Escritor
A sorte azarada estava lançada,
A Branca de Neve caiu num sono profundo,
À facção foi incorporada,
Regada a crack num antro imundo.
A pobre menina carente,
Viveria infeliz para sempre,
Se não fosse por um nobre alfaiate,
Que achara um sapato de cristal.
Se todos os meus erros do passado neste exato momento sumissem, imediatamente todo o meu conhecimento e experiência de vida, com eles, desapareceria...
E o velho retirante se coloca a caminhar,
Na busca por um fio do passado a restaurar,
Passado em que sentiu orgulho de viver,
Viveu e assumiu paixões no entardecer,
Sem medo do escuro dominar sua clareza,
Usou toda a artimanha era o rei da esperteza,
Não detinha um centavo, mas foi o mestre da nobreza.
Um dia eu ouvi meu Pai dizer:
Só morre de verdade quem não viver,
Porque quem vive e faz por merecer,
Jamais verá o eterno anoitecer.
Eu só quero poder acreditar em Deus, cara.
Do meu jeito, à minha maneira e com um objetivo real e prático. Sem nenhum religioso fanático, me dizendo o que eu não posso fazer. Sem nenhum cientista lunático, me dizendo o que eu devo fazer.
Para que escrever? Não levo junto comigo até o final. Não sei, mas e por que não escrever? Escritos são eternos. (12/01/2018)
Tudo nesta vida escapa de nossas mãos, a vida é efêmera, os momentos são fugazes. Nada se leva, até mesmos as frases e as palavras já não são mais minhas. Então por que escrever se nem elas me pertencem? Elas ficam aqui de presente, por fim, ao mesmo tempo são eternas. Mas entanto por que não escrever? Se elas surgem, tratarei de escrever!
As palavras são minhas armas, com elas ataco o opoente.
As letras são minhas amigas, desabafo através delas.
A poesia é meu espelho, reflete minha alma.
Os textos são minha voz, meu grito e meu apelo.
Sou amante da arte de escrever, gosto de me expressar.
Sou poeta? Escritor? Sei lá!
Sou apenas um alguém, que descobriu como juntar as letras, criar palavras, fazer uma frase, transmitir emoções, ideias e paixão.
Sou um pensador com uma caneta, letras e emoções.
No início, desejamos mudar o mundo. Então o tempo passa e com ele, se vão as esperanças, ideologias, sonhos e utopias. Enfim, você compreende, que a questão nunca foi mudar o mundo e sim, sobreviver a ele.
Estradas
(Victor Bhering Drummond)
A dica é Simples assim: seja dono dos seus caminhos, estradas, veredas, alamedas, avenidas.
Não espere que o outro abra as portas, porteiras ou limpe a estrada pra você passar. Toque você mesmo a companhia, se apresente, pule os obstáculos ou continue mesmo assim, ainda que haja pedras, parafraseando o outro Drummond.
Eventualmente você irá desbravar tudo. Em outros momentos, a estrada estará pronta pra você. Que caminhará muitas vezes sozinho. Em outras, encontrará quem te estenda a mão ou lhe fará uma deliciosa companhia.
Mas mesmo quando sentir que está peregrinando em uma jornada solo, lembre-se: em algum lugar do Universo, tem Alguém Poderoso cuidando para que ao final da trilha haja um rio caudaloso de vida esperando-te pra você se refrescar!
(Av. Corrientes, Buenos Aires - lá no fundo, o Obelisco. Atrás dele, toda a região dos importantes teatros da cidade. Do lado em que estou, belos prédios Art-Noveau e todo o charme do microcentro)
Só resta tempo para viver...
Ao mesmo tempo, pelo que se vive e se escreve. (E por o que se vive se escreve).
(08/02/2018)
Uma mentira bem contada e repetida por diversas vezes, transforma-se em verdade, isso para quem acredita, até mesmo para aquele que conta!