Escritor
A certeza sempre me escapa
Nestes momentos, esvai-se,
Sem mesmo uma olhadela para trás,
Num relance meteórico.
Não obstante, acredito
Ou ao menos tenho um leve espasmo,
Mas talvez nem isso,
De que foi em minha infância
Que tal patologia me aplacou.
Enfim, para encurtar o causo,
Tal moléstia é como aquela intuição
Que nos ronda, antes que
Alguma disparidade ocorra.
Enquanto não soluciono
Os axiomas do indissolúvel,
Continuo a seguir o conselho,
Daquele supremo vermezinho filosófico Que habita minha psique;
Diz ele, em toda tua sabedoria verminal:
“Caro atarefado, não te sobrecarregues,
Pois do ócio vieste e ao ócio retornarás.”
Uma vez o Sambista João Nogueira escreveu: Ninguém faz samba só porque prefere
Força nenhuma no mundo interfere
Sobre o poder da criação.
Ele tinha toda razão. Quando decidi começar escrever sempre tinha uma inquietação pessoal que me movia a juntar palavras para criar algum sentido, no início era agoniante falar sobre coisas íntimas e pensamentos que pareciam ser só meus.
O tempo passou e eu pude vê que aqueles sentimentos, idéias e pensamentos não eram só meus, eles indentificavam outras pessoas, eles eram de fato realidade ou verdade para aqueles que se propuseram a compartilhar, aqueles que se identificavam com cada palavra que eu escolhi juntar para da sentido a uma idéia.
Escrever para mim é a arte de da sentido as coisas, dar a voz para aqueles que não conseguem se expressar, ser a letra de milhares de sentimentos alheios que são tão meus quanto deles.
Eu me indentifiquei muito com a escrita de coisas.
Hoje é a coisa que mais me deixa feliz!
Apesar de postar em redes sociais meus textos, eu não faço isso em busca de likes e muito menos em ser famoso.
Eu busco aqui mentes que compartilham da mesma idéia que a minha, pessoas que se indentificam com meus pensamentos; Vê que aquele tempo que gastei pensado no que escrever ser partilhado por gente que eu nunca nem vi é gratificante e motivador e ainda mais vê que não fizeram isso só por educação ou como ajuda para divulgar, mas por que realmente tocou ele(a) por aquilo que eu escrevi me enche de satisfação.
Não sei até quando terei inspiração para inspirar outros, mas uma coisa é certa; Enquanto tiver razões para escrever e descrever eu farei das palavras o caminho para vários por quês que ainda não existem de forma escrita.
Uma rede ameniza o cansaço físico, é algo natural, mas a repetição de uma ideia, nos traz o cansaço mental, por isso uma mudança na rotina se torna fundamental, assim imaginamos um belo lugar, com areia e ondas a quebrar, é o melhor remédio e se chama, MAR.
Diálogo do convencimento:
— Você é muito convencido.
— Eu?
— Sim. Muito convencido.
— Você está convencida de que eu sou muito convencido.
— Sim, muito.
— Você é muito convencida.
Plumas Farpadas em teu Cacharrel
Das plumas farpadas
Que nos enovelam,
De arames felpudos,
Que a nós se revelam.
Colisões hipotéticas,
Relevando brandas alucinações.
Plumas farpadas
Em teu cacharrel,
Nosso absurdo
Nos abençoa.
Plumas farpadas
Em teu cacharrel,
Nossa insensatez
Nos impulsiona.
Bem-vindos mantras furiosos,
Aplicados com inexperiência,
Humilde e precária obstinação.
Aos solavancos
Realizo teus caprichos.
Pingentes moldados
Em cartolina,
Um lenço estampado
Em latim,
Se faz enigmático
E insignificante,
Perante o ardente
E extravagante cacharrel.
Plumas farpadas
Em teu cacharrel,
Nosso absurdo
Nos abençoa.
Plumas farpadas
Em teu cacharrel,
Nossa insensatez
Nos impulsiona.
Plumas farpadas
Em teu cacharrel,
Nosso absurdo
Nos abençoa.
Plumas farpadas
Em teu cacharrel,
Nossa insensatez
Nos impulsiona.