Escritor
Obras escritas serão apenas produto
da inspiração dos escritores, ou serão
relatos de vida?
Osculos e amplexos,
Marcial
IMAGINANDO A IMAGINAÇÃO DO ESCRITOR
Marcial Salaverry
Para imaginar a imaginação do escritor, é preciso entender que para escrever, ele deve usar e abusar do imaginário, ou deverá se basear em fatos reais, enriquecendo os fatos com sua imaginação. Assim, partindo-se do princípio que “imaginário”, é algo que só existe em nossa imaginação, podemos chegar à conclusão de que tudo aquilo que não puder ser materialmente provado, pertence ao imaginário. Ou seja, pensamos que existe, mas ele realmente inexiste.
Coisas imaginárias são aquelas cuja existência não pode ser comprovada, como por exemplo, nossa existência, ou o surgimento do mundo, assim como não existe nenhuma prova cientifica de que o ovo veio antes da galinha, ou vice versa...
Vamos então imaginar a importância do imaginário na produção literária.
A grande maioria dos livros existentes fala de coisas imaginárias, exceção feita aos livros de cunho científico, bem como daqueles que tratam de fatos e feitos históricos que podem ser provados por documentos legítimos. Existem muitos que falam de fatos que nos são passados por depoimentos através dos anos. Serão reais, ou pertencem ao imaginário das pessoas? Certos fatos narrados, como por exemplo, o propalado romance entre Cleópatra e Marco Antonio, ou mesmo a beleza de Cleópatra, serão fatos reais, ou apenas imaginados? Não existem fotografias provando, e nem sequer um VT da morte da Cléo... Teria ela existido?
Não se pode em definitivo separar o que é história, do que é estória...
Para que alguém possa ser considerado escritor, é fato que tem que saber usar a imaginação. Mesmo relatando fatos históricos ou biográficos, é imprescindível que use um tanto de imaginação, pois o relato puro e simples da história seria terrivelmente enfadonho.
Evidentemente o Imaginário se faz presente em todas as obras de ficção, sejam romances policiais ou aqueles falando de amor. Pensa-se que os escritores transportam fatos vividos para seus escritos. Não deixa de haver um fundo de verdade nisso, pois realmente, ao escrever, o autor sempre puxa algo de si. Não necessariamente vivências, mas seu interior, sua maneira de ser, seu modo de viver. Coloca muitas vezes no papel o que ele gostaria de realmente vivenciar. Se vive tais situações ou não, é algo que deve permanecer envolta em mistério.
Para os leitores deve permanecer sempre a impressão de que ele, escritor, é o personagem principal de suas obras. Por essa razão, ele sempre deverá usar seu “EU” imaginário em seus escritos. Mesmo que use outros nomes para seus personagens. Deverá passar a impressão de que o nome é ficcional, mas que o fato foi vivido.
A grande verdade é que jamais um escritor de alma romântica conseguiria escrever um romance policial. Ou um ateu, escrever sobre temas religiosos. Não estariam conseguindo “se transportar” para sua obra.
Mas, por mais que procurem se transportar para seus escritos, precisam, e muito de sua imaginação, e haja imaginação.
O escritor precisa passar a idéia de que ele vive todas as situações narradas. O leitor precisa sentir isso, para se empolgar com a narrativa. É quando o imaginário trabalha a imaginação de quem lê.
Para escrever sobre o Amor torna-se necessário que o autor tenha uma alma romântica, pois não há nada que excite mais a imaginação do que o tal do amor.
Querem algo mais imaginário do que o Amor? Não tem um aspecto físico que comprove sua existência. Mas como é o tal do Amor? Não pode ser provado? Então não existe.
Pertence ao Imaginário então, mas é um sentimento que move o mundo. Por ele se vive. Por ele se mata. Por ele se morre.
Os autores de maior sucesso sempre foram aqueles que souberam mexer com o interior das pessoas, sejam poetas ou prosadores. É importante que escreva com a alma. Mesmo usando a imaginação, deverá escrever aquilo que realmente sente, para que seu Imaginário soe como real.
O leitor deverá se convencer de que o escritor e o personagem se confundem, e que tudo aquilo que se narra é real... E às vezes é mesmo... Ou não? Usem a sua imaginação...
Algo que é bem real, é o meu desejo de que todos tenham UM LINDO DIA, mesmo que precisem usar de sua imaginação...
O motivo pelo qual muitas pessoas vivem se lamuriando a vida inteira é porque acreditam que o seu passado foi melhor do que, realmente foi.
O agora pior do que ontem, enquanto o amanhã será sempre melhor do que o hoje não foi. Então, acabam sem ser quem seriam, se tivessem o que queriam, e amassem quem deveria.
"E ele decidiu apostar na vida, desfazer as malas, abrir a janela para arejar a alma e deixar aquele aroma de pitanga, fruta safadinha, entrar pela cozinha e fazer com que sua morada inteira desfrutasse do prazer de se interiorizar." (Menino do Interior - Victor Bhering Drummond)
"Nascemos e renascemos como crianças todos os dias, e tudo que é novo deve ser explorado pelo inicio, partindo pelo reaprender a engatinhar, para que melhoremos diante dos sonhos, amadurecimentos e objetivos."
"Viver julgando. É um oficio reservado para poucos.
Aqueles que, se apoderam dessa forma de raciocinar.
Atrai para si. Juízo daquilo que julga vinte e quatro horas por dia.
E, a cada Juízo errado. O próprio corpo é padece.
Somatizado em derredor da própria alma apenada."
marcos fereS
Um cisco de areia na calçada
Tinha razão. Toda a razão do mundo,
Para não reconciliar.
Fundamentava em verdades supremas.
Passagens antigas. E que mantinha
dilema de estar ao lado de meu próximo.
Porque um dia nos conhecemos.
Nos estranhamos, na pequenez
e limitação. Que não sonhávamos ter
E, em decorrência da vida, fora aquele ser
que nos demonstrou esse limite.
Mais um ano passando.
Quantas pessoas passaram.
E ainda pessoas carregando ,
mágoas , bem fundamentada na sua razão,
para não perdoar aquele próximo.
Que ocupou um espaço em sua vida.
Para representar uma melancolia.
Daqui algum tempo, o que seria.
Senão um cisco de areia na calçada.
Guardada no peito, quase nada.
Mais que pedra no sapato.
Perdoe. Assim como na vida tudo
possui o seu tempo.
É tempo de perdoar.
Não significa andar juntos.
Porque ambos transcenderam aquele tempo.
E aprenderam o que devia.
É a hora da justiça. Dar espaço para misericodia.
E continuar a caminhada
por essa calçada, que escolheram,
para viajar.
marcos FereS
"A sombra do tempo, condicionado no espaço.Na primazia da ação.Infinito?Finito? Invenção.Somente a gravidade sobre a massa."
marcos fereS
Esplendor
Pense numa flor.
Que cultivada no jardim.
Ao seu tempo. Cresceu.
Projetou suas cores em esplendor.
Exalando o perfume por toda sua volta.
E quando era tocada, por chuvas de pedras?
Não se deixava sequestrar.
Escondida nas sombras de outras plantas.
Projetando suas próprias vibrações.
em seu espectro único de cores.
Intransferível, na forma,
Enriquecendo o jardim.
Alçando do próprio caule,
em direção a luz do sol.
Abriu-se em pétalas até o fim.
Permitindo-se , ver. E ser vista e admirada,
Beijada e visitada.
Distribuindo pólen e sementes,
floreando a vida em sua volta.
Não temia. Porque sabia que.
Na próxima primavera.
Lá estaria seus frutos, sendo admirados
Por anônimos que passavam.
Sendo contagiando e agradecidos.
Por tanta beleza. Por aquele que as plantaram.
Não se tornara uma semente.
Que, caída em terra.
Deixou-se cimentar, suas possibilidades
de ascensão e abertura de virtudes.
Abriu-se toda, até que lhes falta-se cores.
E soltou-se naturalmente ao solo. Deixando apenas,
o botão que as segurava a raiz principal.
Tinha gozado todo o sentidos da vida.
Não fora cortada, e nem serviu de adereço.
Não ficara na sombra, com medo das chuvas.
Gastara toda sua formosura, fascinando olhos da vida.
E ao final. Gloriosamente,
desprendera espontaneamente suas pétalas ao solo.
Para fazer um tapete aos pés da planta raiz.
Para testemunhar. Que desabrochara, apesar de tudo.
Sem espaço para arrependimento entre uma pétala e outra.
Sabendo. que na próxima primavera.
O Jardim. Voltaria a florir.
marcos FereS
Paredes
Parede reais
Parede imaginárias
Parede psíquica
Parede espiritual
Parede de arrependimento
Parede falsa
Parede perfeita
Parede rebocada
Parede iluminada
Parede cansada
Parede esperançosa
Parede entediosa
Parede caída
Parede em construção
Parede bem acabada
Parede de carne
Parede com sombras
Parede visitada
Parede vazia
Parede esquecida
Parede alegre
Parede ilusória
Parede religiosa
Parede otimista
A Parede. Uma forma de enxerga-la.
marcos fereS
Além Eternidade do Agora
Para quem não se encontra na vida.
A eternidade é castigo.
Por isso nunca deixe de sonhar.
Pode ser um sonho pequenino.
Um botão de uma florzinha a desabrochar,
no seu jardim.
O primeiro voo de um filhote de passarinho.
Aprender a observar com o coração.
E não. Com o estomago.
Esse. Jamais será saciado.
Porque esse é seu papel.
Apenas indica a fome.
E o cérebro obedece.
Indica a hora de lutar ou de correr.
E se cansa todo o momento.
Aprimorando a astucia do sobreviver.
Esta correto em suas ações.
Mas sofre muitos desgastes,
durante a viagem.
E segue durante toda a vida de,
orelhas em pé.
Quando não lhes sobrar nada,
a eternidade será o seu castigo.
Porque , um pouco acima.
Um bater adâmico, do coração,
A lembrar a pacificação do espirito,
Que deveria atrever juntos com outros.
A mesma jornada.
Se existe volta, não sei.
Se eternidade. Castigo.
Como viver uma eternidade,
sem renovação.
Sem melhorar-se.
Apesar dos atritos e conflitos?
Bombardeios de idéias plantadas,
e escondidas , nas sombras
de cada pensamento.
Saiba que já estais na eternidade.
E o coração é o medianeiro,
Para equilibrar as cores espectrais
de baixo ventre, para além da cabeça.
E o que chamas de bom sensu.
De proveito para além eternidade,
do agora.
Marcos FereS
Conversão de janeiro
Janeiro novo ano.
novas promessas
a começar.
Emagrecer,
Enriquecer.
Para de beber.
E de branco se benzer.
Seguir a estrela guia.
Como fizeram os Reis Magos.
E em volta de magia.
Seu destino iam achar.
O menino encontrando.
Outra vida , fez-se ao lado.
Para aquela luz se adorar.
E seguindo a caminhada.
O que de antes. Fez-se nada.
Pegando novamente a estrada.
Não voltaram pelo mesmo lugar.
marcos fereS