Espaço
"Ser bom exige coragem. É a capacidade de manter a gentileza mesmo quando outros tentam te derrubar. No entanto, a sabedoria reside em saber quando estender a mão e quando proteger o próprio espaço. Afinal, a verdadeira face de muitos se revela quando deixamos de agradá-los."
A noite passada sonhei que estava de volta à sala de aula, com os alunos da 8ª série; mas como os sonhos costumam não fazer sentido, logo me deparei com os alunos da faculdade.
Fazem aproximadamente 10 anos que completei a 8ª série, fazem 4 anos que entrei na faculdade pela primeira vez. A vida é curta e o tempo passa voando diante de nossos olhos e quando nos damos conta estamos envelhecendo a cada dia que passa.
Nossas vidas diante da imensidão do espaço e tempo não passam de um restolhar de folhas.
Torço para que cada um de nós saiba aproveitar da melhor forma possível o nosso bem mais precioso: O Tempo.
O tempo é implacável e corrói fotos, objetos de valor, memórias e tudo o que um dia possuímos. A única forma que o homem encontrou de transcender o tempo e perdurar mais alguns anos, décadas ou até mesmo séculos, é seu legado.
Qual o seu legado?
Espaço Negro
A espera...
É um espaço negro,
que nos impede
de aproximarmos!
A espera...
Aumenta a
distância entre nós,
mesmo estando próximos!
A espera...
É um vazio,
preenchido com
as nossas ansiedades.
Minha cama, minha música e eu. Único lugar onde não corro o risco de ser magoado e ainda estou rodeado de coisas que me fazem bem.
ESPAÇO (soneto)
Tragando a vastidão do cerrado profundo
A solidão num canto, a saudade devassa
Saudade do afeto que no peito arregaça
E que vagueia na dor, lamentoso mundo
E na esteira sem fim da tristura sem graça
Ei-la embalada na sofreguidão de moribundo
Recostado no abismo sepulcral sem fundo
Do pesar, e encruado suspiro que não passa
Poeto. Me elevo em busca de um conforto
Vou pelo estro de encontro a outro porto
Pra aurorear a sensação com cheiro de flor
E nesta emoção que se tornou um lastro
No vazio. Cheio de pranto no árduo rastro
Cato a poesia para abrir espaço pro amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/07/2020, 15’10” - Triângulo Mineiro
A arte contemporânea do século XXI se torna mais vibracional e dinâmica do que colorista. Algumas se valendo de movimentos físicos e experimentais de rotação e mutação perante as freqüências e interferências ainda muito pouco conhecidas e exploradas pela criatividade humana.
O véu foi retirado
e agora poderemos editar a matriz do espaço-tempo.
Faremos mais do que viajar ao passado ou ao futuro.
Poderemos visitar o céu e o inferno,
outras galáxias, dimensões e universos.
E ainda mais, muito mais do que isso:
criaremos outros universos.
Seremos novos deuses.
Quer ser um vencedor, ande sempre pelo caminho da humildade, assim o orgulho nunca terá espaço na sua vida.
Respeitem meu espaço, please!
Quero poder gritar.
Quando algo está a me incomodar.
Se tento me controlar...
Nada pior pra me desestabilizar.
Manter silêncio?
Dentro de mim esse silêncio é estrondoso... bombástico.
Pronto a tudo explodir... ou implodir.
E me fazer sumir.
Quero chorar rios de lágrimas.
Lavar a alma.
alvejar... purificar.
E continuar livre, leve, solta...
pela vida a saltitar.
O vento e o tempo
Somente um sopro foi o bastante,
o ilusionismo tem peso,
os danos causados tem gravidade,
andar na corda bamba tem sua beleza,
o refrão desafinou só por um momento e depois veio o silêncio,
pausa dada, melodia nova aceita,
no tempo/espaço dessa órbita Júpiter brilha grande.
Tudo como é, matéria ou não, pode estar em qualquer lugar, em um só lugar como em dois ou mais lugares ao mesmo tempo ou viajando por ele (tempo) segundo um designio que lhe é próprio.
Teoria metafísica.
Ensaios sobre a Leveza da Morte
Transtornado com essa leveza da morte,
que chega sorrateiramente sem aviso,
nos coloca a nós todos de sobreaviso,
essa a verdade de nossa finitude,
que motiva nossas reflexões
Os obstáculos procuramos contornar
Bem sabemos que eles existem
Somos estoicos, comigo não acontece
As vendas em nossa visão
Faz com que olhamos
apenas para nosso ego, vaidades
Um ajustado olhar, uma visão de águia
Será suficiente para compreender
Que a morte manda sim avisos
Toda doença tem seus pródromos
Aqui ou ali o curso nos encaminha
Para um epilogo, não tenhamos pressa.
Assim como o dia vem após a noite
Escura ou não, qualquer luz resplandece
Nas trevas das visões míopes.
Vejamos pelo caminho da fé, buscamos
Quem busca alcança pois é logo ali.
RRezende
Espectro Cósmico
Ao divagar da minha mente
mirando neste espectro cósmico
encontro o descanso de meus temores
e a nascente da minha paz.
Espectro este que, na sua mais baixa magnitude,
sucede a luz dos demais,
demais corpos celestes que me cercam.
Desta luz opaca cujo brilho é análogo
ao vazio que cerca a beleza
do mais escaldante quasar.
Possa ser viável que, no mais sidérico vácuo,
o apogeu da minha paz há de se encontrar:
um errante planeta anão
que não definiu seu lugar.
Faltava pouco pra ser como Saturno?
Sempre brilhante, belo
e seus anéis a brilhar.
Bastava um bom tamanho, uma órbita limpa
e não sair de seu lugar.
Mas até mesmo a paz sideral
pode ser tão traiçoeira quanto um buraco negro.
A beleza do horizonte de eventos
engana uma alma sem medo,
que não teme o que o futuro a faz esperar,
que não se engana com o mais belo luar.
Mas eu te pergunto, Lua:
necessitas me enganar?
