Esmagem as Entrelinhas
"Nas entrelinhas do poema
o amor escondido,se revela
deixando subentendido
que em tudo que eu escrevo
eu falo dela."
Não sou sozinho,
povoo o silêncio.
habito nas entrelinhas da noite,
Acomodo meus temas,
lemas e poemas nas
palavras não ditas.
Escritas no pranto e no canto do Ser.
cabelos ao vento
e a pele sente um arrepio
um frio na espinha
um amor por entrelinhas
tortas ou retas
não existe perfeição
e sim diretas
em se tratando de humanos
homens tiranos
mulheres profanas
e o vento sopra no pensamento
palavras insanas
que saem pela boca
na hora do sussurro
e ouvimos um urro
um uivo
um descuido
do amor
que ora ama
e ora faz doer
remoer as memórias
que passou com o vento
e pelo movimento
traz tudo de volta
e agora é a alma
que se arrepia
fica arredia
não merece mais sofrer
e nem o coracao
que batia de emoção
hoje apanha sem motivo
nem um sorriso
trará de volta
a felicidade que há tempos
havia sentido
não faz mais sentido
perdeu-se o sentido
e o juízo
e a causa foi
ter deixado o amor morrer
sufocado no peito
entalado na garganta
e a pele se arrepiou de medo
"porque gata escaldada
tem medo de água fria"!!!
Me - lembrei das madrugadas frias,
Beija - me, Entre as entrelinhas...
Sinto - me invadido por teu corpo que se delicia...
Folgaz momento que se despede,
Na tua voz o silencio se expande...
Estou no frio e lembro - me de gritar...
E você abafa o desejo em minha boca...
Memorável desejo que surpreende,
Me - morda esqueça que há um mundo...
Sinta - se livre dessa infame moralidade.
por celso roberto nadilo
poema desejos
As Voltas das Entrelinhas
Há palavras que preferem se esconder,
Para que não fique nada por dizer,
Mas, deixam brechas que o vento vê.
E o vento não gosta das coisas no lugar
...
Ele não passa de um menino daninho
E as sopram e embaralham pelo caminho
Jogam-nas ao mar num barco sem destino
Não se sabe o rumo que irão tomar
...
As palavras soltas no universo infinito
Caindo em campos desconhecidos.
Não se sabe a consequência que virá
...
Poderão chegar mansa como a chuva fina
Ou brava como a tempestade que assola
Ou após as voltas, caíam inteiras no mesmo lugar.
...
Ademais aparecerão sempre nas entrelinhas
Não sei o que é mais forte... A ansiedade de te ver,nas entrelinhas...a vontade de matar minha sede em sua boca.
Ou me entregar a esse desejo de ter ofegante em meus soluços...Hoje eu anoiteci sexy...quero seduzir com curvas e laços...Extravasar sua boca...Arrancar sua roupa...
Fazer a noite virar dia ...Tirar o seu sossego....
A expressão LER NAS ENTRELINHAS também se aplica a comunhão, pois quem tem comunhão consegue entender o amigo, mesmo sem palavras.
A dificuldade do ser humano em ler nas entrelinhas é devastadora. Numa briga em família, numa amizade rompida, num amor que se foi, num coração partido, os sentimentos ficam lá, bem no fundinho, escondidos, esperando serem resgatados. Esperando que a mensagem subliminar seja descoberta, decodificada. Para que o mistério da pergunta: "O que houve, afinal?", seja resolvido, e tudo fique claro, limpo, leve e sem a má interpretação da angústia. Porque, por aqueles que amamos, não deve haver rasuras e nem erros de linguagem que destrua a dissertação de uma vida em harmonia.
NOSSOS SENTIMENTOS SÃO UM MERGULHO AO DESCONHECIDO.
SÃO AS ENTRELINHAS ENTRE MORRER E SOBREVIVER [...]
Às vezes me vejo segredo, velado em suas entrelinhas, outras vezes enxergo a ti, em um evento convulsivo de soberba intelectual, tentando provar a si mesmo, que não é só mais um amador, irremediavelmente medíocre, previsível e óbvio assim.
Não me venha com indiretas, meias palavras, entrelinhas, que o tempo urge. Chegue logo, o tempo é agora. Sorver cada gota de orvalho nas folhagens, recolher miragens, depois verificar se é de verdade. Na duvida? A vida frequentemente nos trai, ora um bonito artefato, um arranjo florido atrás do muro nos atrai, distrai, quando vê, um murro na boca do estômago, ao virar a esquina. É toda hora uma corrida de obstáculos, aço congelando no sereno, paraísos e paraísos artificiais que inventamos, pra sobreviver, pra ver, pegar fôlego. Taí o sol lá fora, que não me deixa mentir, isso já seria suficiente, mas a gente quer mais, não temos o imediatismo dos animais, temos razão, sempre temos. Como se isso fosse uma vantagem, os animais são mais felizes porque não buscam, não esperam nada, não se desesperam, nem sabem da felicidade, são felizes e não sabem.
Era preciso saber ler a moça nas entrelinhas, mas ele apenas passava os olhos, ela não era o livro favorito. Ele a lia quando necessitava, mas ela amava sentir os dedos resvalando por suas folhas intrépidas e quanto mais ele avançava na leitura ela se entregava e saia mais lapidada, mas os riscos estavam todos camuflados, ele a lia apenas, não saboreava de fato a leitura e ela precisava ser manuseada com calma, olhada com alma, degustada como se fosse uma iguaria. Que pena, ele a olhou depressa demais e isso doeu fundo na moça, não dava pra saber se a dor era dentro ou fora, apenas doía... Lá fora chuva, vento, frio. Dentro, a moça ia tentando estancar a hemorragia... Era tudo tão fugaz, historia rascunhada e inacabada... Ela era pura poesia, mas ele não tinha sensibilidade poética para decifrar a moça...
Era tanta saudade vertendo
Que eu precisava eternizar
Deixar pousar nas linhas e entrelinhas
O amor que tentaram arrancar de mim
Mas ele em sua imensidade
Vazou pelas bordas do coração
Virou poesia e fica verbalizando flores por aí.
- Relacionados
- Escrever Entrelinhas
- Entrelinhas
- Entrelinhas Felicidade