Escritor
Sou adepto da boa compostura, da conversa simples e franca; olho no olho. Simpatia é fundamental e não lhe custará nada, nem fará de você pequeno ou vaidoso por ter gestos nobres. Faz parte da nobreza o bom humor; a tolerância; gentileza; gratidão; afabilidade.
O jeito é seguir em frente e não ter preconceitos, pudores ou medos de ser reprovado. Ninguém está livre do erro, muito menos do julgamento.
Ser feliz é aceitar que o erro faz parte da natureza humana, sem abrir mão de viver a vida como ela é.
Fuja do modismo; não se obrigue a fazer coisas que não estão em seus planos, não se renda à patrulha momentânea.
Nossa tarefa é tentar viver da forma mais intensa possível, porém sem suas ataduras e limites ferozes.
A vida só tem sentido se for vivida para o outro. Se não for esse o objetivo, já é sem sentido o viver.
Não queremos ser apenas olhado sem ser visto. Falar sem ser entendido. Ser jugado sem ser compreendido. Tocados sem sermos sentidos.
Fui até o escritório, guardei os prêmios e terminei a noite silenciosa na companhia solitária de um troféu, uma garrafa de vinho esquecida num canto, um charuto que só servia de enfeite e o escritório abarrotado de livros mudos. Terminei minha noite ao lado de um troféu estático, tendo a solidão como brinde. Ilusória essa coisa chamada fama.
A vida tem suas formas de nos ensinar, e uma delas é mostrar que somos efêmeros diante da vastidão da alma humana.
Aceitar que chegou ao fim é um ato de amor também. Tentar consertar aquilo que foi quebrado pode dar certo, outras vezes pode ser ainda pior.
A dor é inevitável, contudo, necessária e superável. Seguir caminhos diferentes é a alternativa para dar continuidade ao que temos de mais precioso: a vida.
Não evoluímos se tivermos agarrados ao medo, aliás, o medo nos acompanhará a cada decisão que tomarmos, entretanto, ele não é determinante em nossas escolhas.