Escritor
Todo bom escritor precisa de um pseudônimo, para dizer o que só os maus escritores são capazes de falar.
Nada aterroriza mais um escritor ou um filósofo do que a ocorrência de um hiato.
Seja no papel, seja na vida.
[câncer]
Acho que a principal característica de um escritor é ficar no "quase".
Quase amei, quase me apaixonei, quase deu certo, quase conquistei, quase perdoei, quase fui perdoada; quase, quase e quase.
O "quase" se transformou em um desassossego no peito daquele que transpõe o sentimento no papel; é um verdadeiro câncer. É a falta de expectativa no futuro e a tristeza em afirmar que "vive um dia de cada vez"; e diz isso só pra não cair no carrossel de ilusões das certezas.
Portanto, acho que o escritor sofre de câncer psicológico terminal: não vê nada concreto à frente, vive um dia de cada vez, valoriza o que ninguém vê, observa os detalhes, dá sorrisos dissimulados para não transparecer qualquer tristeza, sofre pelo que não viveu e só fica no "quase".
Solitário Poeta.
Solitário Poeta...
Solitário escritor...
Solitário sonhador....
Perdi o varejo...
Dei de cara com o atacado...
Quis eu...
Chegar rápido...
Quis eu...
Encarar o mundo de uma só vez....
Opostas proprostas...
Óperas em grande sinfonia..
Fui aquele no palco....
Com o violino quebrado...
Reformei...
Troquei as cordas que estavam enferrujadas...
Encantei plateias....
Grandes idéias....
Foi um tempo...
O sol mostrou sua cara....
A garoa caiu...
O orvalho regou...
O sereno cultivou....
O deserto que era seco....
Em mim floresceu....
No vago da noite...
No encanto da lua....
Nas profundezas do mar azul....
Oh Criador!....
Talento de Sol....
Gladiador de raio quente...
Que combate as trevas...
Oh vida!...
Oh serenata!....
Encantam-me com os anjos da paz....
Perdidas estrelas no espaço infinito....
Tanto talento....
Se move sem ventos....
Cambaleia no horizonte...
Se move na hora quando pode....
Nos achados e perdidos....
Sempre há uma lamparina a frente....
Quero a fruta doce do pomar....
Hortaliças verdes e frescas...
O trigo para fazer o pão....
O arroz e o feijão....
O milho para o fubá...
E mais e mais....
Sinto-me comigo....
Sinto-me em outro lugar....
Sonhador escritor....
Sonhar não é pecado...
Sonhar faz bem....
E é bom um bocado....
Águas...
Águas cristalinas....
Que nascem nas montanhas...
Jorram sempre sem parar....
Oh fase!....
Arvoredos nas avenidas...
Arvoredos nos campos....
Do seco ao verde...
Que nunca nos falte...
O encanto....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Eu acredito que as maiores virtudes de um escritor, são o estímulo, a provocação, e a capacidade de imaginação, que são transferidas aos leitores. Portanto, sair daquilo que lógico, do cotidiano e partir para a fantasia, a ilusão, a criatividade e o sonho, fazendo com que esses possam ser alcançados, mesmo que somente na ficção, isso dá um grande prazer na conquista.
A poesia do escritor nos transmite uma realidade mais das lágrimas e das sombras. Quem pode ler Castro Alves ou Carlos Drummond e não sentiu uma certa tristeza?
Ainda bem que existem aqueles que conseguem fazer rir, mas o humor não é da poesia, é a rebeldia da alma que se recusa a apenas sofrer.
Poeta Rimador.
Sou ouvinte...
Sou telespetador....
Sou poeta...
Sou escritor.....
Minha origem...
Sou raiz de um lavrador...
Sou gladiador.....
Não sou psicólogo...
Mas sou fantasiador....
Rasgado na rima...
E isso me alucina....
Escrevo pra mim...
Escrevo pro povo...
Do ovo...
Aprecio a gema....
Nesse poema...
Ouço o cantar da ciriema...
Ainda ontem...
Tentei ir ao cinema....
Na devassa madrugada...
Acordei inspirador...
Desnorteado e entregue...
No meu mundo de rimador....
Sou avaliador de cenários....
No palco declamador....
Ecoa poesia...
Se espraia na aurora...
Monto em meu cavalo....
E não calço espora....
Sou da roça sinsinhô....
Estilo caipora....
Acordo cedinho....
E tomo um café agora....
Ando de carro...
Ando na rua...
E ando nas vielas...
Sem velas...
Dou um beijo em minha amada...
E um tapa na tramela....
Sou serrano...
Sou braisleiro...
Sou português...
Comigo não é bagunçado....
Não sou só vendedor....
Aquu...
Também sou freguês....
Poema meu...
Te domino na cincha de couro...
Sei que tu não és....
O meu maior tesouro....
Meu ouro...
Está aqui engavetado....
E ele não pode ser revelado...
Através da minha imaginação....
Vejo o sol no anoitecer...
E as estreias do céu junto a luz...
Essa que nos conduz....
Não posso disso me vangloriar....
No talento...
Sento um pouco na sala....
Abro as cortinas na regala....
Sinto o vento no relento...
E não por muito tempo...
Pra fazer essa arte....
Fui ao Saturno e Netuno...
Tomei chá de Mercúrio...
Me curei...
Dei um adeus ao Plutão....
Abracei a lua e Marte...
Fiquei vermelho....
E dei um start...
Sem regalias...
Inspirei isso dormindo....
Ao abrir os olhos....
Ja estava escrito....
Essa filosofia...
Vou parar por aqui...
Se eu continuar...
Nesse teclado que cambaleio...
Posso eu até desmaiar...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Solo Regado.
Eu como escritor...
Um dia...
De malas nas mãos...
Acenei pros que ficaram...
Peguei meu caminho e meu carrinho...
E saí pela vida....
Distribuindo coração e canção...
Nessa louca estrada...
Onde o inabitável se faz presente em minhas inspirações....
É poema em cima de Poema...
E é tudo em forma do Sol...
Onde o girassol reluz...
Mais jamais...
Irá traduzir...
O quê há de fato na parte Central do meu olhar...
Pois.....
Um dia...
Lá do outro lado das flores...
E bem longe do meu olhar....
Tive eu....
Um solo regado...
E adubado....
E lá....
É um lugar...
Onde nunca choveu....
Mas o verde é reluzente....
E as flores...
São de todas as cores...
Pois na âmago de minha alma...
Não tem apenas isso....
E difícil tudo isso explicar....
Perdido...
Domindo e voando...
Nuvens e raios me energizaram em meu vôo....
E no decorrer de minha ilustrada fonte de energias....
Decorei passos...
Decorei amores...
Decorei olhares...
Decorei cores...
Decorei sorrisos...
E decorei lágrimas.....
Após abastecido de tudo isso...
Olhei-me no espelho minha pessoa...
E vi que eu poderia....
Me dividir em frases e melodias....
E sentando debaixo de uma árvore do passado...
Um homem bom...
Aproximo--se de mim e disse....
--Oh seu Moço...!
O senhor sábia que tu podes fazer qualquer coisa...?
E confuso com aquela pergunta...
Perguntei eu aquele homem...
É..?
Porque você diz isso...?
Ofegante...
Ele me respondeu....
--Tu...
És um ser humano...
És lavrador...
És boiadeiro...
Ja fez tantas outras coisas...
E és bacharel no Amor...
Pois eu...
A tempos eu te observo...
E nunca lhe vi com raiva...
E quem tem esse dom...
Pode ser qualquer coisa na vida...
E ouvindo aquele homem falar tudo isso...
Agradecido me despedi e acenei...
E segui meu caminho...
Mais voltei lá atraz no jardim do passado...
E colhi...
A melhor das flores que deixei...
E após sugar o néctar de sua essência...
Que parei e refleti....
Pois é...
Aquele homem estava certo...
O meu querido Pai...
E foi assim...
Que tudo aconteceu...
E me tranformei...
Em um escritor....
E também...
Num Poeta Voador....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Sou passaro cantador....
Poeta e escritor...
Canto alto...
Canto baixo....
Mas não me rebaixo....
Sigo vagando...
Ando cantando...
Escrevendo poemas...
Em meu canto...
Minha origem...
Sem igual....
Amamentado...
Por uma mãe genial
Vejo o mundo...
Tão belo...
Ando calçado....
Ou de chinelo.....
A certeza....
Das certezas...
Sigo a vida....
Com clareza....
Nesse mundo poético....
Sou apenas aprendiz....
Risco tudo....
Usando o giz....
Com direito....
Me respeito....
Parando por aqui...
Com direção....
Ao meu leito.....
E volto amanhã....
Tentando fazer direito...
Autor:José Ricardo
Palácio da poesia
Como escritor...
Achei um texto perdido...
Na rua....
Estava ele jogado...
Levei o mesmo para casa...
Alimentei , embalsamei e guardei...
Deixei dentro do meu quadro...
Fiz assim...
Dando início em minha história..
Cobri de veludo...
Cintilando a parte de fora...
Coloquei luzes ofuscantes...
Fazendo dele...
Uma jóia preciosa...
Queimei alguns fiapos....
Tirando cada ferpa...
Que por fora mostrava...
Dei alguns retoques com fino acabamento...
O sangue corria solto...
Um Fluxo de alta pressão...
Saturei essa obra prima...
Queimando minha imaginação...
No reforço que eu embalsamei...
Criptografei então...
A embalagem que me fazia murmurar...
O aroma perfumado...
Era de dar arrepios e calafrios...
Com os lábios sedentos....
Me vi por vezes....
No deserto arrogante e ofegante
Mas sabedoria não deixei faltar...
Cavei profundo....
Suspirei e me levantei....
Trouxe água e me banhei...
Saciei minha sede...
Ébrio e Louco....
Fiz minha fé emergir....
Amanheci encorajado....
De corpo quente e febril....
Lacrei minha inspiração do passado...
Tornei-me triste e risonho....
Bordei rendas brancas...
Desflolhando o Jardim antigo...
Montei as molduras...
Azulando meus devaneios...
Percebi....
Que proeza....
Fiz o palácio das poesias....
Nos enfeites...
As coroas não permiti espinhos...
Asim vou eu...
Denegrindo meus instintos...
Vou até o final...
Renovando as folhas secas...
Tenho eu comigo....
Existem raios em todo mundo...
Cada um que cai em minha frente...
Me abrando com eles...
Por eu acreditar no perfume que usei...
Bárbaro é esse poema...
Que no Palácio...
Embalsamei...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Ninguém acredita no trabalho artístico do escritor enquanto ele está compondo o livro. O seu primeiro livro. E quando ele talvez mais precisa de apoio; muitas vezes apoio de quem ele mais precisa. Ninguém! Julgam-no. Tratam-no mal. Ridicularizam. Impacientes, zombam dele por achar que o livro está demorando de sair, que a história não sai. Que não é logo publicada. Impacientando o escritor. As pessoas querem ver logo o resultado do trabalho dele. Só que no mundo da escrita as coisas não são tão rápidas assim. Levam tempo. Muito tempo às vezes.
Um escritor precisa de muita força para não desistir. Ele precisa acreditar em si mesmo e continuar acreditando quando ninguém mais acredita em seu trabalho.
Apagando pegadas.
Na minha mania de escritor...
Calcei minhas botas...
Celei meu cavalo...
Desenrolei minha guaiaca....
Conheci o seu real aperto....
Fui em busca das minhas pegadas que em outrora eu deixei....
Estimulei meus versos...
E pelas montanhas da emoção , cavalguei...
Aprisionado e desgastado pelo tempo...
Despertei meu lado de poeta..
Pegadas antigas...
Únicas e somente minhas...
Quase não encontrando mais....
Me perguntei...!
Será se foi descuido meu..?
Achei a lua...
Pedi ajuda a ela...
Mesmo assim tropecei....
As pegadas se misturaram...
Tirando-me o prazer de saber quais eram as minhas de fato...
Mais um poeta quando ele é capaz....
Usa a luneta da alma..
E identificando uma á uma...
Pelos labirintos da vida...
Desilusões e ilusões
Não permitindo em mim...
Algo sentido de uma falsa poesia...
Desmanchei minhas escritas...
Picotei em minúsculos pedaços tudo que eu tinha escrevido na vida..
Me vi alí....
Eu e minha sombra....
Abatido...
Meus olhos marejaram...
A lua...
Clareava minha inspiração....
Na longa e dolorida dor noturna...
Nessa hora choveu...
As gotas apagaram....
Deixando tudo que sofri no passado...
Nas verdes pastagens....
Sinceras poesias emergiram...
Acendi a luz de minh"alma....
Matei a sede do meu olhar....
Feliz....
E novas pegadas....
Pela vida estou deixando....
E num futuro qualquer...
Eu votarei e apagarei...
Nesse chão...
Que ainda pisarei....
Autor Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Se o escritor for Cristão, ele tem a opção de orar nos momentos de bloqueio criativo ou quando lhe falta inspiração para seguir escrevendo quando tem vontade. E Deus ajuda. Ele me ajudou nesse sentido, após eu ter pedido inspiração em oração para escrever e assim eu consegui terminar o meu primeiro livro.
É uma vantagem. Nós, escritores Cristãos, estamos a salvo.
Honra e Mérito.
Rompendo as barreiras da vida,
Abrindo lacunas com o alfabeto,
O escritor e o mundo.
Um sitema bruto,
Sustentação com a grafite em mãos.
Uma xícara de café,
Uma xícara de chá,
Biscoitinhos companheiros...
O que é o tédio
Para nós poetas?
É mais que um privilégio.
"Dia do escritor"
Então,
Parabéns a você que escreve com prazer!
Parabéns a você que bota pra fora o que sente!
Parabéns a você! Que tudo que vê la fora
Traz para dentro de si
E usa a máquina imaginária
E escreve aquilo que fotografou com os olhos.
Nós escritores(as) somos assim....
Onde o Real se torna colorido e ofuscado,
E o falso se torna vivo e precioso.
Necessidade da maquinação,
Necessidade de aspirar e respirar Poemas.
E tudo isso em nós
É ir além da poesia,
É ir além...
Onde é além do mundo.
O mundo Real é esse que vivemos.
Somos todos diamantes;
Somos jóias preciosas;
Somos o que sentimos;
Somos o que a humanidade sente
Em todos os sentimentos.
Podemos até dizer através de nossas escritas:
O cálice que embriga...
O cálice que adormece...
A substância que cura...
A frase que rejuvenesce...
De um certo modo
Somos curadores de almas.
Somos nutrientes em corações;
Somos crianças com vidas;
Somos de todas as idades;
Somos sensíveis;
Falamos sem ofender;
Somos a ousadia na escrita;
Somos professores de literatura;
Somos a essência dos enamorados;
Somos a arquitetura de uma construção;
Somos a melodia e o verso declamado;
Somos tudo que queremos ser...
Até o cantar de qualquer pássaro.
É honra?
É mérito?
Pode ser.!
Somos a máquina que centrífuga...
As lágrimas...
Das almas adormecidas ,sorridentes e sofridas...
Autor Ricardo Melo..
O Poeta que Voa.