Escritor
Atravessando aquele pátio,
Vi uma santa sem andor,
Não sou um rapaz simpático,
Não sou conquistador.
Ia me perder
No precipício do prazer,
Mas ia saber
Que tinha algo por fazer.
Afoguei meus vícios em lástimas,
O erro era meu.
Não vá, fique apenas em silêncio, que minha ausência de visão deixe-me enganar, para que a dor seja apenas visual, e sofrendo temporariamente.
Desmemoreie a dor quando ela acabar.
E se decidires olhar para dentro de si mesmo,verás que lá no fundo há uma criança que insiste em não crescer...
VALORIZE A VITÓRIA DO OUTRO:
A natureza humana me surpreende, amigos se tornam inimigos em segundos, as pessoas se afastam das outras e passam a odiá-las de forma intensa, a inveja e o ciúme toma conta por completo, deixando qualquer um cego, através deste sentimento vil, as pessoas começam a brigar entre si...
Qual a razão deste sentimento e por que não conseguimos dominar este maldoso pensamento?
As conquistas alheias deveriam ser para nós um motivo de alegria, não de inveja, não de agonia...
Adoecemos e nos esquecemos de nossas próprias lutas, de trilhar a nossa pessoal jornada, querendo que a felicidade do outro seja imediatamente apagada...
Cada ser é capaz de criar coisas incríveis, cada um a seu modo, não importa se quem venceu naquele momento, foi o seu aluno, seu colega ou alguém que você pensava ser inferior em seu grupo, pois ninguém é melhor do que ninguém, todos nós temos a capacidade de vencer e fazer a diferença no mundo...
A vitória de nosso semelhante deve ser observada, aplaudida e admirada, deve servir de impulso para a nossa jornada, nós também queremos vencer, pois estamos seguindo na mesma estrada.
A sua vitória é o combustível que impulsiona a minha caminhada, não é a sua ideia que será copiada, mas a sua coragem e força de vontade, pois somente assim eu também vencerei, sem te atrapalhar e nem perder a sua valorosa amizade!
Sem Pecado
Edson Cerqueira Felix
04.05.2019
Soneto
Um amor não correspondido
Por mais que seja justo
Não tem o direito
De o requerer do outro
Mas um amor bem correspondido
Perfeitamente
Não precisa brigar
Por nada mais
Um corre atrás do outro
Sem correr
Seus passos andam juntos
E sua vida
Se cruza
Pela eternidade
Em meio a desgraça, existe o amor mais puro e sincero, como eles que não podem raciocinar tem a capacidade de amar incondicionalmente? Enquanto nós só temos o talendo de fábrica, talento de machucar, uns aos outros, mesmo tendo a capacidade de raciocínio.
Magnólia
A clareira indicava a expedição,
Pegadas marcavam o local,
Dali em diante o solo era pagão,
Mas quem se importa com o amoral.
Aquilo era proibido,
Os lados se misturarem,
Quem o fizesse seria banido,
Esse era o princípio da lei.
Foi quando desbravei,
A última fileira de arbustos,
Enfronhado na clareira,
Grandes monumentos robustos.
Em um trono de pedra,
Algo mais vibrante que simples artefatos.
Magnólia, Magnólia.
O confronto das culturas,
O emblema da transição,
Esculpido nas alturas,
O monumento à adoração.
De nada mais serviria a simbologia,
Perto da última fêmea em extinção.
Pergaminhos contam que em um período,
Haviam muitas da espécie feminina,
Mas como não as preservaram,
Elas se foram para além das colinas.
Uma peça selvagem que não pode ser domada,
Se quiserdes cultivá-la, ela precisa ser amada.
O enigma é amá-la.
Magnólia revelada.
Magnólia, Magnólia.
A clareira indicava a expedição,
Pegadas marcavam o local,
Dali em diante o solo era pagão,
Mas quem se importa com o amoral.