
" Torçer pelo sucesso alheio não significa o fracasso e tropeço de si próprio, e sim um crescimento mútuo, uma vez que cada qual tem seu espaço."