Escritor
Alba Atróz não é um espectador de ações importantes, mas um membro efetivo, participante ativo delas...
Algumas vezes cheguei a escrever textos para replicar falas de tolos e imbecis, mas acabei apagando-os por entender que arrogantes ou ignorantes analfabetos são incapazes de ler nuances...
Sem percepção e dureza de coração, te rejeitarão até a morte, depois disso, caem em si, refletem ou sentem remorso, e te ressuscitam dizendo que realmente você tinha algum valor...
O humor bateu à porta e não fui ver quem era.
Mais tarde mandei recado:
- Pode voltar?
- Lamento, mas, quem dera...
Minha irmã
Homenageio a minha irmã
Pois a minha alma está vazia
Onde estás minha irmã amiga
Onde estás escondida?
Há tempos que não sei nada de ti
Estás num sitio mais bonito
Que sentido tem esta vida
Fiquei desolado quando soube que tinhas partido
Será desta forma que quero viver?
A vida é uma coisa estranha
A vaidade e a inveja andam por ai
As recordações são maiores
A minha dor, é uma das piores
E saio a perguntar
Porque Deus te quis assim?
Eu e o Nuno estamos cá neste mundo!
Mas levou-te à nascença, minha querida irmã
Deus não sabia que
Irias ser a nossa alegria
Irias ser a alegria das nossas vidas
Irmã, igual não poderei ter
Outra não existirá
O tempo vai passando
A saudade vai crescendo
A saudade vai aumentando
A noite vai me acompanhando
E é neste momento triste
De dor e de tristeza
Que Jesus Cristo me mostrou
Algo que ainda não tinha percebido
Com a cara toda molhada
Consegui entender
Que te tinham levado de nós
Apenas em minutos, te tinham levado
Agora és o meu anjo
E a ti mana tudo te peço
Que nos protejas
E olhes por nós
Nunca, jamais em sua vida, implore por amor. Porque ninguém merece se sentir tão importante, nem você tão miserável.
Talvez
Talvez eu viva por muito tempo
ou vá amanhã.
Talvez eu seja o artista da minha própria vida
ou fique só na plateia.
Talvez ela gosta de mim
ou apenas me admira sem me amar.
Talvez hoje chova ou dê sol.
Talvez eu veja o lado bom em tudo
ou fique mais na bad.
Talvez eu faça aquela viagem dos sonhos
ou fique só mesmo nos pensamentos.
Talvez meu dia seja bom ou ruim.
Talvez eu te veja em breve ou daqui a anos.
Talvez eu goste mais de mim
ou entregue todo meu amor pra alguém.
Talvez seja cedo ou tarde demais.
Mas o único talvez que nunca podemos dizer
é que somos eternos na vida corporal.
Livramento
Vamos livrar o mundo, pois assim...
Me livro, te livro, nos livramos.
Um dia livraram-me! Livraram-te! Livraram-nos! Alguém livrou-se e livrou-nos! Enfim, nesta livração, hoje somos livros! Viva a nós os livreiros! Viva o livramento!
(Constructo de Alba Atróz - 27 de dezembro de 2018)
A Pêra de Pixote
(Escritos de Alba Atróz - 05/12/2015)
A ama de leite adocicado com pêra
Deu de mamar, sua mamadeira
A Fernando Ramos, "pixote"!, sem deixar de ser Fernando, tão pobre!
Se unem, se trocam, substituem ausentes,
Tão saudosas figuras do tempo e da mente...
Mãe adotiva, "sueli"-Marília acolhendo seu novo ente.
Um dia sôfregos nas ruas neo-realistas de Babenco,
Se acariciam hoje, quiçá, num céu sem lamento.
JARDINAGEM LITERÁRIA - HAIKAI
(Escritos de Alba Atróz)
Palavras plantadas em terra fértil, verbos regados por um artífice,
faz florescer um lindo projétil
e magníficas pétalas em seu ápice.
TEU RISO
*Acróstico para Andréia Bastos
Alimento-me do teu riso,
Não de pão, arroz ou feijão.
Deleita-me as curvas dos lábios teus,
Riso faceiro, despretensioso...
Esqueço-me de jantar;
Isso porque as tuas risadas
Alimentaram-me por uma semana.
Basta-me comer teu riso
Assim, iluminado e pueril;
Sorriso leve e cúmplice...
Tirem-me o pão, caso queiram.
O teu riso é o meu alimento.
Sem teu riso eu morreria...
Eu sou Palmeiras
Palmeiras é minha vida
Palmeiras é meu amor
Time feito de corações verdes
sempre dispostos a lutar
pra ganhar o mundo inteiro
sabendo muito bem jogar
Vai com fé, raça e garra pra vencer mais uma batalha
eu trago no peito um coração verde e branco de esperança e emoção
time de guerreiros que representam bem nossa nação
Não é uma paixão, é um amor sem limites
é um manto sagrado que entra em campo
empurrado pela torcida com seu glorioso canto
Aonde você for, eu estarei contigo,
mesmo que eu atravesse continentes e oceanos
pois, não é uma paixão, é um amor eterno chamado Palmeiras
Poema do Escritor Thiago Winner
Ideias que atravessem tempos, ultrapassem os limites da minha própria existência, em detrimento de efêmeras - propagarei!
Quem dera eu puder me lembrar
De tudo o que eu deveria ter
Dito a você e não falei
Por motivos tolos.
Deveria ter dito
Que não te esqueceria
E que não sairia assim da sua vida.
Pertencemos às pessoas
Que nem ainda conhecemos,
Pertenço a você e nunca mais
À outra pessoa,
E mesmo que sua ordem
Fosse para que eu esquecesse você,
Repito dentro de mim
Que isso é impossível.
As releituras da noite
Contam coisas que nunca aconteceram,
Um sonho espantoso
Que ocorre a duas pessoas,
Elas estão num passeio
Cheio de ruídos,
De sons doces que ressoam
Nos ouvidos e vozes que jamais ferem.
Minha musa, deusa grega,
Amo você!
Meu amor impossível e eterno,
Como é eterno o impossível...
Por Paulo Siuves
Desse jeito que vivemos.
O ano começa todo dia. Em qualquer dia aleatório encerra-se um período e outro está prestes a ter um fantástico início, mas fantástico para quem? Para quem vive ao redor, dentro desse campo de sentir emoções. O aniversário da avó, o fim do namoro/casamento, a vitória sobre os cigarros, a chegada de um bichinho de estimação à família... E o ano começa. Vamos escrevendo nas paredes do nosso túnel do tempo e deixando pessoas fotografadas nas molduras. Engraçado que uma moldura é iluminada, pintada com pó de ouro misturado à tintas perolizadas, entre outras coisas que deixam a foto em destaque permanente. Outras fotos são emolduradas com madeiras carcomidas por cupins, jogadas ao chão, coberta com a poeira do tempo, nem da pra reconhecer o rosto da pessoa que passou pelo túnel da vida. E aquelas fotos pichadas propositalmente? Deixa pra... Melhor nem falar! E assim, os dias passam e o ano se esvai pela ampulheta dando inicio a outras histórias, eras fantásticas e finais felizes (ou não). Como vai ser o dia hoje? Nem sei...
Alba Atróz resistente
(Constructo poético - 20/03/2016)
Assoviou-me o vento
Movo-o ao bater minhas asas
Arremeti-me num abismo
Rumo ao solo em que o diverso caminha
Repararam-me desde o auge de um edifício depredado
Acompanharam-me jogar-me num vão e planar levemente
Sou uma ave estrangeira
Pousei levemente entre humanos resignados e me vi num fluxo deprimente tentando sobreviver
longe do meu habitat natural