Escritores Famosos

Cerca de 800 frases e pensamentos: Escritores Famosos

Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica O que eu queria ter sido.

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Inserida por pensador

⁠Eu não sou senão um estado potencial, sentindo que há em mim água fresca, mas sem descobrir onde é a sua fonte.

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Lúcio Cardoso, escrita em 13 de julho de 1941.

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Inserida por pensador

⁠Sou Botafogo, o que já começa por ser um pequeno drama que não torno maior porque sempre procuro reter, como as rédeas de um cavalo, minha tendência ao excessivo.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Armando Nogueira, futebol e eu, coitada.

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Inserida por pensador

⁠Sei que sou inteligente e que às vezes escondo isso para não ofender os outros com minha inteligência.

Clarice Lispector
Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho do conto A partida do trem.

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Inserida por pensador

⁠Sou imatura bastante para não suportar bem um prazer frustrado.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Comer.

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Inserida por pensador

⁠Eu sou sim. Eu sou não. Aguardo com paciência a harmonia dos contrários. Serei um eu, o que significa também vós.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica Sim e não.

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Inserida por pensador

⁠Eu sou uma mulher objeto e minha aura é vermelha vibrante e competente.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
Inserida por pensador

⁠Sem estar agora sendo irônica, sou uma mulher de espírito.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por pensador

⁠Ora essa, sou uma mulher simples e um pouquinho sofisticada. Misto de camponesa e de estrela no céu.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
Inserida por pensador

⁠Rainha egípcia? Não, sou eu, eu toda ornada como as mulheres bíblicas.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica O ritual.

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Inserida por pensador

Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.

Carlos Drummond de Andrade
"Passeios na ilha". Rio de Janeiro: Livraria J. Olympio Editora, 1975.

Abro o jogo. Só não conto os fatos de minha vida: sou secreta por natureza.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.
Inserida por birdais

Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. Quanto a mim, assumo a minha solidão. Que às vezes se extasia como diante de fogos de artifício. Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor. E a dor, silêncio. Guardo o seu nome em segredo. Preciso de segredos para viver.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por lulimap

Eu vivo à espera de inspiração com uma avidez que não dá descanso. (...) Cheguei mesmo à conclusão de que escrever é a coisa que mais desejo no mundo, mesmo mais que amor.

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta para Tania Kaufmann, escrita em janeiro de 1942.

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Nunca releio o que escrevo. Prefiro viver em função do futuro.

– Se você não pudesse mais escrever você morreria?

– Eu acho que, quando não escrevo, estou morta. (...) É muito duro, esse período entre um trabalho e outro, e ao mesmo tempo é necessário para haver uma espécie de esvaziamento para poder nascer alguma outra coisa, se nascer. É tudo tão incerto…

Clarice Lispector

Nota: Trecho de entrevista com Júlio Lerner para a TV Cultura, em 1977.

Inserida por Vinischuartz

⁠Estou tão burrinha hoje, quanto mais eu escrever mais bobagens digo.

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Lúcio Cardoso, escrita em 7 de fevereiro de 1945.

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Inserida por pensador

Nada é mais necessário às pessoas do que o amor.

“Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança”.

(Trecho dos versos publicados originalmente no livro "Sentimento do Mundo", Irmãos Pongetti - Rio de Janeiro, 1940. Foram extraídos do livro "Nova Reunião", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1985, pág. 78.)

Até mesmo a noite mais escura vai terminar e o sol vai nascer.