Esmagem as Entrelinhas
Entrelinhas
Uma flor jamais será a mesma
em ocasião amor em outra dor
A lua em si, jamais será a mesma
em ocasião paixão em outra solidão.
O pôr do sol jamais será o mesmo
para uns beleza, para outros tristeza.
Jamais o belo será sempre belo,
Jamais as palavras serão sempre as mesmas,
Jamais a poesia terá o mesmo valor.
Terá o mesmo calor ou a mesma frieza.
Cristiane Bello
O ATO DE LER O MUNDO NAS ENTRELINHAS
Minhas Considerações
Será que um escritor nasce escritor ou se descobre escritor?
Depois de ler algumas matérias que trazem inúmeras opiniões sobre tal tema, arrisco-me a partilhar algumas informações que considerei mais relevantes, para divulgação no meu Blog e quem sabe oferecer subsídios para outros autores iniciantes, assim como eu.
Acredito sem dúvida que para escrever bem se necessita gostar de ler inúmeros livros, artigos de jornais, poemas, receitas culinárias e outros portadores de textos. Essa é a "conditio sine qua non" para desenvolver uma linguagem própria que venha afetar seu público positivamente de maneira geral.
Mais particularmente optar por diferentes formas de literatura, no meu caso adoro literatura infanto juvenil, adoro criar histórias divertidas sobre o universo da criança e seu envolvimento com o mundo adulto. Onde a criança não é um mero expectador, mas sim e muitas vezes o "ator principal" e que não deveremos perdê-los de vista, suas aspirações e anseios para um mundo melhor. A linguagem fantástica é apaixonante como podemos ver nos diversos escritores que abordaram também os temas infantis em suas histórias.
Outra forma de escrita que me encanta é a poética, as rimas, a descrição dos mais belos ou mais tristes sentimentos humanos, os episódios de desatinos, toda a condição de vida humana. O poeta é um telespectador da vida real ou imaginária que transcreve para as páginas de um livro.
Em um conto de ficção a criação dos personagens, enredos, mensagem que a obra queira retratar poderá ser de forma figurativa ou realista. Enriquecer com detalhes suas descrições dos personagens e circunstâncias de acontecimentos, uma trama bem elaborada o levará a meio caminho andado de sucesso.
Sem dúvida alguma, a imaginação do escritor é um labirinto de idéias, onde pesa toda sua criatividade inata que transporta para as páginas que deseja compor! Sendo assim, não é só a capa do livro que importa, mas todo o seu projeto de criação e elaboração. É uma história bem amarrada! Acredito nisso.
Tão longe
As entrelinhas não me deixam saber
De quem é seu coração
Preciso da certeza se vou estar mais um momento com você
Sua ausência se faz presente a todo instante
Eu quero sentir o que de mais forte bate dentro de mim
O mais puro, mais sincero, maior que o tamanho do universo
O meu amor por você, te amo e sempre será assim
Dói, saber que seus lábios não tocam os meus
Que suas mãos não entrelaçam as minhas
Dói saber que seu abraço não me protege
Eu te procurei e não te achei
Te esperei e você não veio
Porque, porque, porque
Porque me deixou, porque não me achou
As entrelinhas não me deixam saber
Quero sentir a vibração do teu corpo ansioso pelo meu, mesmo nas entrelinhas do desejo;
Viver um sonho real e desordenar todo querer de um coração que me faça imaginar tua boca junto a minha;
Ah se fosses minha! Entender-te-ia e te amaria, nas entrelinhas dessa vida, te guardava e cultuava com um desejo de lhe amar;
Dar-te-ia o querer entre os sentimentos para te ter, mesmo sendo difícil ainda sim valeria à pena em ter você;
Tendo morrido de amor não me feri gravemente nas entrelinhas das palavras poéticas, mas sim de desejos de não tê-la;
Percebo em teus olhos a maldade de encontrar a minha intimidade na qual desatina a sua razão;
Suavemente queres mastigar-me deliciando-se em parte do meu corpo que se faz sinônimo do pecado;
Tende me roubar sem a menor cerimônia na qual me faça seu e unicamente seu, portanto com o meu estado de ser independente;
Medo é o sinônimo de obstáculo que tenta me derrubar nas entrelinhas da minha confusão, ou do que se faz real com a ilusão;
Busco entender o sentido da minha coragem, junto à determinação de lutar e vencer para me descobrir no que não se esconde a meu coração;
Entrelinhas
Meu refúgio é escrever, sei chorar não é o bastante, ponho-me então a rabiscar.
Minhas horas são cruéis, os meus dias tão penosos, passam lentos, vagarosos, posso até a cor contar.
As lembranças me invadem, meu sentir me faz penar, pouco a pouco me recordo dos momentos lindos todos, que contigo segredei.
Olhos vêem a minha falta, me perguntam quem sou eu, logo sentem a saudade de alguém que em mim nasceu.
Minha face amarga e triste me entrega aos homens maus, me retratam de alma pobre, por amar o natural.
Se me nota logo a vista, que dizer do meu lugar, minha cama, meu sossego, meu colchão, meu lamentar.
Tem o cheiro da tristeza que comovem até os anjos, todos ficam assombrados, tantos gritos de socorro, voz alguma ouve ao lado, ninguém pode me ouvir.
Quem me pode ajudar? Meu socorro há de vir.
Cada linha rabiscada, cada letra torta e feia, diz de mim, do meu tormento, me entrega aos malfeitores, dos que odeiam sentimentos.
As palavras me denunciam me definham, me envolvem, me deparo com a arma, que me mata, me devolve.
Não adianta mais mover, não me deixa encontrar-me, o meu ego, minha falta, sou do medo, sou do nada, sou as letras, entrelinhas, vagarosas mal lembradas.
Érwelley C. de Andrade ALB/DF.
Não quero ser a sua rota riscada para correr sem sono beirando as suas entrelinhas mal escrutas;
Como eu posso saber quando encontro os teus perdidos de lágrimas encontradas te oferecendo colo para cicatrizar as tuas mágoas;
Entrelaço os meus pensamentos tentando encontrar a coragem de direcionar os meus pensamentos a você;
Troco os substantivos e me perco entre palavras para te entender pelas entrelinhas que eu te amo e você me ama, mesmo quando a recíproca é verdadeira;
Os meus dias são iguais e minhas noites não, uso minhas inspirações para cultivar os teus sorrisos;
E mesmo que caíssem as estrelas queimando nossos corpos e o infinito nos perdesse ainda sim te amaria;
Muito além das entrelinhas
Existe algo dentro de você, que não percebe ou consegue ver em determinados momentos, mas que ligeiramente te conecta com o mundo, com as pessoas e objetos. Mas você sente, sabe que está lá, adormecido e pequenos olhares e gestos o fazem despertar.
Quando nos deparamos com algo que nos chama atenção, toca e nos prende de forma única, tão sutil, acabamos por descobrir pequenos tesouros e que provavelmente nenhuma outra pessoa no mundo entenderá ou dará o mesmo valor.
Pode ser em forma de uma frase, uma fotografia em preto e branco, uma caneca velha ou até mesmo um empoeirado LP, mas tão valioso quanto ouro ou diamante. O apego nos faz ter outra dimensão de valores, o que era errado se torna certo, o que é inútil acaba por ganhar nova vida.
Nossos olhos lentamente percorrem por entre pequenos objetos, apreciando, lendo e relendo suas cores, seus detalhes, passamos de simples admiradores para entendermos muito além do que se esta nas entre linhas. Começamos a compreender o sentimento que exerce sobre nós determinado nossos desejos, como se pudéssemos sentir sua energia. Quando percebemos, um acaba pertencendo ao outro, a identidade acaba por ser completa, mesmo que isso signifique ser estranho diante de outros olhos ou outras manias.
E esse visitante acaba por nos dar algo mais, diferenciando-nos uns dos outros, nos envolvendo em universo paralelo a realidade tão crua que vivemos. Começamos a sentir aromas diferentes, começamos a perceber cores que não sentíamos e há viver mundos que não imaginávamos.
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