Escritor

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⁠Esperançoso, Gonnifer arrancava com os punhos, as quiçacias enterradas a meio metro de profundidade, no solo íngreme do penhasco, na intenção de que uma daquelas ervas, fosse a profetizada raiz vermelha.

Inserida por michelfm

⁠Seus últimos pensamentos eram alimentados com esforço sobre-humano, sendo voltados à sua amada Lorelayne Grantelás. Fez o impossível para visualizá-la, em sua forma mais doce e conseguiu. Ela cantarolava em médio tom à capela, enquanto separava os melhores grãos da cevada em uma vasilha argilosa e os demais descartava numa tapeçaria tecida em junco; junto dela sua pequenina filha e herdeira Chrysanthemun.

Inserida por michelfm

⁠Recobrou a consciência, restava a Gonnifer alguns minutos de vida, o envenenamento tomava-o por completo. Instantaneamente um raio de luz transpôs a montanha velada, por entre a cerração; avistou seus antepassados.

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⁠Não mais sentiu seus membros, a dor pela primeira vez em sua existência havia abandonado seu corpo. Gonnifer sorriu, estava feliz após muito tempo de obscuridade e tenebrismo; feliz, por ter encontrado o que desejava, pois não precisaria mais de antídoto.

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⁠Brükel Gonnifer

No recôncavo gélido à extremidade noroeste do poderoso Fiorde, estava Gonnifer o líder do grande clã. Ele observava solitário, precipitando o que estava por vir, como um falcão visualizando a estepe antes de seu desfecho vitorioso, porém não menos sangrento.

O sereno orvalhado brindava mais uma madrugada, açoitando suas costas desprotegidas, as vértebras latejavam, dores terríveis penetravam sua medula. A transposição empreitada pela horda por entre as colinas sugara seus últimos esforços, separando sua pele da friagem, apenas uma fina camada de lã.

Mas nenhuma adversidade imaginável seria capaz de tomar-lhe a atenção e o furor, nem mesmo a geada castigante que se precipitava a leste, à qual já se podia sentir num leve sopro cortante, colidindo-se contra a face.

Ele estava embebido pela cólera que lhe tomava os vagos e súbitos pensamentos, transformando-se a cada passo... Seus liderados apostos numa formação impecável, espalhavam-se através da estepe. Estava a instantes do entardecer mais truculento de sua existência.

Como fora ensinado por seus antepassados, no longínquo Reino de Túrrilas de Árbara, era preciso resistir. O veneno da lança atravessada em seu tórax, descendia de uma planta maligna, de tempos antigos, seria incurável em qualquer outra região do mundo conhecido, mas naquele local sagrado, existia uma única planta capaz de salvá-lo.

Esperançoso, Gonnifer arrancava com os punhos, as quiçacias enterradas a meio metro de profundidade, no solo íngreme do penhasco, na intenção de que uma daquelas ervas, fosse a profetizada raiz vermelha.

Seus últimos pensamentos eram alimentados com esforço sobre-humano, sendo voltados à sua amada Lorelayne Grantelás. Fez o impossível para visualizá-la, em sua forma mais doce e conseguiu. Ela cantarolava em médio tom à capela, enquanto separava os melhores grãos da cevada em uma vasilha argilosa e os demais descartava numa tapeçaria tecida em junco; junto dela sua pequenina filha e herdeira Chrysanthemun.

Recobrou a consciência, restava a Gonnifer alguns minutos de vida, o envenenamento tomava-o por completo. Instantaneamente um raio de luz transpôs a montanha velada, por entre a cerração; avistou seus antepassados.

Não mais sentiu seus membros, a dor pela primeira vez em sua existência havia abandonado seu corpo. Gonnifer sorriu, estava feliz após muito tempo de obscuridade e tenebrismo; feliz, por ter encontrado o que desejava, pois não precisaria mais de antídoto.

Inserida por michelfm

⁠Do traste ao contraste,
A presilha prevalece,
No banjo que preenche,
Nossa praxe fortalece.

Inserida por michelfm

⁠Seduzimo-nos, afrontamos,
Enroscamo-nos, governamos.

Inserida por michelfm

⁠O que nos distancia,
É o mesmo que nos une,
Brindamos blindados,
Na companhia do ciúme.

Inserida por michelfm

⁠Adivinhando a sobremesa,
De discussão e amargor,
Entre as beiras da mesa,
Somente a linha do equador.

Inserida por michelfm

⁠Um panorama,
Tantas possibilidades
Um soneto que declama
Inquietação, serenidade.

Inserida por michelfm

⁠Aceito e recebo
A reunião das loucuras,
Estreito a extensão,
Acolho Amoras e Armaduras.

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⁠Azedas e puras,
Quase maduras,
Estão nuas e cruas,
Amoras e Armaduras.

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⁠Amoras e Armaduras

Do traste ao contraste,
A presilha prevalece,
No banjo que preenche,
Nossa praxe fortalece.

Seduzimo-nos, afrontamos,
Enroscamo-nos, governamos.

O que nos distancia,
É o mesmo que nos une,
Brindamos blindados,
Na companhia do ciúme.

Adivinhando a sobremesa,
De discussão e amargor,
Entre as beiras da mesa,
Somente a linha do equador.

Um panorama,
Tantas possibilidades
Um soneto que declama
Inquietação, serenidade.

Aceito e recebo
A reunião das loucuras,
Estreito a extensão,
Acolho Amoras e Armaduras.

Azedas e puras,
Quase maduras,
Estão nuas e cruas,
Amoras e Armaduras.

Inserida por michelfm

⁠No ofício de ladrão,
Tem até eleição,
Auxílio paletó,
Ticket refeição.

Inserida por michelfm

⁠Enquanto as Bruxinhas
Se equilibram no condão,
Seus inquisidores voam de avião.

Inserida por michelfm

⁠O Sindicato das Bruxas fechou,
E agora o que vai ser dessa nobre profissão ?
O Sindicato das Bruxas encerrou a filiação.

Inserida por michelfm

⁠Mas nem tudo tá perdido,
Nesse mundo de heresias,
Vô acendê uma fogueira
E juntar a bruxaiada,
Vamo fazê um churrasco
E dá uma proseada.

Inserida por michelfm

Um de meus maiores defeitos, talvez seja a sinceridade, às vezes me arrependo, mas com a mente livre, preservo a realidade, falo o que penso, pensando logo falo, prefiro ser odiado por dizer a verdade, do que amado por ser mentiroso e falso!

Inserida por JeanCarlosdeAndrade

⁠Desconcentro-me se permanecer estático, o deslocamento desordenado me afervora, incitando o liame que une as múltiplas vertentes que residem em meu emaranhado de titubeações.

Inserida por michelfm

⁠Sou sugado selvagemente por surtos incontidos de iluminação e um subseqüente mergulho no alcatrão do irresoluto.

Inserida por michelfm