Escritor
Uma coisa é pegar frases prontas, versáteis e rimá-las, falando sobre o que não entende numa sinfonia.
Outra coisa é transformar sentimentos enraizados, pensamentos bagunçados, numa bela poesia...
Na primeira nos encantamos pela brincadeira com as palavras, ficamos na beira com as ondas nos nossos pés a tocar.
Já na segunda mergulhamos a fundo, adentramos no oculto e podemos sentir o que o escritor sentia e queria nos passar...
Se a Vida Der-te Pedras, Não Apresente-se Com Orgulho, Mostre Que Não Se Medra, e Torne a Ti, Um Pedregulho
Eu aprendi que em tudo devemos ter prudência, seja com atos ou palavras, pois ao apressar o erro, haverá uma consequência... Cuidado com o julgamento precipitado e com o ódio direcionado, pois a vida é feita de surpresas, o que era antes, pode não ser agora o real fato, prefiro esperar e observar com calma o resultado... Eu não sou o dono da verdade, muito menos o "perfeitinho" da sociedade, apenas sou prudente em tudo que faço, analiso as reais possibilidades e tenho o maior cuidado em tudo que falo...
O Imperador Pirou
(A vulnerabilidade do invulnerável)
Em um Império remoto,
Longe de qualquer progresso,
Imperava um Imperador,
Temido por seus excessos.
Seus domínios extensos,
Das pastagens à cordilheira,
Não serviram de aperitivo,
Ao cruzar com a borralheira.
O ilustre se cativou
Com aquele avental,
Sua política interna
Virou extrema liberal,
Ao contemplar a lavadeira
Numa tarefa eventual.
Uau.
Deu as costas à realeza
E o galanteio virou papo,
Seria ele e sua duquesa
A Imperatriz do Farrapo.
Nos registros do reinado
Anotava-se um prefácio,
A paixão de um sangue azul
Pela empregada do palácio.
O Imperador Pirou,
Se fez de camponês,
Um barril de rum bebeu,
Rasgou seu manto em três,
Se proclamou plebeu,
Deixou de ser burguês,
Não pensou no que perdeu,
Só pensou no que não fez.
Jamais se arrependeu
E no final era uma vez...
Não cobiço carreira,
Não cobiço estabilidade,
Sou a ameaça sociopata,
O risco perigosamente presente;
Se a cachaça não alterasse a perspectiva,
Certamente garimparia a definitiva
Identificação com a confissão
De que este causador fora
Outrora sóbrio.
Obrigado ao constrangimento,
Sou grato pelas humilhações;
A difícil fase, face ao descontentamento,
Cria e resolve as perseguições.
E criará...
Ser ateu dá muito trabalho.
Ser ateu dá muito trabalho
Porque; mesmo, pensar ateu,
precisar estar inserido num Criador.
A mente nunca para de pensar.
Embora a consciência, entre em estagio
De latência. Um esquecimento momentâneo
Da existência.
Quando; o pensar-se ateu.
Fica diante das sombras refletidas na
Parede da caverna. Sem a possibilidade
De nenhuma conversão.
Porque a criatura, nunca será superior ao
Seu criador.
Todo o corpo físico existe, para alimentar
A mente. Que cresce, de forma permanente.
E perde-se tempo de Vida, atravessando o tempo.
Para convergir para uma ideia de Criador, possível.
Conforme o evoluir da consciência.
Mas, não antes de se adaptar aos poucos.
A luz, que isso proporciona. Para não cegar.
Diante do esplendor da luz.
Que se absorve;
A medida, que consegue chegar.
Alcançar a saída da caverna.
Ser ateu, também é um estado de ser Nele.
É estar sempre com a cabeça na parede da
Caverna de Platão. Apreciando apenas sombras.
Que julga ser toda a verdade.
Cada ser pensante, possui a própria forma de Criador.
Porque só consegue imaginá-lo.
Porem; cria possibilidade de crescimento e
Mudança. Passando para outra forma de
Ser e estar, nesta Vida.
Ao invés de sentir e experimentar apenas,
As formas e imagens dos cinco sentidos.
Ora procurando prazer. Ora fugindo da dor.
Se a inteligência, conduz o ateu.
Da forma de pensar.
Também pode conduzir o ateu de
Crescer em ideias espirituais.
Sem a falsa sensação de pensar,
Conhecer tudo. Em tão pouco tempo.
De permanência neste mundo.
Marcos fereS
O agora e o depois...
Em tudo haverá uma nova situação, a vida é constante e imprevisível, sendo que a cada passo dado, seguiremos a uma desconhecida direção...
O que temos de fato diante de nossa compreensão, é apenas um futuro incerto, caminhos nunca percorridos, com o destino escondido, afastado de nosso campo de visão...
O que temos de certeza dentro deste mundo de ilusão, é apenas o presente e o que fazemos do agora, pois diante disso, construiremos pouco a pouco a nossa verdadeira história...
Podemos mudar o rumo ou mesmo inventar um novo seguimento, só não podemos prever o nosso destino, pois não temos compreensão deste futuro momento...
Chegaremos um dia ao final de uma caminhada, mas será que neste dia haverá o início de outra jornada? Acredito que sim, pois ao final desta estrada, entraremos com certeza em uma outra situação, voltando ao início desta minha reflexão, seguindo adiante, para outra desconhecida direção...
Sou do tipo falastrão, pois não gosto de mentiras, falsidade ou de gente que se apega na ilusão...
Às vezes peco pela sinceridade, coleciono alguns inimigos, pessoas que não gostam da verdade, a maioria se apresenta como gente manipuladora, que não se aguenta em pé diante de um fato, de uma realidade...
Não me escondo, pois a minha vida é como um livro aberto, exposto, em cada página registrada...
Brinco, me divirto e dou inúmeras risadas, sou feliz e adoro mostrar a minha história, a minha jornada, enfatizando que sou fiel e que não tenho medo de nada...
A vida é feita com etapas, já tive momentos tristes, com choro e lamentos, com pedras que já me foram atiradas, mas em contrapartida, recebi muito mais flores perfumadas...
Este é o desabafo de um menino que cresceu na estrada, que já brigou com o mundo, mas que nunca perdeu o rumo da jornada, pois Deus sempre esteve com ele, e estará por toda caminhada, pois a vida não termina, ela apenas segue para uma nova etapa...
Quem escreve descreve a própria história, e minha história será descrita com minhas próprias palavras.
Não vale a pena colocar expectativas em algo que você já sabe que não vai acontecer, então coloca a mochila nas costas e segue em frente. Há milhares de oportunidades te esperando mundo afora.
O caos mobiliza o poeta... Por mais que ele não goste de coisas ruins, o caos de alguma forma o liberta. Não diretamente, mas indiretamente o caos é uma importante matéria-prima.
Atenção é bom, mas não sou carente, nem dependente disso. Deu atenção, tem a minha graça. Não deu, foda-se.