Escritor
Sem tremer, sem se abalar. Vai viver sua derrota com a certeza de um grande aprendizado. Sem lamúrias eternas.
Se sua intenção era apenas aparecer usando as pessoas, então não se importará em apagá-las, negando-as como suas ajudadoras...
É difícil ter que decidir na incerteza, diante de uma coercitiva necessidade de arriscar-se dizer sim ou não.
Não morrerei como um indigente, um anônimo, alguém sem importância. Meus grandes escritos serão minha principal herança e hão de certificar que por aqui eu não passei em vão.
Levanto de madrugada por uma ideia forte que me desperte... Todo grandioso pensamento exige urgência em ser anotado - se não ele some num limbo qualquer do cérebro. E se isso ocorrer, mesmo que se esforce, nunca mais se lembrará dele...
Num mundo de ganância e injustiça, a sensibilidade intrínseca nos bons deixa-os em estado de vulnerabilidade para morrerem jovens nas mãos de frios algozes
"Eu nasci em 1978, entre a pobreza gritante de Guaianases, extremo leste da capital. Cresci em estado de vulnerabilidade, estereotipado, pisando descalço em ruas de terra e esgoto a céu aberto, juntamente com meus seis irmãos, a sofrer, sobretudo, o abandono paterno, lutando com a mãe contra a fome, em busca das necessidades básicas, numa casa humilde, de apenas três cômodos, construída em terra de parentes que, muitas vezes, nos desconsideraram..."
Um acumulador capitalista só tem seu sono perturbado se perceber que seus concorrentes estão levando vantagem no sistema mercantil no qual está enquadrada sua empresa e toda sua lógica, o que lhe obriga a ter, não importa de que forma!, mais e mais lucro para não falir, nunca porque está se compadecendo de seus pobres e humildes assalariados
E o silêncio "satisfeito" das panelas vai consentindo, percebem? Eles não têm mais por que batê-las.
Já me passou sim pela cabeça entrar para a política e conseguir coisas através de atos considerados unanimemente como ilícitos, mas me falta não só a coragem, mas todo um mau-caratismo necessário pra cometer tais atos
Os pelos do leitor se arrepiaram, ele ficou muito reflexivo, chocado, mal conseguiu dormir pensando no texto lido, daí tive a certeza que a minha literatura tinha atingido seu principal objetivo
Se me for possível sugerir à Deus: Que tal Ele levar algumas invenções, frutos do livre arbítrio humano, para o paraíso? Principalmente na área da culinária, extraindo os venenos intrínsecos, dando-nos imunidade ao mau estar que tais delícias costumam causar-nos nesta vulnerável, imperfeita e, sobretudo, passageira vida terrena
