Escritor
Podemos conhecer muito a respeito de um escritor quando lemos suas obras. Você já leu a Bíblia hoje?
COMUNICAÇÃO
Às vezes, me pego a pensar sobre a dificuldade de se comunicar. Sou escritor, e o escrever não é um fim, mas um meio, uma forma de falar. O importante é dizer as idéias e o objeto pretendido, já a forma com que faço: sou eu!
Procuro ser simples, não procuro me revestir da autoridade por muitos pretendida, por isto meus textos são datilografados, e não aos garranchos, nem utilizo palavras meramente difíceis, algumas incompreensíveis, para me revestir de uma autoridade que nunca pretendi ter.
Procuro achar nas coisas simples a razão do meu comunicar, utilizo palavras simples para me retratar, assim sou eu!
Antes de escrever me lembro de um discurso de um político de uma cidade de interior, que como não tinha o que dizer, abriu o dicionário e recheou sua fala de palavras difíceis de impossível compreensão. Foi aplaudido, e então? Deve ter ganhado a eleição, pois o julgou o mais preparado. O que construiu? Um nada como sua fala, só aumentou seu patrimônio pessoal.
Quanto a mim, o que pretendo?
Que me entendam! Não só o que tenho a dizer, mas a forma com que sou!
Um exímio escritor jamais pode ter a segurança de que é bom na hora de escrever, pois algo grandioso é sempre feito com simplicidade, sensibilidade, e transparência.
PASSANDO A LIMPO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Um dos maiores riscos que o escritor enfrenta é o de soar hipócrita. Isso ocorre quando ele fala dos vícios e das mazelas do ser humano, com seus textos eivados de conselhos e críticas ao comportamento social como um todo.
É assim que me sinto a cada vez que publico em livros, páginas de jornais ou em rede social, textos que tratam de posturas, conceitos e preconceitos que pautam a sociedade na qual vivo. Sei que não poucas vezes pareço estar acima de qualquer suspeita ou carência de reprimenda, mas isso é um equívoco provocado pelo meu desejo de ser exatamente como recomendo que os outros sejam.
Se jamais cometi um crime, um delito, qualquer ato que a lei condene, devo confessar que não sou exatamente um exemplo como ser humano. A lei não tem, realmente, por que me condenar, mas a graça propõe constantemente à minha consciência, uma profunda reflexão. Um repensar necessário à paz interior, pois tenho cá meus vícios, minhas posturas íntimas, estritamente pessoais, que só eu sei como pesam, nos meus muitos momentos de autocrítica.
Vivo me condenando às escondidas, ora punido pela consciência, ora beneficiado pelo habeas corpos no qual me justifico por ser apenas um ser humano, e assim vou. Do que posso me orgulhar é apenas a tentativa constante, quase sempre bem sucedida, de não prejudicar o outro. Só a mim mesmo. Isto é uma filosofia que adotei faz tempo, quando consegui absorver algumas lições de ética e preocupação com o ser humano. Posso não ser um cidadão nota dez nesse quesito, mas creio que passo raspando.
Em suma, quando venho a público deplorar o comportamento humano, muitas vezes deploro consciente ou inconscientemente a mim mesmo, convidando a todos para uma reflexão em conjunto. Ao tecer conselhos, críticas e até pregações, aconselho ao meu eu mais fundo; critico meus próprios atos e prego para minha consciência, deixando em aberto para quem mais esteja inserido nos contextos.
Obrigado por ler meus versos. Minhas crônicas. Meus artigos. Por acreditar nas mensagens. Na minha sinceridade ao escrever. Mas não caia no ardil de me adotar como seu espelho; seu guru; seu sabe- tudo. Não sei de nada. Sé sei mesmo escrever, como forma de ajudar a mim próprio e dividir com quem aceite, mesmo sabendo que um saber profundo a meu respeito poderá lhe causar algumas frustrações.
Poeta preto é rapper. Escritor preto é rapper. MC não lança livro, não vende igual Mc Donalds. Machado de Assis não era branco, era rapper.
Mais um dia a ser rabiscado, neste enorme livro, que é a vida. Não esquecendo que você é o escritor, narrador e personagem. Vc quem faz sua historia. E nunca deixando de agradecer a Deus por estar escrevendo mais estas entrelinhas.
Um escritor é um criador de mundos e de realidades que o próprio mundo e a própria realidade desconhecem.
O escritor da aventura não teme a aprovação ou a renovação dos leitores. É-lhe indiferente que haja ou não, da parte dos críticos, uma compreensão suficiente. O que lhe importa é abrir novos caminhos à arte, é enriquecer a literatura com germens que venham a fecundar a literatura dos próximos cem anos.
Há quem diga que em minha família já houve um escritor.
Que de mode muito humilde fazia as suas prosas, os seus repentes e os seus cordéis a rimar.
E, como boa Oliveira que sou, deixo aqui a minha rima, em uma tira, para dizer que no sangue a cor é vermelha, mas a sinfonia pulsa e as veias balançam para mode o coração puder pulsar.
Porque, aqui nesse sangue também borbulha um escritor.
@keylak.holanda
Escritor é antes de tudo um paridor de palavras ao vento, pelas janelas panorâmicas da alma das sandices.
Você não pode se tornar um bom escritor a menos que tenha a capacidade de ver que todo mundo está tentando aliviar a sua dor, e a dor de todos é relativa.